quinta-feira, 10 de junho de 2021

Clicando com Cuidado

Que estamos vivendo a chamada Era Digital, ninguém duvida. Por bom tempo ela permeia, de modo absoluto, as relações sócio-politico-econômicas do mundo inteiro contribuindo para o inexorável avanço do processo de globalização. Decisões politicas, negócios comerciais, estudos e pesquisas, interações profissionais, reparos mecânicos remotos, cirurgias reparadoras, consultas médicas, relações sociais corriqueiras, aulas, conferencias, congressos, entre outras incontáveis atividades não dispensam os recursos técnicos e facilidades que a Rede Mundial de Dados - Internet oferece por se revelar adequada às exigências do chamado mundo moderna. Não é demais afirmar que estamos reféns de um teclado de computador ou celular. No meio dessa onda veio a pandemia da Covid-19 que teve, digamos, seu lado positivo ao acelerar o uso desses recursos digitais favoráveis às relações humanas enquanto abaladas pela insegurança sanitária. O home-office, a educação a distancia (EAD), as consultas médicas e o comercio digital foram intensificados e são exemplos dos mais notáveis.
Mas, nem tudo sai a contento como planejado neste mundo onde a Informação é base de qualquer sucesso, mas não está imune às maldades e interesses malévolos que permeiam o submundo da sociedade mundial. Desse modo, e em paralelo às benesses conquistadas, correm soltos os forjadores de recursos sabotadores ao bom proveito da modernidade digital, disseminando insegurança e falsidade com informações aparentemente confiáveis. Em contrapartida, profissionais especializados se mobilizam diuturnamente para encontrar meios de proteção aos usuários das redes, sejam pessoal, corporativos ou institucional. Não são raros os ataques dos chamados hackers que se dão ao trabalho de “fazer a vida” prejudicando o meio social mergulhado nas ondas das redes digitais. Cidadãos e cidadãs, governos e empresas são indistintamente escolhidos como alvos de ataques, em função de interesses específicos. Incluído, pessoalmente, entre os milhões de prejudicados apresso-me em conhecer algumas estratégias disponíveis de combate aos ataques nocivos e, junto a uma especialista de renome, o Professor Edison Fontes (foto a seguir), obtenho conselhos e referências protetoras que transmito a seguir aos leitores do Blog.
Segundo Fontes, "as populares redes sociais como Facebook e WhatsApp são confiáveis enquanto dizem o que fazem com nossos dados. Têm a vantagem de estabelecer parâmetros de controle ao perguntar a quem publicar a informação: para todo mundo, somente para amigos ou ninguém pode ver". Para o especialista, o WhatsApp tem a vantagem por trafegar com as informações de forma criptografadas que não serão entendidas se forem captadas na transmissão. Vantagem para o usuário. Mas, ainda assim aconselha a não se expor demais cedendo informações preciosas para os criminosos. Nada e de informar onde mora, a casa nova, a piscina nova, o carro novo etc. Compras pela Internet? Fontes é taxativo ao aconselhar só fazer esse tipo de transação em sites ou plataformas de altíssima confiabilidade. São muitos os falsos vendedores. Antes de fechar uma compra verifique se o site tem endereço fixo, se a empresa existe de fato e se exibem um dispositivo de “reclame aqui”. Eu mesmo já comprei coisas que nunca recebi. Portanto, não caia na onda de ofertas tentadoras e a preços vantajosos. Pode ser uma arapuca.E pior, pode divulgar seu endereço para outros bandidos. Outra coisa que questionei na nossa conversa foi a respeito da (in)segurança de acessar redes de aeroportos, shoppings centers, restaurantes ou similares. Fontes alerta que, por se tratar de redes abertas, é aconselhável, em usando, que faça minimamente. "Jamais realizar transações financeiras" nessas redes abertas. A natureza desse tipo é propícia a existencia de fraudadores que estão sempre de plantão para captar um desavisado. E a Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD? Perguntei a Fontes. Essa lei “possibilita que qualquer Titular de Dados Pessoais (eu, você, leitor ou leitora) exija indenização na área cível desde que prove haver sido prejudicado”. Não se aplica a fraudes cujo bandido emissor esteja noutro país, salvo naqueles países com os quais o Brasil mantenha tratados de cooperação. Para resumir é bom saber que os malfeitores estão soltos tanto na Internet quanto nos celulares. Toda precaução será pouco. Fontes lembou que um dos golpes mais comuns, atualmente, é o do criminoso que consegue pela plataforma do WhatsApp se passar por uma pessoa e ficar a pedir dinheiro com apelos de socorro e necessidade urgente aos relacionados pela vitima. Tem gente que cai inocentemente nessa armadilha. Cuidemo-nos a situação é de permanente vigilância. Clique, mas clique com cuidados. NOTA: 1. Foto do Arquivo pessoal do Prof. Edison Fontes 2. Fontes é Mestre em Tecnologia, Gestor e Consultor em Segurança da Informação.

5 comentários:

JR Produções disse...

Excelente Girley, embora hoje minha maior preocupação seja justamente com a nossa divulgação de dados pelo Facebook e Instagram, Google, Firefox e Microsoft, eles fazem isso sem nos pedir.
Além de bloquear toda informação que eles julgue inconveniente para eles. Assim são a lei, o órgão julgador e o carrasco, sem se incomodar com a legislação do país.

José Paulo Cavalcanti disse...

Perfeito. Faltou só um parágrafo para debochar dos dinossauros, que estão fora desse mundo digital. Como este seu pobre devoto. Abraços.

Thereza Leal disse...

Muito bom o seu blog como sempre nos alertando para o que pode acontecer porém eu só uso celular para compartilhar com minhas amigas coisas que não me comprometa não compro nada pela internet estou tranquila mais uma vez obrigada por me enviar seus Blogs adoro Obrigada

Anônimo disse...

Excelente, Girley

Cristina Carvalho disse...

Li e gostei muito: simples e claras as colocações.

Haja Cravos

Neste recente 25 de abril lembrei-me demais das minhas andanças em Portugal. Recordo da minha primeira visita, no longínquo verão de 1969, ...