Petróleo tudo bem, mas ninguém sabia o que significava pré-sal. Voltaram-se pro meu lado e me desafiaram descobrir o que danado vem ser isto e transformá-lo em assunto do Blog. Entusiasmado, “encarei o desafio”. Deixa, que eu mesmo andava curioso por saber o significado da coisa. Cai em campo e a primeira consulta foi, é claro, na Internet. Este seria o caminho de qualquer um. Depois, uma conversinha com um geólogo amigo e, rapidamente, charada abatida.
O negócio é que o Brasil descobriu ser detentor de uma fabulosa fortuna de petróleo – de primeira qualidade – nas profundezas do Atlântico, logo depois das nossas belas praias. E essas profundezas recebem a denominação cientifica de camada do pré-sal.
E aí vai a explicação: Pré-sal é uma camada de sal em pedra, soterrada no fundo do mar, a mais de 5 mil metros de profundidade, contados a partir do fundo mar, que por sua vez está a mais de mil metros da superfície. Pensem bem nessa profundidade. Pense o que é trabalhar esse negócio.

Segundo meu amigo geólogo, essa tal camada de pré-sal está situada abaixo de outra conhecida como camada de sal, sobre a qual há uma outra denominada de pós-sal e somente acima desta, aliás, estão todas as descobertas anteriores da Petrobrás. Estamos falando, explico, de unidades (camadas) geológicas, que são classificadas e ordenadas do centro, lá do miolo, para a superfície do planeta. Por isso que a tal camada do pré-sal está mais abaixo. Tem uma lógica em principio difícil de entender, mas fica fácil depois de exposta e digamos que seja uma lógica ao inverso. Enfim, é um negócio pra lá de profundo, pronto.
Pois bem... nessas profundezas oceânicas, no litoral entre os estados do Espírito Santo e Santa Catarina, descobriram reservas que comprovadamente chegam a 8 bilhões de barris. Mas, já estão avisando que este número pode se multiplicar por dez. Ou seja, são 80 bilhões de barris cada um valendo, a preços atuais do mercado internacional, acima de US$ 100,00. Faça a continha. É dinheiro pra não acabar mais... vai empinar este país às estratosferas da riqueza, quase igualando-o ao Iraque, o que, aliás, já me deixa preocupado. Sim porque, à luz da história, começo a temer pela nossa segurança. Ninguém me convence que os Estados Unidos invadiu o Iraque apenas para implantar uma democracia.
Por essas horas já deve ter nego, lá fora, de olho gordo na nossa riqueza repentina.
Não preciso dizer que isto é motivo de euforia na esfera governamental. Êita menino de sorte, esse Presidente Lula...
Mas, como dizia minha finada mãe, “dinheiro é muito bom, mas, também dá muito trabalho e dor de cabeça”. Haja dor de cabeça para manejar essa grana toda. Será que vamos ter tecnologia pra tomar conta disso tudo? Será que vamos ter governo competente e probo para administrar essa carga pesada? Será que o Brasil vai saber distribuir a riqueza através de investimentos produtivos e geradores de renda e emprego? Ou, a exemplo dos países do Oriente Médio, vai ser um país rico com uma nação de pobres e comandada por meia dúzia de marajás do petróleo?
A Petrobrás, que é famosa por ser a empresa mais competente do mundo na exploração de óleo, em águas profundas, em principio deveria ser a exploradora do petróleo do pré-sal. Mas, olhe lá, tem o inconveniente de ter 60% das suas ações em mãos estrangeiras. O governo, estrategicamente, já sinaliza com a criação de uma nova estatal somente para a exploração do pré-sal. Estatal? Sei não... muitas águas vão rolar nesse debate.
E você, caro leitor, estimada leitora, o que acha disso? Dê sua opinião. Faça um comentário. Petrobrás ou nova estatal no pré-sal? Eis a questão.
Participe, porque este Blog tem sido acessado em vários pontos do País e do exterior. A última postagem, por exemplo, foi lida por aproximadamente 350 pessoas.
Nota: Gráfico obtido no Google Imagens e originalmente do Globo On line.
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