terça-feira, 22 de dezembro de 2020
Boas Festas
quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Finda sem deixar saudades
quarta-feira, 9 de dezembro de 2020
Duas Topadas
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Fim de Jogo
quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Consciência Negra
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Cores da Democracia
quarta-feira, 4 de novembro de 2020
Vida Segue
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Prepare seu Bolso
terça-feira, 13 de outubro de 2020
Escolha Certo
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
Caminho sem Volta
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
Novo Normal?
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Virando o Jogo
sábado, 12 de setembro de 2020
SEIS LUAS
Já contei, pela minha janela, a Lua Cheia passando por seis vezes enquanto estou “dendicasa”. Estou dando uma de índio que contava o tempo pela passagem da lua cheia. Fico sem acreditar. Aquilo que esperei durasse, quando muito, um mês já me pôs em prova por muito mais tempo do que calculei. Que tempo é esse meu Deus?
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A minha lua de verão. Toda apressada sem esperar o sol se recolher |
Na realidade comum, sempre fui amante do luar. Toda vez que ela se enche e se exibe toda formosa, algo de prazer invade minha alma e provoca louvores à natureza e à vida. Admiro esse nosso satélite em qualquer época do ano: no verão quando se mostra desnudo e brilhante lembrando que seu gerador de luz e energia está no auge da sua inflamação e descarregando tudo que pode sobre ele ou no inverno quando aparece envolvido num diáfano véu de stratos e cumulus fugindo, aparentemente, dos sólidos cirrus. Não sou especialista no tema, mas arrisquei. Pronto. Fotografei todas as seis luas daqui dendicasa.
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Lua de inverno, envolta em diáfanos véus de nuvens |
Esperando o tão desejado novo normal reservo-me ao mundo doméstico apreciando a mudança de estação e a passagem de um ano que mal chegou a começar. Contudo, contando vitória porque para muitos o ano pode ter começado e a vida findada. Tempos difíceis.
Vi a
passagem da Páscoa de longe, não soltei rojões e nem acendi fogueira no mês de
junho. Fiquei um ano mais velho em agosto, hasteei a bandeira brasileira no 7
de setembro e ando procurando o que
fazer a toda hora. Quando não tenho mais
com o que me ocupar – ler, escrever, dormir, assistir um filme, cozinhar, entre
outras atividades – me divirto, inclusive, correndo atrás de um robôzinho de
limpezas doméstica. Brinquedo de gente velha. A casa fica limpa e o tempo parece
não passar. Em alguns momentos me sinto pateta. Para minha surpresa e apurar o
tempo, já tem gente falando no Natal.
Faz sentido porque sempre ouvi dizer que “quando entram os bros o ano está findando”. Já estamos no primeiro bro: setembro.
Nem um
jornal tem mais graça. Tenho que escolher entre assistir ao noticiário na TV,
cada noite, ou ler o jornal do dia seguinte. O que salvam, quando muito, são
os artigos de opinião ou as analises dos especialistas em politica e economia.
Tudo nas versões eletrônicas porque o físico pode estar contaminado de Covid.
Vidinha chata está sendo esta.
Mas, lendo
os jornais no meu celular ou iPad, observo que a fuxicada republicana (pouco
republicana!) continua viva e perturbante. O poder continua fascinando meio
mundo. Mundo despreparado para o mister. E no resto do planeta as coisas
continuam com as costumeiras cachorradas. E eu catando os sinais de identificar
de onde vem o novo normal.
Muitos pedem
calma porque o prometido novo normal vai chegar quando descobrirem uma vacina
milagrosa! Contudo, ando meio ressabiado com essa história. Chinesa, britânica,
russa, norte-americana e não sei mais de onde. É outra face da corrida pelo
Poder.
Como não me
resta outra coisa, a não ser acalmar, vou esperar a próxima lua cheia. Que
jeito?
NOTA: As fotos são da autoria do Blogueiro
sexta-feira, 28 de agosto de 2020
Infância Abandonada
Era um dia bem quente do verão de Teresina, capital do estado do Piaui (BR). Os termômetros marcavam algo próximo aos 40 graus. Desejando um lugar agradável e fresco fui, a convite de um amigo companheiro de trabalho, almoçar uma peixada de tucunaré, num restaurante típico à beira do rio Poti. Decorriam os anos de 90 do século passada. Como comum naquelas bandas, apareceu-me uma garota com imensa barriga pedindo um auxilio para comer. Fiquei muito impressionada com o perfil da menina. Dei uma ajuda e comentei com o garçon que aquela criança devia sofrer de hidropisia dado o tamanho da barriga. “Nada doutor, isso é barriga de menino! E a criança está pra nascer com um pouco mais”. Parei de beber e comer diante daquela cruel verdade. Incrédulo, mandei chamar a garota de volta com quem levei um diálogo doloroso. Quantos anos você tem? “Tenho dez anos.” Respondeu com um sorriso largo. E o que é isso na sua barriga tão grande? “Vou ganhar um neném”. Fiquei chocado. “Tomara que seja um menino feme, pra brincar mais eu”. Uma criança de dez anos sem seios ou pelos pubianos! Perdi o apetite e fiquei, por dias, com aquela imagem dantesca e diálogo na cabeça.
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Infância abandonada e grávida |
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O tio estuprador |
terça-feira, 18 de agosto de 2020
Antiguidade é Posto
Interessante noticia vem circulando, esses dias, nas redes sociais revelando uma seleção dos restaurantes mais antigos do mundo e, para surpresa dos recifenses, o Restaurante Leite localizado no centro da capital pernambucana é apontado como o mais antigo do Brasil, aberto desde 1882. Na verdade era comum ouvirmos dizer que se tratava de um dos mais antigos do país. Com esta recente seleção ficou então definido como o mais antigo. Querendo saber mais sobre a seleção clique em: https://matadornetwork.com/read/oldest-restaurants-world-mapped/ Esta “certificação” do Leite é naturalmente motivo de satisfação para os pernambucanos que já se orgulham de ter a Rua do Bom Jesus como a terceira mais bonita do mundo, em recente escolha publicada nos Estados Unidos e, além disso, de ter o jornal Diário de Pernambuco como o mais antigo em circulação na América Latina e em língua portuguesa. Se “antiguidade é posto” temos vários motivos para respirar orgulho.
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Restaurante Leite (Recife - Brasil) O mais antigo do país. |
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No Sobrino de Botin (Madrid - Espanha) |
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Noite de Natal no Mozart Concert do St. Peter (Salzburg - Austria) Aberto no ano 803! |
Posando para posteridade no Bar do Torres. Com Dom Julio Torres e sua esposa. |
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Três momentos no El Mosquito (Vigo - Espanha Nos detalhes:os antepastos de pecebes e polvo à galega |
Em Milão, na Itália, outro restaurante que marcou meu roteiro de restauração alimentar e prazer à mesa foi o Al Conte Ugulino. A 300 metros do Duomo. Misto de cozinha mediterrânea e lombarda, especialmente com os pescados.
Vou parar por aqui. Em regime de quarentena e sem condições de uma boa aventura gastronômica não dá para remexer mais na memoria. Antes porém, salve o Restaurante Leite do Recife!
terça-feira, 4 de agosto de 2020
Um Lobo Guará na Carteira
Na semana que passou o Banco Central do Brasil anunciou a emissão de uma nova cédula de Real, no valor de R$200,00, ainda neste mês de Agosto entrante. Surpresa para muitos e compreensível para quem lida com Moedas e Bancos. Os comentários gerados no meio específico foram, tanto de cunho técnico, quanto jocosos. A primeira interpretação de um colega de profissão foi arrematada com um sonoro “é o Real descendo a ladeira”. Outro deu explicação fazendo a comparação com o valor que representa a atual cédula de R$ 100,00 em face do valor por ocasião da adoção do Plano Real, em 1994. Pelos cálculos do técnico, a azulzinha – com a imagem do peixe Garoupa – hoje circulando não passa do surpreendente valor real girando ao redor de R$16,00. Acho que isto explica bem, sem precisar desenhar. A nova cédula vem com a imagem de um Lobo Guará, que pode ser uma garantia. Não é toda hora que se tem um lobo de sentinela. Outra coisa lembrada, daquele ano de 1994, foi que US$ 1,00 era comprado pela incrível taxa de R$ 0,85. A nova Nota que vem por aí reflete a desvalorização da nossa moeda, face à inflação que nunca cedeu a contento.
Não faz muito tempo que o atual Governo, numa ideia extrema , levantou a hipótese de modificar todas as cédulas circulantes conferindo tamanhos diferentes, conforme o respectivo valor, além de adotar novas feições gráficas com o objetivo politico claro de, num tempo limitado de troca, obrigar a que muitos corruptos acumuladores de fortunas em espécie, em locais secretos, desovarem o fruto da roubalheira desbragada que se registrou no país, no passado recente. É emblemático e inesquecível o caso do politico baiano, Geddel Vieira, que manteve R$ 51,0 milhões em estoque no apartamento de um amigo, em Salvador da Bahia. Para esses “poupadores” a oportunidade, agora, de necessitar de menor espaço para suas acumulações! Se serão pegos é outra questão.
O curioso, por outro lado, é que o florescente uso do dinheiro de plástico (cartões de crédito) e as transações eletrônicas, nestes tempos de Pandemia, tiveram a oportunidade de se popularizar de modo irreversível. Poucos se aventuravam em manusear as corriqueiras cédulas monetárias temendo a contaminação do vírus da Covid 19. Graças ao vírus, aliás, duas coisas estão sacramentadas: vendas on-line e home-office. Clientes e lojistas estão entusiasmados com essas vendas por via eletrônica, assim como grandes corporações e entes governamentais já estão convencidos de que essa nova “onda” veio pra ficar. Segundo dados publicados na imprensa, estima-se que as vendas on-line cresceram entre janeiro e maio deste ano a expressiva taxa de 137,35% se comparado com o mesmo período do ano passado. Antes eram produtos de menor importância no dia-a-dia, que hoje são substituídos por produtos eletrônicos, roupas, sapatos e remédios. Surpreendentemente, produtos alimentares e de limpeza – demandados normalmente nos supermercados – passaram a ser comercializados pela internet e entregues em domicílios. É, de fato, um novo tempo.
Dias recentes,
andei lendo, num jornal espanhol (20 Minutos
de 30.07.20), uma matéria intitulada: O
Virus Acelera o Ocaso do Dinheiro em Efetivo. O repórter Pablo Segarra assegura
que ”o Coronavirus está provocando [na zona do Euro] uma redução do uso de
dinheiro em espécie, que já estava minguando antes da Covid-19 em favor dos
Cartões de Crédito, os pagamentos [por aproximação] com telefones celulares e, em menores casos,
pelo reconhecimento facial”. Consequência imediata foi que, na Espanha, a
retirada de dinheiro “cash” em Caixa
Eletrônicos caiu em 70%. Provavelmente o mesmo no restante da Zona do Euro. Verdade que o afastamento social obrigava a reclusão em
casa, porém, todos tiveram que abastecer suas despensas, usar produtos de
higiene e limpeza e medicamentos. A solução foi o uso das transações eletrônicas.
O Banco Central Europeu, porém, descarta o desaparecimento dos efetivos em
Euros.
A verdade é que as transações eletrônicas estão em uso cada vez maior, tanto nas negociações dos grandes bancos e corporações, quanto no circulo do cidadão comum. No dia-a-dia. A propósito, já parece claro e sintomático que a Reforma Tributária que o Governo pretende emplacar traz o anúncio da criação de um imposto sobre transações eletrônicas. Coisa do tipo 0,02% sobre cada operação, provando que a coisa vai pegar e Brasilia está antenada. Bom, será uma CPMF renomeada. Olho nisso!
Aqui no Brasil, muitos são aqueles que habitualmente não portam dinheiro em espécie e usam para qualquer transação (combustível, estacionamento, alimentos, restaurantes, cinemas, entre muitos outros itens) do dinheiro de plástico ou por aproximação do aparelho celular. Breve vem pelo reconhecimento facial. Difícil, obviamente, será acabar com a grande circulação do efetivo em Real, haja vistas para a população periférica desprovida, no geral, dos recursos da modernidade digital.
Que venha, pois, a cédula de R$ 200,00 com seu Lobo Guará. Acho que vou manter uma dessas cédulas na minha carteira para que o Lobo espante os batedores de carteiras.
NOTA: Ilustração obtida no Google Imagens.
domingo, 26 de julho de 2020
Boatos Modernos
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Um tipo inesquecível
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Celso Furtado (Foto de Fábio Motta-Ag. Estadão) |
domingo, 12 de julho de 2020
Patrimônio Histórico
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Rua do Bom Jesus, uma das mais bonitas do Mundo |
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Prédio modernizado, a esquerda da foto, destoando do cenário do Marco Zero do Recife. |
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Esboço da infeliz ideia de Macrón para a Notre Dame. |
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Outra imagem do sonho de Macrón |
Aonde vamos parar?
Indiscutivelmente vem sendo cada vez mais desanimador acompanhar a marcha da situação politico-econômica nacional. É preocupante e curioso ...

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Prometi interromper meu recesso anual sempre que algo extraordinário ocorresse e provocasse um comentário do Blog. Estou, outra vez, a post...
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Q uando eu era menino, ia sempre a Fazenda Nova – onde moravam meus avós e tios – para temporadas, muitas vezes por longo tempo, ao ponto de...
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Entre as muitas belas lembranças que guardo das minhas andanças mundo afora, destaco de forma muito vibrante, minha admiração com os cuidado...