sábado, 15 de setembro de 2018

Clima Sombrio


Sem que consideremos perfis, ideologia politica, qualidades ou defeitos de candidatos o que se percebe neste momento de extrema crise – inclusive moral – no Brasil é que nunca antes tivemos tantas dificuldades em escolher um candidato que venha resgatar os valores nacionais que perdemos ao longo dos anos recentes.
Ora, num país, como o Brasil, com extremas diferenças peculiares no que tange aos aspectos sociais, econômicos, quadro natural, crenças, orientações políticas, entre outros indicadores, o que se tem de concreto é um clima sombrio e inquietante. Enfim, um ”mosaico complexo e exótico” de ser trabalhado e administrado.
Qualquer que seja o cidadão ou cidadã que venha a ocupar o cargo da Presidência da República tem pela frente o fabuloso desafio de dominar muito bem cada uma das variáveis que acima listei e ter condições de manejar com meios e segurança exigidos por cada uma das dimensões.
A campanha eleitoral que estamos vivenciando, neste 2018, revela, de modo cruel, ao vivo e a cores, as condições de incertezas que o país atravessa e que vem aplicando à sociedade uma componente beligerante nada condizente com o estado de Democracia que sempre se diz viver e que foi alcançado a duras penas ao longo da História instalando uma guerrinha fratricida no meio social, com perspectiva de longa duração. Já correu sangue, assassinatos foram cometidos e ofensas, entre candidatos ou partidários destes, se tornaram corriqueiros e crescem numa progressão geométrica a cada dia que se aproxima o pleito. Numa sociedade mais culta e num estado democrático de fato, ao invés de ofensas, acareações, assassinatos, agressões físicas, insultos e ameaças, como vemos por aqui, os candidatos estariam em busca de conquistar eleitores estudando, diagnosticando e analisando as demandas das pessoas e, em suíte, formulando propostas concretas e factíveis que, no nosso caso, mitigassem os sofrimentos do brasileiro em geral. Tudo isto de formas convincentes, honestas nos referenciais, estrategicamente desenhadas e gerando entusiasmo no seio do eleitorado. Seria muito fácil fazer a escolha do candidato ideal. Mas, não... O mais provável do nosso hoje é ouvir manifestações de desalento, descrença e desistência de participar do processo eleitoral. Vide gráfico a seguir.

Acredito que os leitores e leitoras, pelo menos parte destes, andam acompanhando debates e entrevistas dos candidatos nas ondas do radio e da TV, assim como nas modernas e populares redes sociais. São as formas mais ágeis de chegar aos eleitores. Em principio, seriam ótimas oportunidades de se aproximar do Senhor(a) Eleitor(a). Infelizmente estes meios têm sido rigorosamente desperdiçados. Pela televisão ficam evidentes os despreparos de cada candidato e das equipes de entrevistadores da mídia. Viraram verdadeiros tribunais de inquisição. Abordam de tudo, menos de propostas de governo. Quando tentam, fazem de modo flash. Os candidatos quase sempre são apanhados de “cócoras” e na prática perdem as melhores oportunidades para dizer praquevêm. Resumo da ópera: perde o candidato, perde o eleitor(a) e perde o jornalismo de vanguarda. Aliás, perde a Democracia e o Brasil.
Finalizando, nunca é demais lembrar que resta ao eleitor(a) a imensa responsabilidade de saber eleger os novos mandatários. Mas, de fato somos responsáveis? Fomos no passado? Você é?
Aconselho que tenha cuidados dobrados na sua escolha porque, dessa vez, o “bicho pode pegar”. Eita clima sóbrio! 

NOTA: Fotos e ilustração obtidas no Google Imagens. 


5 comentários:

Dulce Nadruz disse...

Realmente sombrio amigo.

Jose Paulo Cavalcanti disse...

Aproveite e sugira um candidato, amigo. Sou um eleitor disponível. Abraços.

Valerio Guidotti disse...

Optei por Bolsonáro pelo seu passado correto e pela sua vontade férrea de nos devolver o direito de sair de casa sem ser assaltado e morto por "singelas"criaturas que carregam em seus currículos incontáveis "passagens"por nosso sistema punitivo.

Regina Da Fonte disse...

O Brasil está de fazer vergonha.... Quando vamos conseguir mudar isso?

JR Produções disse...

Não só sombrio, mas triste, pois nada prospera para o bem do Brasil, nem os candidatos, nem os jornalistas, nem as regras (Lei Eleitoral e partidos), nem tão pouco o próprio povo que em pleno século 21, tempo das redes sociais com comunicação instantânea ainda acreditamos nas fakes promessas e que alguém tem verdadeiramente algum interesse nobre, com raríssimas exceções.

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