sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A Insegurança sendo Perseguida

O problema amazônico já rendeu muito tro-ló-ló na semana que termina. Sou um sujeito crente no melhor e certo que “todo mal traz consigo algum bem”, conforme sabedoria popular. Mesmo com os espasmos verbais do Capitão, esse auê gerado em dimensões mundiais abriu os olhos de muita gente, gerou uma crise e dessa crise podemos esperar ações adequadas de combate ao desmatamento da Amazônia e os prováveis incendiários. São das crises que surgem as grandes soluções que levam ao progresso das nações. Esperemos. 
Mas, o assunto que domina a mídia de hoje, nas suas diferentes modalidades, é o da segurança pública, um problema desafiante no Brasil. Ontem (29.08.19) foi lançado, no Palácio do Planalto,  em Brasília, o Programa Em Frente, Brasil, formulado pelo Ministério da Justiça e Segurança Publica (Sérgio Moro), com o objetivo de desenvolver uma ação radical de combate à criminalidade. Será testado em cinco municípios do País, um de cada região, incluindo Paulista em Pernambuco. São locais onde a criminalidade é registrada em altos índices. Após esta teste, será extendido ao restante do país.
Presidente Bolsonaro e Ministro Sergio Moro
Vejo com bons olhos esta iniciativa e fico na torcida de que resulte em sucesso. O Brasil precisa urgentemente sair das páginas policiais do mundo. Já observo, há anos, que as noticias de insegurança e crimes no Brasil fazem imenso sucesso mundo afora. Divulgar a insegurança do Brasil parece ser tema favorito no exterior. Bom, existem razões concretas para tanto, o que é de se lamentar. Certa vez li num jornal estrangeiro (não lembro qual, no momento) a noticia de uma mulher assassinada pelo marido, por motivo de ciúmes, na cidade de Bezerros, no interior de Pernambuco. Ora, meu Deus, isto pode ocorrer no Brasil, como em muitos outros lugares por aí. Que importância haverá tido essa noticia para o público leitor, daquele veículo? Ciúmes? Assassinatos? Feminicídeo? Tanta coisa ocorrendo no Brasil e só ganham destaques coisa desse tipo. Aliás, uma noticia que pouco impacto causa nos jornais de Pernambuco. É doloroso, mas é verdade.  Enfim...
Imagino que o crime perpetrado por um marginal assaltante na orla de Ipanema, três dias atrás, vitimando mortalmente um cidadão chinês que fazia turismo na Cidade Maravilhosa, pode render manchetes alarmantes nos periódicos chineses e internacionais. Foi, de fato, uma atrocidade. O morto estava no Brasil a serviço de uma empresa chinesa (State Grid) que trata de ampliação da rede de distribuição de energia gerada pela usina de Belo Monte (PA) para o estado do Rio de Janeiro. Ou seja, estava em missão de trabalho sério e não de turismo propriamente dito.  Diante de fatos como este, imaginemos o temor que os investidores estrangeiros podem alimentar ao adotar decisões de mandar seus colaboradores em missão ao Brasil. Eis aí, fator capaz de inibir investimentos importantes de grupos estrangeiros ou multinacionais por aqui.
Outra coisa que vi registrada esta semana foi a operação da Policia Federal para prender integrantes de quadrilhas especializadas a roubos de cargas nas estradas do país. Isto é outra atrocidade a ser combatida. 
Esta placa no Rio Grande do Norte é uma aberração. Inacreditável.
Esses marginais estão abusando da prática de assaltar caminhões, carretas com cargas preciosas e veículos de passageiros. Lembremos do recente assalto ao terminal de cargas de Guarulhos, quando levaram 700 kg. de ouro! As seguradoras estão majorando sem limites os preços cobrados dos seguros de carga, inflacionando, ainda mais o custo do transporte de bens entre as praças do país. Na operação desta semana foram presos elementos das quadrilhas em inúmeros estados, incluindo Pernambuco.
Usar transportes interurbanos ou interestaduais é coisa estressante. 
Os brasileiros precisam alimentar as esperanças de viver num país mais tranquilo e seguro para todos, como falei no inicio. Contribuir com a iniciativa do Governo é uma obrigação de todo cidadão de bom senso. Pena que haja muitos torcendo pelo pior num testemunho expresso de baixíssimo patriotismo. Romper esta bolha espúria é desafio para muitos futuros.       

NOTA: Fotos e ilustração colhidas no Google Imagens.         

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A Questão Amazônica

Indiscutivelmente o assunto da semana foi à questão das queimadas verificadas na Amazônia.  Por motivos diversos – inclusive político – a carga da comunidade internacional recai sempre sobre o Brasil, país detentor de 75% da floresta. O restante se espalha pela Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, as duas Guianas e o Suriname. São, nada menos, do que 7 milhões de km² do Continente Sul-americano. Ganha maior importância e cobiça internacional por deter 1/5 das águas doces do planeta - recurso cada vez mais escasso, mundo afora - e que oferecem 23 Mil quilômetros de vias navegáveis e 1/3 das florestas restantes na face da Terra. O restante já foi destruído pelo que comumente chamam de Capitalismo Selvagem. Fora isto, já se tem como certo a existência de imensa riqueza mineral, com jazidas de ouro, estanho, o cobiçadíssimo nióbio, petróleo e gás natural, manganês, ferro, diamantes, cobre, entre outros. Proteger essa riqueza florestal e as do subsolo tem sido o maior desafio dos governos desses países. A sanha dos colonialistas histórico não se apagou.
Não é de se estranhar, portanto, que as chamadas grandes economias do resto do mundo – de regimes capitalistas ou não – estejam de olho nesta fortuna, com grande parte inexplorada. Num mundo competitivo e movido a interesses econômicos hegemônicos não podia ser diferente.
Infelizmente nós brasileiros estamos sujeitos a essas injunções políticas desde que fazemos parte deste mundo, inexoravelmente, globalizado. 
Lamentavelmente o momento político brasileiro, sem sombra de dúvidas, vem contribuindo para que as ditas injunções se tornem mais exacerbadas e terminem por jogar potentes holofotes, da comunidade internacional, sobre o Brasil. Tem sido um assunto de efeitos bombásticos ecoando nos quatro cantos do planeta recheados de interminável lista de fakenews, que em nada contribuirão com o que de fato se pretende. No ambiente interno, o Brasil está tratando do assunto com uma “faca de dois gumes”. Um dos gumes, o que feriu o Governo, obriga-o a ver com maior atenção o que de fato vem ocorrendo, ao contrário de levar a coisa com displicência como aparentemente levou até agora. O outro gume lança um afiado aviso à comunidade internacional de que a Amazônia tem dono e o Brasil toma conta com afinco dos seus 75%.
Esta foto foi tomada pelo fotografo Loren McIntyre, no Peru, Para a Revista National Geographic.   
No meio dessa discussão é revoltante perceber a ação perniciosa das correntes opositoras ao Governo Bolsonaro, difundindo milhares de fakenews, mundo afora e numa verdadeira histeria, com o simples objetivo de fazer oposição sem qualquer senso de patriotismo. Oposição por oposição. Oposição irresponsável. E o tamanho dessa irresponsabilidade pode representar um “tiro no pé” dessa gente que pretende retornar ao poder, mais adiante. É o caso de se formular perguntinha básica: como terão que desdizer o dito nos dias de hoje? Salvo, naturalmente, que sejam aderentes aos que defendem a internacionalização da Amazônia.
É surpreendente e inadequado ver o Presidente da França, por puro jogo politico, se expressar sobre o tema ilustrando com uma foto mentirosa. Ocorreu assim. E ainda fechou com uma expressão muito sintomática ao dizer: "nossa casa está pegando fogo". Francamente Macron. A foto ilustrativa postada por ele foi feita no Peru. Não tem nada de atual. O fotógrafo, inclusive, já morreu em 2003. Por que não considerar sintomático, também, ver Alemanha e Noruega perder os interesses(?) de prestar ajuda financeira? Ora, ora, assim, é fácil colocar lenha na fogueira alimentada pela mídia marrom.  Por fim, é ridículo ver circular imagens de incêndios – que não da Amazônia – nas redes sociais mostrando animais inexistentes na região fugindo do fogo. Já vi girafas, leões e até cangurus! Ora, meu Deus, queimadas ocorrem em qualquer ponto da face da terra. Acidentais ou propositais. Portugal, Austrália, Espanha e Estados Unidos vivem frequentemente às voltas com esse tipo de problema. O Brasil, também. A NASA divulgou estes dias um relatório dando conta que este ano as queimadas no Brasil caíram consideravelmente. Irrelevantes, quando comparadas com as da décadas passadas. 
Foto colhida na Austrália foi compartilhada como sendo na Amazônia brasileira. Uma piada!
Bom, com isto não estou negando a devastação que já ocorreu na nossa Amazônia. É coisa indefensável. Mas, se é fato, precisamos de união e inteligência emocional coletiva para defender nosso território e ordenar a coisa de modo adequado aos anseios de todos. Para isto é preciso uma Nação una e consciente da responsabilidade. Fazer picuinhas contra um Presidente que não vem se portando de modo convencional não nos levará ao futuro sonhado. E a Amazônia pode realizar nosso sonho.

NOTA: Fotos obtidas no Google Noticias e Imagens       

     

sábado, 17 de agosto de 2019

Pauta Pesada

Quando alguém resolve criar um Blog com a relativa elasticidade temática, como no meu caso, termina se envolvendo num amontoado de pautas, muitas vezes, complexas. Falar de politica, de economia, de costumes e lugares, entre outros assuntos, como me proponho, se torna muitas ocasiões algo desafiador e esbarro numa pauta pesada.  Vivendo no Brasil, onde a dinâmica político-econômica se mostra sempre muito conturbada e sujeitando o cidadão comum a dilemas de sobrevivência, nem se fala. A semana que hoje termina é um típico exemplo de sobrecarga, senão vejamos.
A grande surpresa, logo na segunda-feira, foi o provável ressurgimento do peronismo/kirchenismo na Argentina, provocando um tsunami na bolsa de Buenos Aires respigando na do Brasil, a violenta desvalorização da moeda local e a preocupação geral com a possibilidade do retorno da Senhora K. ao poder. Ela é candidatada à vice-presidente na chapa vencedora liderada por Alberto Fernandez, nas eleições primárias que os argentinos adotam e funcionam como uma prévia do processo eleitoral. A eleição final ocorrerá em Outubro. Conhecendo a História politica argentina, cheia de altos e baixos, tenho dúvidas quanto à escolha dos hermanos, dado ao que se viu nas gestões dos Kirchners. No momento atual pode ser fatal para inviabilizar o Acordo firmado entre o Mercosul e a União Européia. Lamentavelmente o Macri não promoveu as reformas necessárias ao país vizinho. Perdeu a oportunidade de ouro que lhe foi dada e deixou o barco correr na mesma direção de antes. Foi “prato cheio” para uma antes desgastada e derrotada oposição. Veremos o que pode ocorrer logo mais. Creio que este resultado de 11 de agosto foi mais um tropeço dos argentinos. As lições do passado não foram suficientes?
Mas, não foi somente a Argentina que emitiu sinais de preocupação. A China e os Estados Unidos continuaram enrolados em sérias desavenças, a taxa de juros norte-americana caiu, o Dólar se valorizou nos mercados internacionais, inclusive no Brasil, apontando para um tempo de incertezas. Ao lado disso, Japão e Coreia do Sul também entraram em turras e a Alemanha sinalizou crise. Foi uma engrossada geral de caldo, no meio do mundo.
No Brasil... Bom, no Brasil as coisas não andam nos conformes ideais. Nosso Capitão continua destoando da liturgia a ele reservada. Fala até de cocô e cagar, com a maior desenvoltura. E, pior, a respeito de um tema polêmico como é o do Meio Ambiente. Mas, segundo o próprio é seu estilo. Que jeito! A salvação é que, enquanto isso, a equipe de Ministros e o Parlamento estão se empenhando em tocar o barco. Ao contrário da Argentina, as reformas estão sendo tomadas a sério.   
No meio da semana (14/08) a Câmara Federal apreciou e aprovou com emendas a Medida Provisória da Liberdade Econômica encaminhada pelo Palácio do Planalto, desde fim de Abril. Sendo MP tem prazo para ser apreciada e tornar Lei, até 27 de Agosto. Está sob o crivo do Senado e prevê facilidades para empresas e empregados. Quem sabe, desengasgue um pouco a produção econômica. E, no dia seguinte, 15/08, a mesma Câmara Federal aprovou numa rapidez pouco comum o Projeto de Lei contra o Abuso de Autoridade. Eis aí uma coisa polêmica. Aprovada antes no Senado seguiu para sanção presidencial. Bolsonaro já prometeu vetos. E, sabendo de quem se trata, não restariam dúvidas. Muitos dizem terem legislado em causa própria. Pode ser mesmo porque tem muitos sujeitos na “corda bamba”, na Praça dos Três Poderes, e com isso tentam se proteger. Num país onde a corrupção grassa e onde todo mundo banca autoridade a começar do ambiente doméstico é de se esperar muito bafafá. Vai ser uma quebra de cultura e tanto. Prender corruptos e ladrões, algemar bandido, soltar criminosos e coisas semelhantes serão coisas proibidas. E a Lavajato? Nem quero pensar.
Para fechar a semana, como uma cereja na torta, Alemanha e Noruega resolvem cancelar a ajuda financeira, a fundo perdido, que destinavam há um bom tempo, ao Programa de Preservação da Floresta Amazônica. São milhões de Euros em jogo. Curioso é lembrar que justo eles historicamente se mostraram predadores do próprio meio ambiente. Taí, outro tema polêmico. A sociedade se dividiu em debates pondo dúvidas sobre o real interesse desses europeus. Querem a Floresta de pé ou o que existe no subsolo da região? Eis a pergunta que não cala. Bom fim de semana para você caríssimo(a) leitor(a).

NOTA: Foto obtida no Google Imagens.

sexta-feira, 9 de agosto de 2019

Adeus Privacidade


Foi-se o tempo em que podíamos falar de privacidade. Nos dias de hoje será pura ingenuidade pensar em ter uma informação secreta ou gozar da segurança de se manter um segredo guardado a sete chaves. Coisa das antigas.
Sou profundo admirador da tecnologia da informação. E hoje não saberia viver sem suas ferramentas. Comunicações interpessoais instantâneas, cartas eletrônicas, negócios comerciais, transações bancárias, comunicação por voz (doméstica e internacional), pesquisas científicas, enciclopédia eletrônica e, enfim, um sem número de outras vantagens que tornam a vida do cidadão moderno num verdadeiro paraíso se comparada com a vida dos pais e avós.
Contudo, como nada neste mundo vem de mão-beijada e sem cobrar um pesado tributo, os efeitos colaterais negativos desse paraíso já se revelam, ultimamente, como sendo atemorizantes e causadores de desatinos e desgraças. No mundo dos jogos é bem possível.  Muitos destes, fatais. Na verdade, já se mata e morre nesse mundo moderno e veloz, mesmo estando numa posição remota. 
É, amigos, a mente humana tanto é capaz de inventar maravilhas tecnológicas, quanto usá-las para fazer o que de ruim e deplorável se imagina. E imaginação insana é coisa bem mais comum do que se pensa. Estamos longe de viver na paz ao usarmos as invenções modernas.
Dias recentes a mídia nacional foi dominada pelos episódios dos hackers criminosos que conseguiram clonar aparelhos telefônicos móveis de inúmeras autoridades da Republica, inclusive do Presidente da Republica. Coisa séria e capaz de por em risco a segurança nacional. É apenas um entre muitos exemplos. Mas, na verdade esse tipo de crime vem ocorrendo de modo múltiplo e no dia-a-dia do cidadão de bem. Já tive cartões de credito clonados inúmeras vezes. Por sorte a mesma tecnologia moderna me “avisa”, de modo instantâneo, que estou sendo roubado, pelo meu celular.
Conclusão rápida: ter um computador ligado à rede mundial de comunicações é manter uma porta aberta para desfrutar dos benefícios acima enumerados, mas também, para receber ameaças do mundo inteiro. Isto certamente tem resultado no afastamento da rede de muitas pessoas, que terminam fadados a viver à margem da dinâmica do mundo moderno. O maior desafio para os usuários da rede www (World Wide Web) é o de usufruir dos recursos que lhes são oferecidos sem que estejam vulneráveis aos perigos que rondam o ambiente virtual. O único remédio e mais aconselhável é manter sua máquina com um antivírus atualizado e saber identificar uma mensagem/e-mail mal intencionado, que, aliás, se multiplicam diariamente.
Observem que a falta de privacidade que me refiro se expressa de modo rápido e até mesmo assustador. Basta que pesquisemos a compra de um produto pela rede ou que busquemos um serviço em determinado site de busca e, imediatamente, começam a surgir ofertas das mais diversas do tipo de produto ou serviço referido pela sua busca. Isto revela que você usuário da rede está sendo observado e seguido por inúmeros robôs “olheiros” atentos nas suas preferências ou demandas. 


Recentemente cai numa dessas armadilhas. Resolvi comprar umas cuecas de marca mundial e de minha preferência, por preço mais conveniente do que no mercado comum. Fiz a compra. Foi as contas. Até hoje recebo, diariamente, ofertas de outras marcas com propagandas e preços promocionais. Fosse eu um consumista compulsivo ou quisesse aproveitar preços convidativos, teria comprado cuecas para o resto da vida. Até da China chegam ofertas. Ora, meu Deus, pelo visto, o mundo inteiro ficou sabendo que precisei de renovar meu estoque de underwears! Adeus privacidade. Fala-se que no Japão ou China, já existe dispositivos de inteligência artificial para conduzir - via celular - um comprador aos estabelecimentos comerciais de um centro de compras onde pode encontrar o que demanda. Basta que faça a primeira consulta em qualquer das lojas locais ou consulte a priori. Assusta, sim. 
Que mundo criamos e o que deixaremos para nossos filhos e netos?
Como o tempo não para e as invenções se multiplicam, fica difícil imaginar o que será do amanhã. 

NOTA: Ilustração obtida no Google Imagens 

Haja Cravos

Neste recente 25 de abril lembrei-me demais das minhas andanças em Portugal. Recordo da minha primeira visita, no longínquo verão de 1969, ...