A recente eleição presidencial levou ao poder uma força
diametralmente oposta ao que prevaleceu nos treze anos anteriores e, mais uma vez, mostra que a alternância do
poder é importante e salutar para sustentação de uma Democracia. Mas, estarão os atuais dirigentes preparados para operar a mudança que prometeram e que já é devida à
Nação? Eis aí, uma formidável e dolorosa interrogação.
A maioria votou no Bolsonaro alimentando as esperanças de
detonar o socialismo obsoleto – chamado de Socialismo do século 21 – banir os
políticos corruptos e ladrões das cadeiras de comando do Planalto e,
obviamente, ingressar num período de bonança e desenvolvimento econômico. A melhor tradução da esperança dos brasileiros, quando foram às urnas em 28 de outubro passado, pode ter sido a de conseguir um emprego. O irresponsável governo passado cometeu a façanha de deixar 13 milhões de
cidadãos e cidadãs na rua da amargura. Trata-se de uma marca de
desemprego inédita, num país de tantas potencialidades e de tantas promessas. E agora, pra onde vamos? Este é o X da questão que Bolsonaro e sua equipe terá que descobrir. Mesmo sabendo que o desmantelo deixado - a herança maldita - é incomensurável. Mas isto não interessa ao eleitor. Este espera solução urgente.
Bom, as medidas econômicas, propriamente ditas, propostas pelo Governo Bolsonaro, além de óbvias, não são
necessariamente as anunciadas no seu palanque de campanha e as suas favoritas. A prioridade dele sempre foi, e tem sido, acabar com a corrução estruturada cinicamente na politica e o combate ao risco de implantação de uma ditadura totalitarista, como vem ocorrendo na Venezuela. Reforma da Previdência não era! É sim, agora. E Paulo Guedes (Ministro da Economia) é que assumiu o papel de patrono do projeto, sabedor que é do buraco que tem adiante. Bom lembrar que esta demanda é coisa velha e desde os anos 80 já se falava da falência do atual sistema. Foi "empurrada com a barriga" pelos antecessores por ser uma medida impopular e politicamente inconveniente para os objetivos que perseguiam. Mas, agora, chegamos ao limite. Sem ela o país vai
quebrar. Lembremos do caso da Grécia e de alguns estados brasileiros. FHC, Lula, Dilma e Temer estavam cientes, mas nunca tiveram coragem ou responsabilidade de encarar a situação. Ou seja, ossos do oficio que eles por conveniências
políticas preferiram não roer. Mas, chega uma hora que não dá mais para
segurar. E quando o responsável maior é obrigado a enfrentar a situação, vai ter que roer. É isto que ocorre atualmente. Bolsonaro, com suas "feras", vai ter que roer direitinho e sem se entalar. É o sucesso do seu governo que está em jogo. Exige muita negociação. Exige competência politica. Exige, por fim, espirito democrático.
A outra bandeira do Governo, que é a do Pacote Anticrime, vai ter
que ser, igualmente, bem negociado. O que não falta é político maquinando formas de boicotar o
projeto do Ministro Moro. Todos têm "rabo preso", minha gente! Está na hora de provar, mais uma vez, sua competência, Caro Ministro. Boa sorte! Estamos torcendo.
Enquanto isto, o povo continua desempregado, a economia se segura numa gangorra e os investidores esperam resultados positivos que não pintam no horizonte. Pra onde vamos?
NOTA: Ilustração obtida no Google Imagens
Enquanto isto, o povo continua desempregado, a economia se segura numa gangorra e os investidores esperam resultados positivos que não pintam no horizonte. Pra onde vamos?
NOTA: Ilustração obtida no Google Imagens