O começo
desta semana foi, para mim, aos pés da Cordilheira dos Andes, na bela e pujante
cidade de Santiago do Chile. Oportuno compromisso familiar levou-me até lá e,
novamente, pude gozar da hospitalidade chilena, bem como de ter a chance de
reapreciar de perto o resultado do bem sucedido modelo econômico que, vem sendo
aplicado àquele país latino-americano. Portanto, estive longe da confusão de
Pindorama, ainda que por pouco tempo. Nada melhor para arejar minha mente perplexa
e sacolejada pelos transtornos políticos e econômicos que vivemos no Brasil de
hoje.
O Chile, ao contrário, é seguramente a mais equilibrada economia do continente, na atualidade. Por quatro dias respirei progresso e tranquilidade política em meio a uma sociedade bem assistida e visivelmente melhor educada e politicamente esclarecida. O chileno é um povo bem politizado. Vejo isto, há algum tempo, graças a experiências profissionais ali desenvolvidas e visitas relativamente frequentes que faço ao país.
Estou falando de um dos países mais estáveis, ou o mais estável, e próspero da América do Sul. É de longe o melhor no que tange ao desenvolvimento humano – alto IDH de 0,822 (2013) (41º do mundo) –, competitividade comercial e economia mais globalizada do continente, liberdade econômica, taxas de juros civilizadas, carga tributária justa, sistema educacional seguro, estabilidade política e índices comparativamente baixos de pobreza. Isso tudo tendo como pano de fundo um elevado nível de liberdade de imprensa e arraigado espírito democrático. É o país latino-americano com o melhor PIB per capita, US$ 23.165,00 (medido pelo Poder de Paridade de Compra - PCC) o que diz muito bem sobre o estado de espírito do chileno comum. Andando por Santiago não se vê, desocupados limpadores de para-brisas nos semáforos e pedintes são muito poucos. Estes poucos, aliás, segundo fui informado por um taxista, são na maioria imigrantes bolivianos e peruanos desempregados que ultimamente adentram pelo Chile na busca de soluções de sobrevivência. Pode ter sido uma desculpa. Mas... Conversei com uma peruana, empregada doméstica na casa de família amiga, que pode expressar suas esperanças em remontar a vida com o marido e filho “num país de mais futuro”, no caso, o Chile. Por falar em taxista, tomei outra gozação por conta do rombo na Petrobrás. Ao volante e com muito bom humor meu condutor perguntou se eu era empregado da petroleira brasileira. Diante da minha negativa, disse se sentir aliviado por não precisar esconder a carteira de seus míseros Pesos Chilenos, bem na minha frente, ao lado da alavanca de marchas do taxi. Tive que rir, para não chorar. É, o Petrolão virou piada internacional. Uma vergonha. Lembram do meu diálogo com o motorista em Nova York, mês passado?
O progresso chileno, descrito rapidamente acima, é mais visível quando circulando pela capital chilena e sua área metropolitana. Largas e longas avenidas, além de vias expressas por todo lado. Estrutura urbana invejável. Tudo muito limpo e com coleta seletiva de lixo por todo canto. Transporte público bem ordenado, incluindo uma importante rede de metrô. Zero de engarrafamentos. Nada comparável com o Brasil de cidades inchadas, mal urbanizadas e despreparadas para abrigar tão grandes contingentes populacionais despreparados para viver no padrão desmantelo. Bateu-me uma inveja...
O tempo passou rápido e como voltar é necessário, desembarquei ouvindo “o som surdo” da queda do Real frente ao Dólar americano e o prenúncio de publicação do “crescimento” do PIB em 2014, finalmente publicado pelo IBGE na sexta-feira (27.03.15): 0,1%. Que horror! E dão-se ao desplante de falar em pequeno crescimento. Meu Professor de Econometria (Telmo Maciel) dava como certo que 0,1 é o mesmo que ZERO e que 99% é o mesmo que 100%. Se vivo estivesse, daria boas gozadas nessa turminha fajuta de Brasília e que subestima a inteligência do eleitor. Quem me dera estar longe dessa confusão, por mais tempo.
NOTA: Imagens obtidas no Google Imagens
O Chile, ao contrário, é seguramente a mais equilibrada economia do continente, na atualidade. Por quatro dias respirei progresso e tranquilidade política em meio a uma sociedade bem assistida e visivelmente melhor educada e politicamente esclarecida. O chileno é um povo bem politizado. Vejo isto, há algum tempo, graças a experiências profissionais ali desenvolvidas e visitas relativamente frequentes que faço ao país.
Os chilenos souberam
adotar – com boa antecipação – um esquema econômico compatível com a rápida consolidação
da globalização econômica. Desde o governo militar optaram por forte programa
de reformas do Estado e por uma privatização de empresas estatais, coisa de difícil
manejo, preservando apenas a que cuida da mineração, beneficiamento,
transformação e comercialização do cobre, principal riqueza natural do país. A Previdência
Social do país, por exemplo, é tocada pela iniciativa privada e o sucesso é indiscutível.
No setor do agronegócio os resultados são
notáveis e a vitivinicultura é de fama mundial. Haja competitividade!
O processo
das privatizações foi iniciado, ainda, por Pinochet (dezessete anos como
ditador sanguinário e odioso) e, inteligentemente, concluído pelos governos
civis após a redemocratização. Nada de dúvidas como ocorre no Brasil. O
resultado dessa política é ter um Governo hoje exercendo funções do Estado e
articulador e promotor da ordem e do progresso nacional.Estou falando de um dos países mais estáveis, ou o mais estável, e próspero da América do Sul. É de longe o melhor no que tange ao desenvolvimento humano – alto IDH de 0,822 (2013) (41º do mundo) –, competitividade comercial e economia mais globalizada do continente, liberdade econômica, taxas de juros civilizadas, carga tributária justa, sistema educacional seguro, estabilidade política e índices comparativamente baixos de pobreza. Isso tudo tendo como pano de fundo um elevado nível de liberdade de imprensa e arraigado espírito democrático. É o país latino-americano com o melhor PIB per capita, US$ 23.165,00 (medido pelo Poder de Paridade de Compra - PCC) o que diz muito bem sobre o estado de espírito do chileno comum. Andando por Santiago não se vê, desocupados limpadores de para-brisas nos semáforos e pedintes são muito poucos. Estes poucos, aliás, segundo fui informado por um taxista, são na maioria imigrantes bolivianos e peruanos desempregados que ultimamente adentram pelo Chile na busca de soluções de sobrevivência. Pode ter sido uma desculpa. Mas... Conversei com uma peruana, empregada doméstica na casa de família amiga, que pode expressar suas esperanças em remontar a vida com o marido e filho “num país de mais futuro”, no caso, o Chile. Por falar em taxista, tomei outra gozação por conta do rombo na Petrobrás. Ao volante e com muito bom humor meu condutor perguntou se eu era empregado da petroleira brasileira. Diante da minha negativa, disse se sentir aliviado por não precisar esconder a carteira de seus míseros Pesos Chilenos, bem na minha frente, ao lado da alavanca de marchas do taxi. Tive que rir, para não chorar. É, o Petrolão virou piada internacional. Uma vergonha. Lembram do meu diálogo com o motorista em Nova York, mês passado?
O progresso chileno, descrito rapidamente acima, é mais visível quando circulando pela capital chilena e sua área metropolitana. Largas e longas avenidas, além de vias expressas por todo lado. Estrutura urbana invejável. Tudo muito limpo e com coleta seletiva de lixo por todo canto. Transporte público bem ordenado, incluindo uma importante rede de metrô. Zero de engarrafamentos. Nada comparável com o Brasil de cidades inchadas, mal urbanizadas e despreparadas para abrigar tão grandes contingentes populacionais despreparados para viver no padrão desmantelo. Bateu-me uma inveja...
O tempo passou rápido e como voltar é necessário, desembarquei ouvindo “o som surdo” da queda do Real frente ao Dólar americano e o prenúncio de publicação do “crescimento” do PIB em 2014, finalmente publicado pelo IBGE na sexta-feira (27.03.15): 0,1%. Que horror! E dão-se ao desplante de falar em pequeno crescimento. Meu Professor de Econometria (Telmo Maciel) dava como certo que 0,1 é o mesmo que ZERO e que 99% é o mesmo que 100%. Se vivo estivesse, daria boas gozadas nessa turminha fajuta de Brasília e que subestima a inteligência do eleitor. Quem me dera estar longe dessa confusão, por mais tempo.
NOTA: Imagens obtidas no Google Imagens