terça-feira, 12 de julho de 2022

Rio Maravilha

Há locais que, quando chego, sinto a sensação de estar em casa. O Rio de Janeiro é um desses. Estive por lá, esses dias recentes, cumprindo um compromisso social familiar, ocasião em que, por oportuno, aproveitei para rever espaços e locais por onde vivi momentos memoráveis do passado, principalmente, da minha juventude dourada e onde aprendi a sentir o Brasil de raiz. A chamada Cidade Maravilhosa (para muitos, nos dias de hoje, Cidade Perigosa) continua sendo, indiscutivelmente, a mais linda do planeta. À proposito, essa classificação deixou-me com dúvidas durante muito tempo. Mas, depois de percorrer outras inúmeras paragens nos quatro cantos do mundo, não alimento mais qualquer dúvida. Ocorre, também, que o Rio tem uma magia especial e própria do local. Acredito que sejam o quadro natural, o colorido do mar e das matas, as montanhas que o emolduram e o povo ajudam de modo definitivo. Reina sempre um clima de festa. A gente que vive por lá parece saber melhor celebrar a vida. É um quê muitas vezes inexplicável e curioso. Dessa vez fiz questão de ficar hospedado em Copacabana. Por ali, consegui rememorar a efervescência da vida carioca. Na primeira oportunidade corri para o calçadão, à beira mar, e, como tantos outros, dei uma “manera” caminhada, respirando o ar do mar, sem máscara destes tempos abomináveis de pandemia, observando o comportamento daquela sociedade que não deixa a “peteca cair” e toca pra frente uma vida como merece ser vivida. Louras, morenas, jovens e velhas, corpos apolíneos ou ex-isto, brancos e negros, crianças, cadeirantes, enchem o calçadão no horário matinal do sábado, todos a caráter, como numa cena preparada para ser exibida aos meus olhos e na forma que desejei. Ah! Meu Rio de Janeiro, como me faz bem te rever. Quanta coisa boa me fazes recordar. A Copacabana de hoje difere bastante dos dias da minha juventude. Antes não havia o calçadão. Um grande aterro foi construído nos anos 70 e uma nova cara foi dada ao bairro mais famoso do Brasil. No passado, a Avenida Atlântica tinha apenas duas faixas de rolamento. Horas do dia, conforme o rush, invertia o sentido. O que existe hoje, uma vasta extensão de praia, abriga uma miscelânea de atividades que resume o espirito carioca: bares, restaurantes, ambulantes, feira de badulaques e souvenires, artistas em plena atividade, entre outros. Não agrada a muitos. É verdade. Mas, está tudo lá fazendo a festa.
O Rio, porém, não se resume à Copacabana, claro. Por sorte tive tempo de “baixar” em outros pontos tão importantes quanto os da área praieira. Fui, inclusive, ao bairro boêmio da Lapa, levado pelo meu filho digital-influencer numa das suas coberturas. O antigo bas-fond carioca é atualmente um local divertido, colorido e cheio de atrações. Vale à pena ser visitado. Bares e restaurantes, sambões e boates para todos os gostos fazem da noite carioca aquilo que o público nativo ou visitante procura. Estivemos num dos mais movimentados, o Carioca da Gema, onde uma parcela da bateria da Mangueira se apresentava e levantava a clientela na noite de uma quinta-feira. Fomos recebidos pelos donos do pedaço e, sem dúvida, foi bem divertido. Um capitulo à parte da cidade do Rio de Janeiro está no item da gastronomia. Come-se muito bem naquela cidade. Os cardápios são dos mais variados e para todas as exigências e desejos. Dos mais simples aos mais sofisticados. Mas, indo lá, prepare a carteira. As coisas não são nada em conta. Aliás, nem vou citar nomes para não cometer uma falta. Como pobre gastei mais do que devia. Mas, não tem dinheiro que pague um prazer fora do programa e de surpresa. Sim, porque cada vez que solicitei “passar a régua de uma conta” vinha uma surpresa. Não vou esquecer-me do quanto custou um café expresso, no Forte de Copacabana. Paguei. Claro! Mas, paguei certo que me cobraram a vista panorâmica de Copacabana no fim de tarde. Deslumbrante, tudo bem. Valeu Colombo!
Para não deixar de falar de insegurança, como é comum em qualquer local do Brasil de hoje, devo dizer que circulei, com minha família e em inúmeros pontos da cidade, com razoável tranquilidade e observei que a policia local está sempre alerta e de prontidão com guarnições motorizadas. Naturalmente que por onde estivemos a situação não oferece tantos perigos, mas, pergunto: onde se circula com segurança total, aqui no Recife? Ou em São Paulo? O Rio de Janeiro seria exceção? Salve o Rio! Sempre a Cidade Maravilhosa. NOTA:1)Fotos da autoria do Blogueiro. 2) Não deixe de ler na Coluna á direita a janela Para sua Reflexão

8 comentários:

Adolfo Ledebour disse...

Li , Adoro o RJ

Grayny Brasileiro disse...

Eu amo o Rio de janeiro e tudo de bom é lindo cidade maravilhosa.

Oscar Rache Ferreira disse...

Amigo Girley, não há dúvidas que o Rio é mesmo a Cidade Maravilhosa. Eu sou hoje um pernambucano mas,nasci em BH e vivi minha infância e juventude no Rio.
Estive lá há pouco tempo, visitando irmão e irmã que vivem lá. Também andei pelo calçadão de Copacabana. Não há dúvidas alguma. O Rio de Janeiro é de fato a Cidade Maravilhosa!!!!

Marcelo Villocq disse...

Parabéns pelo seu relato oportuno com relação a minha cidade de nascimentos, ontem Distrito Federal, hoje ainda cidade maravilhosa.

Susana Gonzalez disse...

Tal cual, Ciudad MARAVILLOSA.

Marcos Cabral disse...

Salve o Rio, venha mais Girley sempre será muito bem recebido como fui em Recife.
Forte abraço.

José Mario disse...

Muito bom amigo Girley Brazileiro. É uma pena a violência em todo Brasil. Temos que modificar a legislação penal. A pena deve ser cumprida por inteiro sem progressão. Fez errado, aguente as consequências.

Francy Pimentel disse...

O Rio de Janeiro continua lindo.
Eu amo também o Rio de Janeiro. Vale a pena uma visita, sempre.... morei nessa linda terra por cinco anos...

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