À frente de um grupo de amigos – associados do The British Country Club do Recife – visitei, no fim de semana passado, a cidade de Petrolina e sua área de influencia econômica. O objetivo foi de fazer uma visita de cunho cultural. A hipótese referencial foi a de que vale à pena conhecer de perto o que ocorre naquele Pernambuco do oeste. Observar o progresso que se respira, a forma citadina como vive a gente local, a gastronomia e, enfim, os hábitos gerais dos ribeirinhos do chamado rio da integração nacional.
Nossa segunda parada foi numa fazenda produtora de uvas de mesa e mangas. Estas, por sinal, outra grande vedete da produção local. De qualidade diferenciada são exportadas para o mundo inteiro. Isto ocorreu na ensolarada manhã do sábado (21.07.2012). Nosso grupo se deslumbrou com o mar de uvas e mangas. O proprietário da fazenda (*) nos recebeu em grande estilo e eu diria que com “pompas e circunstâncias”. Para inicio de conversa nos deu boné de trabalho, tesoura e bandeja de colheita das uvas. O parreiral escolhido não podia ser melhor: uvas Thompson, ou seja, uvas sem sementes. Nosso pessoal se deslumbrou com tudo que viu e colheu. De fato, é de encantar a qualquer visitante. No final da visita uma degustação de frutas e sucos, fechando com um bom espumante local.
A terceira parada, na tarde do sábado, foi na Vinícola Santa Maria, no município de Lagoa Grande, Pernambuco. Pertence ao Grupo Dão Sul, de Portugal, que produz premiadíssimos vinhos, de alta categoria e gozando de prestigio internacional. Ali foi dada outra extraordinária aula sobre a produção de vinhos finos, além da exibição, em pleno campo, de parreiras das uvas mais conhecidas do público visitante. Vimos e saboreamos uvas Shiraz, Cabernet-Sauvignon, Tempranilho, Carmenère, Moscato Canelli, entre outras. Uma festa para os olhos e para o paladar. Fim da visita com uma degustação ilimitada de vinhos. Não se bebeu mais porque não havia tempo hábil.
O fim do nosso passeio foi navegando nas águas do São Francisco, no domingo. Embarcamos num tour fluvial, em barca especial, ao som das músicas regionais e acepipes sertanejos, como, filé de carne de sol, cabrito assado e baião-de-dois. Tudo regado por um bom espumante regional. E, no meio do passeio, que dura cinco horas, uma estratégica parada para um banho de rio, numa prainha convidativa. (Foto acima)
O que se constata, no final de um passeio desses, é que providências honestas de intervenções governamentais e usando tecnologia específica, nosso semi-árido – sempre fragilizado com as estiagens – pode se transformar num paraíso econômico e solução de vida digna para as populações interioranas do estado. Esperemos pelos 2T: Transposição e Transnordestina.
(*) Leonardo Renda, dono da Frutirenda, gentilíssimo e sofisticado ao nos receber. Também sócio do Country Club. A ele, nossos especiais agradecimentos.
Nossos agradecimentos, também, à Marta Santos (Taruman Turismo) pela competência profissional ao organizar a excursão.
Nota: Fotos de autoria do Blogueiro
Nossos agradecimentos, também, à Marta Santos (Taruman Turismo) pela competência profissional ao organizar a excursão.
Nota: Fotos de autoria do Blogueiro
4 comentários:
Caro companheiro. Adorei refazer o tour em Petrolina, onde tenho um "Hotel Cinco Estrelas" (isto é, Uma filha, um genro, quatro netos e um bisneto), aliás, esse bisneto, o Pedro é coprinocultor de peso, ajudando o avô por parte de mãe. O companheiro Inácio Cavalcanti, EGD, disse em seu livro que "avô é aquele bicho que o filho amansou para o neto montar". O quê dizer, então, do bisneto? Abraços, Arlégo.
Amigo Girley,
Estou pensando em fazer este passeio...
Ina Melo
Prezado Girley,fiquei maravilhado com o seu relato (conheco Petrolina)se não tivessimos tantos politicos marginais,nem impostos presisavamos pagar neste pais maravilhoso.Um grande abraço.
Fernando Pinheiro
ETT.Va conhecer Barreiras
Girley, o Blog do Josué Nogueira no DP de hoje (30/07), mostra o outro lado da moeda petrolinense, reflexo do momento. Políticos se engalfinham disputando a Califórnia do Sertão do São Francisco. E, como sempre, seu foco foi objetivo e educador, servindo também de alerta para a escolha dos futuros dirigentes deste Oasis Feito de Vinho, onde, com todo respeito, repete-se o milagre da transformação da água (do S. Francisco) em Vinho. Parabéns.
José Artur Paes
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