sábado, 30 de março de 2019

Pra onde vamos?

Todo mundo sabe que quando a economia vai bem, qualquer governo vai junto. Medidas político-econômicas bem traçadas e devidamente aplicadas levam a que o país cresça e, nessa esteira, a população, as famílias, sintam-se seguras e em bem-estar. E, na prática, disso depende a sustentabilidade de um Governo. É fácil? Sim, dependendo do país. Não, não é fácil quando se trata de um país estruturalmente desigual e cheio de problemas endêmicos, como é o caso do Brasil. Dilma caiu, sobretudo, pelo desandar da economia. Fora as relações de corrupção que compactuou, é claro.  Na história recente os erros foram inomináveis: medidas mal desenhadas e mal negociadas, como manda uma democracia de verdade, ideologias equivocadas e administradores incapazes e corruptos levaram o país ao caos em que ainda nos encontramos. 
A recente eleição presidencial levou ao poder uma força diametralmente oposta ao que prevaleceu nos treze anos anteriores e, mais uma vez, mostra que a alternância do poder é importante e salutar para sustentação de uma Democracia. Mas, estarão os atuais dirigentes preparados para operar a mudança que prometeram e que já é devida à Nação? Eis aí, uma formidável e dolorosa interrogação. 
A maioria votou no Bolsonaro alimentando as esperanças de detonar o socialismo obsoleto – chamado de Socialismo do século 21 – banir os políticos corruptos e ladrões das cadeiras de comando do Planalto e, obviamente, ingressar num período de bonança e desenvolvimento econômico. A melhor tradução da esperança dos brasileiros, quando foram às urnas em 28 de outubro passado, pode ter sido a de conseguir um emprego. O irresponsável governo passado cometeu a façanha de deixar 13 milhões de cidadãos e cidadãs na rua da amargura. Trata-se de uma marca de desemprego inédita, num país de tantas potencialidades e de tantas promessas. E agora, pra onde vamos? Este é o X da questão que Bolsonaro e sua equipe terá que descobrir. Mesmo sabendo que o desmantelo deixado - a herança maldita - é incomensurável. Mas isto não interessa ao eleitor. Este espera solução urgente.
Bom, as medidas econômicas, propriamente ditas, propostas pelo Governo Bolsonaro, além de óbvias, não são necessariamente as anunciadas no seu palanque de campanha e as suas favoritas. A prioridade dele sempre foi, e tem sido, acabar com a corrução estruturada cinicamente na politica e o combate ao risco de implantação de uma ditadura totalitarista, como vem ocorrendo na Venezuela. Reforma da Previdência não era! É sim, agora. E Paulo Guedes (Ministro da Economia) é que assumiu o papel de patrono do projeto, sabedor que é do buraco que tem adiante. Bom lembrar que esta demanda é coisa velha e desde os anos 80 já se falava da falência do atual sistema. Foi "empurrada com a barriga"  pelos antecessores por ser uma medida impopular e politicamente inconveniente para os objetivos que perseguiam. Mas, agora, chegamos ao limite. Sem ela o país vai quebrar. Lembremos do caso da Grécia e de alguns estados brasileiros. FHC, Lula, Dilma e Temer estavam cientes, mas nunca tiveram coragem ou responsabilidade de encarar a situação. Ou seja, ossos do oficio que eles por conveniências políticas preferiram não roer. Mas, chega uma hora que não dá mais para segurar. E quando o responsável maior é obrigado a enfrentar a situação, vai ter que roer.  É isto que ocorre atualmente. Bolsonaro, com suas "feras", vai ter que roer direitinho e sem se entalar. É o  sucesso do seu governo que está em jogo. Exige muita negociação. Exige competência politica. Exige, por fim, espirito democrático.

A outra bandeira do Governo, que é a do Pacote Anticrime, vai ter que ser, igualmente,  bem negociado. O que não falta é político maquinando formas de boicotar o projeto do Ministro Moro. Todos têm "rabo preso", minha gente! Está na hora de provar, mais uma vez, sua competência, Caro Ministro. Boa sorte! Estamos torcendo. 
Enquanto isto, o povo continua desempregado, a economia se segura numa gangorra e os investidores esperam resultados positivos que não pintam no horizonte. Pra onde vamos?  

NOTA: Ilustração obtida no Google Imagens 




sexta-feira, 22 de março de 2019

Tempestades de Ódio

A semana que passou foi repleta de muitos dissabores sociais. O ódio dominou o dia-a-dia de localidades em várias pontos do mundo, inclusive no Brasil.
Deste meu posto de observações, tenho a sensação de que o sentimento do amor está entrando em falência. Percebo, com frequência,  que até mesmo o simples ato de amar vem acontecendo sem a pureza, o prazer e a dignidade do passado. Isto porque, de modo não raro, vem secundado por disputas interpessoais explicitas ou veladas e traduzido por interesses outros, resultando no desvirtuamento do real objetivo de amar. E não me refiro, apenas,  ao ato de amor entre dois indivíduos. Muitos são os grupos familiares nos quais esse comportamento adverso se reproduz, quando entram em jogo interesses materiais que terminam por levar à desunião e aos rebatimentos de desajustes sociais, já que os traumas domésticos são levados ao meio social e resultam nas bases de desajustes sociais, que proliferam no mundo moderno, gerando o que denomino de tempestades de ódio.
Naturalmente que não sou ingênuo ao pensar que estas coisas só ocorrem nos tempos atuais. Não. Nada disso. Disputas e interesses pessoais, sociais e políticas (tribos e nações ) sempre existiram ao longo dos séculos. Contudo, o avanço das ciências e da tecnologia trazendo a modernidade das coisas ao mesmo tempo que oferecem aos seres humanos inestimáveis bônus cobram, em troca, pesados ônus. Esta parece ser uma verdade indiscutível. A cibernética tem contribuído decididamente.
Mas, isto é coisa para ser analisada com melhor forma e competência por quem é cientista ou psicólogo social, coisa que passa longe da minha cabeça.
Mesmo assim, é difícil entender atos tresloucados de indivíduos mal-amados ou de caráteres mal formados que povoam o mundo moderno. Ataques massacrantes como o que assistimos no Brasil (Susano/ SP) e na Nova Zelândia, na semana passada, chocam e comovem pessoas de sãos juízos e construtores da paz. Doloroso o caso daquele jovem de 17 anos que, com um comparsa de 25, invadiu a Escola Raul Brasil (Suzano), na região metropolitana de São Paulo, chacinando pessoas inocentes, destilando ódio e descarregando recalques acumulados ao longo da curta existência. Espantosa a frieza do terrorista australiano que matou 49 pessoas e feriu mais 20, com rajadas de potente arma de fogo, em mesquitas muçulmanas na cidade de Christchurch (Nova Zelândia). Este último, aliás, abusando da moderna internet e com frieza e crueldade visceral transmitiu ao vivo e a cores escarlates a ação brutal que cometeu. Para completar o "festival" de ódio do período, outro terrorista, de nacionalidade turca, cometeu um atentado num trem urbano, em Utrecht  na Holanda, matando três pessoas e ferindo outras sete. 
Tributo às vitimas do massacre em Suzano (SP-Brasil)
Vez por outra,  comento ataques extemporâneos e trágicos. Lembram do ataque num show musical ao ar livre em Las Vegas, no ano passado? E o daquela escola numa cidade próxima a Miami, ano passado também, que vitimou 17 pessoas entre estudantes e professores? E o daquela escola em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011? São alguns casos,  entre muitos outros, que ocorrem pelo mundo afora provocando consternações profundas. 
São todos episódios ligados à cultura do desamor, semeada em ambientes sociais pouco preparados para educar e conduzir os jovens por uma senda de paz. Nesse exemplo recente, o rapaz de 17 anos, Guilherme Taucci Monteiro, principal terrorista, na escola de Suzano, era um indivíduo marcado pelo desamor desde que nasceu. Filho de uma viciada em drogas e vida desregrada e, por isto mesmo, alvo constante de bulling entre seus colegas de escola, foi criado pelo casal de avós maternos certamente desprovidos de condições adequadas e de real afeto e carinho. Ausência de amor familiar. Para agravar a vida do rapaz, a morte recente da avó exacerbou seu desequilíbrio emocional provocando a decisão de embarcar nessa aventura, com um parceiro também insatisfeito com a vida que levava.  Ambos alimentavam desejos de se tornarem personagens famosas com esse feito macabro. Tem gosto pra tudo entre o céu e a terra. 
Temo que a cultura do ódio tome conta das sociedades e o mundo caminhe para uma conflagração social muito mais dramática do que as "corriqueiras" guerras entre tribos e etnias, famílias e  nações.
Nesse quadro desolador não é motivo de surpresa quando um jornal europeu  (El País, da Espanha) noticia que morrem mais pessoas assassinadas no Rio de Janeiro do que na Guerra da Síria. Que horror.  
O mundo precisa - nós precisamos - trabalhar intensamente, desde nosso ambiente familiar, para que sejam gerados filhos desejados, amados e queridos e que prezem a cultura da paz e do amor. Afinal, a paz começa dentro de cada um e nas nossas casas. 

NOTA: Foto colhida no Google Imagens 


sábado, 9 de março de 2019

Quarta Feira Ingrata

O problema do Capitão foi o de não ser atualizado sobre os novos e “modernos” costumes sociais de Pindorama. Se fosse noutros tempos, quando o ex-presidente era levado às capacitações atualizadas de novas formas de relacionamentos humanos, nada disso teria acontecido. É nisso que dá quando o sujeito se importa no que mais importa e deixa os modos sociais de vida, periféricos, na barra do sem importância. Foi hilário ele se interessar pelo termo Golden Shower. Eu também não sabia! Fiquei sabendo depois de o Capitão ser informado. Bom, claro que esse assunto animou a Quarta-Feira de cinzas das tribos nacionais, sobretudo os integrantes das comunidades LGBT e similares. E a oposição raivosa e inconformada.
Isto deve ser preocupação de um Presidente de Republica? Pode sim. Qual o cidadão de boa índole e princípios morais que não se escandaliza com uma cena – em público – de dois “artistas” (é assim que esses indivíduos se classificam) desenvolvendo performances obscenas a titulo de folia? Carnaval é festa democrática e serve para a turma soltar suas frangas e se esbodegar em publico. Mas, tudo tem limites. Num país sério essas modernidades são tomadas de forma parcimoniosa e a sociedade cresce moralmente.
Não! Nada contra as preferencias sexuais de cada individuo. Mas, por favor, tranque-se num quarto e dê vasão às suas tesões pessoais. Muito mais saudáveis e mais prazerosas. Afinal não precisa se preocupar com agradar um público.
Imaginemos que um casal de artistas, hétero, resolvesse subir a um palco, no meio da rua e em pleno carnaval, e tacasse fazer amor, diante de uma plateia. Ou se um desses “artistas” fosse a publico se masturbar. O mundo cairia sobre a cabeça deles. Praticando uma coisa antiga dessas no meio de um publico? Coisa mais sem graça! O bom é apresentar novidades. Escandalizar.

Lula se capacitando para se modernizar.
Fala-se de um certo Anthony Gormley, artista plástico britânico, que, há bom tempo, prega uma tese de que “o papel do artista é fomentar a revolução, não confirmar o status quo”. Segundo esse cidadão a boa arte deve fazer você se sentir perturbado, até mesmo desafiado, e não se encaixar no seu cotidiano.
Quem manda Bolsonaro não frequentar exposições de artes modernas, como aquela que ocorreu em São Paulo, no ano passado, quando um “artista” posou nu e se deixou tocar por menininhas inocentes acompanhadas das mães tresloucadas? Quem manda Bolsonaro não participar de capacitações como o Lula teve o cuidado de participar?
Se toda quarta feira de cinzas é tida como ingrata, a do Presidente ficou mais ainda. As mídias nacional e internacional prorrogaram a folia e fizeram a maior festa.
Ligue não Capitão. Sua rede social, segundo noticia-se, ganhou mais de duzentos e cinquenta novos seguidores.
Agora, cabeça no lugar e toque pra frente o País. Faça o que prometeu.

NOTA: Foto o obtido no Google Imagens. 
   

Lição para não Esquecer

Durante a semana passada acompanhei com interesse de quem viveu a historia, as manifestações que relembraram o golpe militar de 1964. Com um...