segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Caminho sem Volta

Um assunto muito comentado na semana que findou, e vem ganhando elástico espaço de debates entre os habitantes do mundo virtual, gira em torno do documentário norte-americano exibido pelo Netflix denominado de “O Dilema das Redes” (The Social Dilemma). Assisti e confesso haver ficado deveras impressionado, apesar da ideia que tinha, ainda que elementar, do que estamos sujeitos nesse mundo “novo” e conectado por milhares de formas e controles. A chamada inteligência artificial (IA) vai muito mais longe do que nós, pobres mortais, somos capazes de imaginar. Conclui que integrando uma rede do tipo Facebook, por exemplo, posso ser identificado, através de um numeral atrelado a um complexo algoritmo, numa central mundial que acumula meus dados pessoais, minhas preferencias gastronômicas, culturais, sexuais, estilo de vida, entre outras muitas é algo assustador. O que serei num futuro próximo? Temo não passar de um ser cativo a uma ditadura que mesmo virtual é acachapante? Ouvi falar que muitas pessoas já deletaram, ou pretendem assim, seus perfis e páginas do Facebook, Messenger, Instagran e semelhantes, assustados com o que podem estar sujeitos. A propósito disto, recordei-me do livro de Yuval Harrari, historiador israelense, “21 Lições para o Século 21” no qual ele descreve um mundo futuro, de forma fria e objetiva, no qual seremos comandados e guiados por robôs – Inteligência Artificial – num sociedade globalizada e sempre à busca de avanços tecnológicos, muitos dos quais inimagináveis. Num trecho do livro ele disco;rre sobre o fascínio e ambição do homem por tomar o lugar de Deus, de quem ele tem uma visão bem própria. E é verdade. Imagine que existem cientistas biólogos e médicos que garantem haver descoberto técnicas que ressuscitam mortos (segredosdomundo.r7.com). “muito mais fácil do que uma simples massagem cardíaca, usada para a reanimação cardiorrespiratória, pesquisadores da Universidade de Maryland, USA, desde 1960, Peter Rhee e Samuel Tisherman, alegam ter descoberto uma técnica capaz de ressuscitar os mortos. O mais curioso é que o procedimento já foi testado com sucesso em animais de laboratórios.” Esta informação volta às pautas, vez por outra, envolvendo, além dos aspectos científicos, os da ética, os religiosos e os culturais. Pense nessa revolução entre os humanos. Pense, também, nos interesses econômicos que podem gerar.
Apesar dos pesares que o documentário da Netflix expõe, entendo que o mundo trilha um caminho sem volta. A questão começa por interrogações bem simples: como seria esse tempo de distanciamento social (quarentena) da Covid-19 se não houvesse ferramentas tão úteis e tão utilizadas no plano das comunicações entre as quais a telefonia fixa, o celular, a internet e as populares redes sociais? O que seria da humanidade se não houvesse o progresso da ciência médica que hoje existe? A História nos mostra que durante a Peste Negra foi a pandemia mais devastadora da humanidade entre os anos 1347 e 1351, matando perto de 200 milhões (numero incerto dado a precariedade dos dados) de pessoas entre a Europa e Ásia. Àquela época a pobreza da medicina, os hábitos sanitários e os costumes culturais levaram a que a população recorresse, tão somente, às crenças religiosas, acreditando se tratar de um castigo divino e somente ao Divino havia de se reportar. Até hoje comunidades europeias pagam promessas por haver escapado da mortandade. Coisa muito comum e cultural no Velho Mundo. Outra pandemia assustadora foi a da Gripe Espanhola, entre 1918 e 1920. Mas, há um século o mundo já era outro e as iniciativas tomadas pelos países já foram bem mais plausíveis. Ainda assim 500 milhões de pessoas foram infectadas e 50 milhões pereceram. Minha conclusão: é doloroso conferir que, no mundo inteiro, 35 Milhões de pessoas foram infectadas pela Covid-19, dos quais 1 Milhão pereceu. A diferença entre estes dois numeros mostra quantos foram curados. São numeros arredondados. Mas, ainda podemos registrar relativo "conforto" dado ao progresso da Ciência e da Tecnologia que hoje se dispõe. Simbora porque este caminho não tem volta. NOTA: A imagem que ilustra o post foi colhido no Googles Imagens.

13 comentários:

Adierson Azevedo disse...

Excelente post e é exatamente o que penso! Só não sabia dessa técnica de ressuscitar os mortos que acabo de aprender com seu post! 👏👏👏👏

Cristina Carvalho disse...

É um assunto deveras assustador. O que vemos é a tecnologia num processo desenfreado de descobertas e avanços cada vez mais céleres, em que nós humanos somos, tb aceleradamente, alijados e “controlados”. Lembro então de um filme de ficção científica - Planeta dos Macacos”, em que a máquina nos devora e somos escravizados pelos nossos “ancestrais” macacos. Buscamos facilidades, dominamos tecnologias que nos dominam e cabe perguntar- até onde vamos chegar??? O que nos espera esse futuro em que máquinas e robôs falantes, estão nos substituindo e alienando. Sem volta, concordo, face à estupidez humana na sua busca pelas nossas origens. Temos cada vez mais, assim dizem, longevidade. Pra que?? O que nos reserva esse futuro, torno a perguntar??? Sem volta??? Talvez dependa de nós, buscar humanizá-lo e fazê-lo mais a nosso serviço do que nos a eles. Assustador, vez que desconhecido. Sem volta???🍀

Francisco Brito disse...

A serie é alarmante.
Me pergunto:
Se Google e Youtube vao lançar plataforma de stream, este documentario abalaria receitas deles ajudando ao Netflix que terá concorrentes de peso?
O fato la exposto é real, inegavel, ate pq que minha confiança no carater e pessoa do Zukenberg da Google é menor do que minha confiança de que jamais morrerei. Ja se provou o qto é um bandido.

Claudio Targino disse...

Oportuno seu blog. Tenho visto varias pessoas se divorciarem de plataformas social.
Considero analfabeto, os que não tem conhecimento das tecnologias de informação
Parabéns!!!

Vanja Nunes disse...

👏👏👏👏👏
Preocupante, mas são os tempos modernos e o homem é um ser adaptável
Parabéns
Um bom dia e uma semana de muitas bençãos

José Paulo Cavalcanti disse...

Como não vejo TV, ao menos dessa depressão escapei. Abraços fraternos.

Anônimo disse...

Já tinha assistido. Por isso, não tenho Facebook, Instagram, Twitter , etc. Só tenho WhatsApp, para facilitar a vida, sem grupo e sem identificação física. Vivo lutando para não ser transformado em marionete. É pedido de avaliação para tudo. Daqui a pouco vão pedir nota - de 0 a 10 - para avaliar o assalto. M. Aurélio

Regina da Fonte disse...

Eu vi o documentário! Fiquei chocada! Não podia imaginar que a coisa chegasse a esse ponto... Evitar nos expor é o que temos que fazer para nos resguardar o quanto pudermos.

Israel Guerreiro disse...

Muito louco e assustador o rumo que as coisas estão tomando.
Privacidade,cada vez menos.

Antônio Carlos Neves disse...

Ressuscitar só conhecemos um mais se com o tempo a ciência chegar a esse ponto tem outro muito importante também é ressuscita jovem pelo menos abaixo dos 50 anos kkkkkkkkkk

Ricardo do Rêgo Barros disse...

Deveras assustador a nossa realidade "virtual", fico a pensar na série "MATRIZ", e na música de Raul Seixas "O Sábio e a Borboleta", não sei ao certo em que estágio estamos, mas confesso tem vivo momentos de não querer acordar e outros querendo sair desse pesadelo imediatamente.
Ótima postagem como sempre, ou será dejavu?? Forte abraço!!

José Otavio de Carvalho disse...

Assunto atualíssimo. Não assisti ao filme, mas acompanho o avanço cada vez maior desse "big brother" virtual. Me exponho pouco, não tanto por medo, mas por filosofia de vida. Parabéns amigo por essa instigação.

Edson Junqueira disse...

Boa tarde . Poi’s eh . O que será de nossos netos e bisnetos ?

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