Era 14 de Novembro de 2009 quando, cheio de entusiasmo,
escrevi um post para este mesmo Blog referindo-me
à reportagem semanal da respeitada revista britânica The Economist falando sobre a grande fase de expansão da economia
brasileira. Na capa uma fotomontagem que correu o mundo mostrava o Cristo
Redentor decolando como um foguete, simbolizando a ascensão estratosférica que
a nossa economia projetava naquele momento. Aquilo teve uma repercussão
fantástica nos meios econômicos do mundo inteiro. (leia a referida postagem
clicando em http://gbrazileiro.blogspot.com/2009/11/brasil-potencia-economica.html
). Recordo que, logo em seguida, estive em viagem de negócios por alguns países
da Europa e os comentários a respeito do ambiente econômico brasileiro era
lembrado e enaltecido, com especial entusiasmo, por nossos interlocutores. Foi
um tempo de muita euforia e grandes oportunidades de negócios desenhadas, num
Continente onde crise, indústrias paradas, desemprego e incapacidade de
investir faziam parte da ordem do dia em qualquer rodada de negócios. Foi um
tal de querer vir para o Brasil, como nunca antes. Aqui estava a “salvação da
lavoura”, era a voz geral. Alguns até que conseguiram.
O tempo passou e, infelizmente, as coisas não se revelaram tão satisfatórias quanto se imaginava e a mesma revista britânica, que não relaxou no monitoramento da economia brasileira, começou a perceber o desandar das coisas. Chegou até a aconselhar D. Dilma a demitir o Ministro Guido Mantega, antes que ele entornasse o caldo que restava. A Presidente revoltou-se com a “intromissão” e disse: “Fica Guido, porque aqui quem manda sou eu!” Recentemente a revista insistiu e classificou de medíocre o desempenho do país desde 2011. Claro! De quebra, em tom de ironia aconselhou a permanência do Ministro Guido no cargo.
Hoje a The Economist publica outra grande matéria de capa deletando a aura auspiciosa que criou em 2009 sobre o Brasil, mostrando as falhas e desmando do atual Governo. Também, pudera porque não faltam razões. Basta que nos lembremos dos caminhos tortuosos que um investidor enfrenta para empreender no país, a burocracia emperrada e a carga tributária descomunal, o quadro de corrupção renitente, as falhas da política econômica, a incompetência e inchaço do setor público, os riscos políticos, a volta da inflação, o assustador processo de desindustrialização, o protecionismo no setor de petróleo e gás, a falta de infraestrutura adequada e seu baixo coeficiente de investimento para que dê suporte às atividades econômicas, entre muitos outros pontos fracos e ameaçadores, que, tudo junto, pode bem ser traduzido pelo PIBinho que vem sendo registrado nos anos recentes.
Ironicamente a ideia da capa da revista em 2009 com o Cristo decolando volta com outra fotomontagem, dessa vez, porém, no sentido contrário: a suposta nave espacial que decolava, retorna ao ponto de origem num zig-zag desgovernado. Tal qual o Brasil, aliás... Vide a reprodução das capas, a seguir.
A imagem vem acompanhada da chamada: “O Brasil estragou tudo?” tradução livre de Has Brazil blown it?
O tempo passou e, infelizmente, as coisas não se revelaram tão satisfatórias quanto se imaginava e a mesma revista britânica, que não relaxou no monitoramento da economia brasileira, começou a perceber o desandar das coisas. Chegou até a aconselhar D. Dilma a demitir o Ministro Guido Mantega, antes que ele entornasse o caldo que restava. A Presidente revoltou-se com a “intromissão” e disse: “Fica Guido, porque aqui quem manda sou eu!” Recentemente a revista insistiu e classificou de medíocre o desempenho do país desde 2011. Claro! De quebra, em tom de ironia aconselhou a permanência do Ministro Guido no cargo.
Hoje a The Economist publica outra grande matéria de capa deletando a aura auspiciosa que criou em 2009 sobre o Brasil, mostrando as falhas e desmando do atual Governo. Também, pudera porque não faltam razões. Basta que nos lembremos dos caminhos tortuosos que um investidor enfrenta para empreender no país, a burocracia emperrada e a carga tributária descomunal, o quadro de corrupção renitente, as falhas da política econômica, a incompetência e inchaço do setor público, os riscos políticos, a volta da inflação, o assustador processo de desindustrialização, o protecionismo no setor de petróleo e gás, a falta de infraestrutura adequada e seu baixo coeficiente de investimento para que dê suporte às atividades econômicas, entre muitos outros pontos fracos e ameaçadores, que, tudo junto, pode bem ser traduzido pelo PIBinho que vem sendo registrado nos anos recentes.
Ironicamente a ideia da capa da revista em 2009 com o Cristo decolando volta com outra fotomontagem, dessa vez, porém, no sentido contrário: a suposta nave espacial que decolava, retorna ao ponto de origem num zig-zag desgovernado. Tal qual o Brasil, aliás... Vide a reprodução das capas, a seguir.
A imagem vem acompanhada da chamada: “O Brasil estragou tudo?” tradução livre de Has Brazil blown it?
Pois é, o que mais dói é perceber que corre-se o risco de descambar
ladeira abaixo perdendo o controle, depois de tantos anos de sacrifícios. Mais
do que nunca sentir-se-á falta das tão propaladas reformas: fiscal, previdenciária,
política etc.
O que mais se pode lastimar é que o ambiente foi preparado para isso, mas, os que estão no poder e vêm se locupletando das regalias oportunistas e mamando nas “têtas da viúva”, não têm competência, visão de estado e nem conseguem enxergar essas carências. Só mudando para ver se dá certo. A Missão da nossa nave redentora foi abortada.
NOTA: A Foto é uma reprodução da capa da própria revista The Economist
O que mais se pode lastimar é que o ambiente foi preparado para isso, mas, os que estão no poder e vêm se locupletando das regalias oportunistas e mamando nas “têtas da viúva”, não têm competência, visão de estado e nem conseguem enxergar essas carências. Só mudando para ver se dá certo. A Missão da nossa nave redentora foi abortada.
NOTA: A Foto é uma reprodução da capa da própria revista The Economist