Tenho sempre
em mente que uma viagem periódica é a melhor forma de arejar a mente, adquirir
novos conhecimentos e sair da rotina muitas vezes cansativa do dia-a-dia. Não
importa o destino. Perto ou longe qualquer deslocamento gera benefícios ao
corpo e à alma. E sair um pouco do Brasil, nesses tempos de crise
político-econômica, nem se fala. Foi o que fiz nas duas últimas semanas, quando
andei pela Europa, visitando Holanda e Portugal. Senti especial vibração
porque, após haver sido submetido a uma cirurgia de grande porte no coração e
há pouco mais de seis meses, experimentei a alegria de rever e reviver dias no
Velho Mundo e com saúde. Esta foi então o que posso chamar de Viagem Inesquecível.
Foi minha
quarta visita à Holanda e esforcei-me para vê-la como sendo numa primeira
visita. Trata-se, na verdade, de um país de paisagem singular, caracterizada
por uma grande planície, no norte da Europa, conquistada, com muita engenharia, por avanços no mar e dotada de canais e moinhos reguladores dos fluxos d´água. Além disso, ornada
de grandes campos de cultivo de flores – principalmente tulipas – e hortaliças,
além de muitos parques. Em meio a todo esse imenso “jardim”, um patrimônio
arquitetônico invejável, infraestrutura de alto nível e notável parque
industrial. Um mix econômico-cultural que provoca ao visitante uma especial
vontade de voltar. Mesmo revendo locais já conhecidos deixei brotar modos de
melhor observar e conferir com mais amadurecimento como só a idade confere. Estive na Holanda pela primeira vez aos 26 anos de idade. Faz tempo...
Por outro
lado, impossível esquecer que, de algum modo, este país escreveu uma página da
história de Pernambuco, porquanto durante vinte e cinco anos (meados do século
17) os batavos estiveram por aqui com a invasora Companhia das Índias Ocidentais,
implantando um enclave econômico denominado de Nova Holanda e tendo o Recife como sua
cidade capital. Como esquecer a figura de Mauricio de Nassau que comandou esse
Brasil Holandês, legando notáveis avanços sociais e econômicos a Pernambuco? Há
algumas controvérsias a respeito dessa história, mas, ela sempre vem à cabeça
na forma como nos contaram na escola primária. História longa sobre a qual já
falei noutra oportunidade.
Fui à
Holanda, dessa vez, com minha esposa e nosso filho caçula, fazendo ponto fixo
em Amsterdam e naturalmente visitando outras localidades. Posso lembrar três
destaques dessas visitas. O primeiro foi a localidade de Zaandam onde uma série
de Moinhos de Vento (windmills) se alinham em meio a lagos, canais e aldeias
tipicamente holandesas. É um deslumbre para quem chega pela primeira vez, ou
mesmo quem revê como foi o meu caso. Caminhar pela região foi uma bela
experiência turística. Fotografar aquilo lá é quase um dilema para o profissional ou amador mais cuidadoso em enquadrar e focar a melhor imagem. Vide fotos a seguir.
De Zaandam partimos
a caminho da cidadezinha de Marken, uma antiga colônia de pescadores que vive
hoje do turismo. Casinhas coloridas, flores em profusão nesta época do ano
(primavera-verão) e aprazível brisa do lago de Marken curiosamente salgado no
passado e doce atualmente. Nesse lugar fomos apresentados a uma marcenaria
especializada a produzir os famosos tamancos holandeses de madeira, que são ícones
da imagem turística do país. É divertido assistir ao feitio de um exemplar e
após isto experimentar um deles prontos e decorados à venda na lojinha anexa. Fotos
a seguir.
Deixamos
Marken para trás a bordo de um confortável barco, navegando sobre o citado lago
por 30 minutos, com destino a Voledam, outra cidade dedicada ao turismo. Lugar imperdível
para quem visita a Holanda. A chegada ao píer da cidade já é impactante. A
imagem de beleza do local vai se “chegando” aos olhos do visitante de maneira
atrativa e conquistadora. Bate uma vontade extrema de desembarcar e sair a explorar
o espaço. São ruas coloridas de comércio, restaurantes e bares pululando de
visitantes, gente bonita e hospitaleira.
Além de almoçar num bom restaurante de frutos do mar, visitamos uma fabrica de queijos para guardar na memória o resto da vida. O processo de fabricação desde a matéria prima até a embalagem e comercialização mundo afora. (Foto logo acima, com pose especial da minha esposa). E, o melhor de tudo, uma degustação sem fim. Até hoje estamos comendo queijos holandeses que trouxemos metidos na bagagem.
Eu ainda
tenho muito que dizer sobre a Holanda. Mas, será na próxima postagem. Até
breve! Venha comigo nessa Viagem.
Notas: A primeira foto foi colhida no Google Imagens e as demais do arquivo pessoal e autoria do Blogueiro e de Tico Brazileiro.