Não dá para calar. Foi mais fácil assistir a partida entre o Sport Recife e o Colo Colo, em Santiago do Chile, do que ir assistir, amanhã, Sport e LDU, do Equador, aqui no Recife, na Ilha do Retiro. A diretoria do Sport está pisando na bola, na ânsia de lucrar o mais que puder. Aliás, está dando uma de timinho, que quer aproveitar as chances de faturar, enquanto o time não é desclassificado da competição.
Estou irado, sim. Sou rubro-negro de coração, mas não aceito certos métodos retrógrados de vendas de ingressos ao campo e a flagrante incompetência da diretoria do Clube.
O que aconteceu estes dois últimos dias na sede do Sport é no mínimo revoltante. Pessoas sérias – eu sou um homem sério – disputando quase às tapas um ingresso para o jogo contra a LDU e sair de mão abanando. Inadmissível! Isto sem falar que todo cuidado era pouco, visto que havia no meio dos demandantes de ingressos, assaltantes surrupiando o ingresso do torcedor vencedor da maratona, batendo carteira e assaltando sem pena. Francamente, estou fora! Onde é que nós estamos?
Não, isto não pode ser visto como euforia da torcida. A venda, como feita no Sport, é indigna. Desisti de ir ao campo, para assistir mais um importante jogo do leão da Ilha.
Continuo rubro-negro, até a morte, porque o Sport é maior do que seus incompetentes dirigentes.
Ainda que contra a vontade, tentei descobri se havia, o que meus pais diziam, alguma “porta de travessa” que facilitasse a minha compra. Isto é, uma forma apadrinhada para alcançar meu objetivo. Não encontrei nada. No meio da confusão encontrei meu filho, também, revoltado. Ele comprou um tal de carnê de ingressos antecipados. Só que ele comprou como estudante, para assistir ao jogo num camarote a convite de um amigo. De última hora e na véspera da partida, a diretoria do Sport resolveu que ingresso de estudante não vale para entrada na área dos camarotes, obrigando a que todos comprem o ingresso de R$ 100,00! Absurdo. Abuso dos maiores. Afinal, o jovem estudante, pagando R$ 50,00, está pagando muito bem. Quanta incompetência.
Agora, meu amigo ou amiga, comparando com o que ocorreu no Chile, dá uma tristeza imensa. Em Santiago os muitos torcedores rubro-negros puderam comprar ingressos do jogo de modo civilizado, sem atropelos ou sustos, sem filas, em pontos estratégicos de qualquer dos shopping-centers da cidade, com cartão de crédito, para sentar em cadeiras confortáveis, de um estádio bem projetado e ao justo preço de apenas R$ 47,00. Não vale mais do que isto! Eu mesmo comprei ingressos quatro horas antes do jogo. Numa boa. Resultado: casa cheia, público vibrante e disciplinado, mesmo que derrotados pelos leoninos pernambucanos. Assistimos ao jogo sem percalços, em segurança e felizes com a vitória. Aquilo lá é outro mundo! Não sei quando vamos nos civilizar...
Pois é: foi mais fácil ir ao Monumental do Colo Colo, no Chile, do que ir a Ilha do Retiro. Onde, aliás, não vou amanhã! Vou assistir pela TV. Porque afinal, pelo Sport TUDO!
Moral da história: o perto se tornou muito distante.
Para esta postagem, em sinal de protesto, não coloco fotos!
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Um comentário:
Girley,
Somos discriminados pela mídia do sul e sudeste, com razão. Inadimissível esta falta de organização em nossos estádios de futebol.
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