segunda-feira, 1 de março de 2021

E agora, o que faço?

Passado mais de um ano daquele acidente laboratorial, em Wuhan (China), que, segundo se relata, contaminou com o Corona Vírus o resto do mundo, estamos nós, pobres mortais, as voltas com algo que tenho chamando de “ensaio para o juízo final”. Este, aliás, poderia ser o título deste post. Se houve o acidente ou se tomaram uma sopa de morcego somente a História nos dirá no futuro. Para alguns taxar de juizo final pode ser exagero, mas, depois de passar doze meses praticamente trancafiados em casa, não tem cristão (e ateus, certamente) que se sinta confortável e feliz. Ora, normalmente a vida gira lá fora e pede repouso no aconchego do lar, mesmo para quem tem um humilde cantinho para dizer que é seu. Tenho consciência, sim, de que muitos nem casa possuem mas, sempre acham seus cantinhos. Há um ano estamos às voltas “surfando” ondas nunca dantes enfrentadas nos nossos mares. Procuro me desligar e cuidar do meu dendicasa e só escuto os avisos de “segura aí que está vindo uma segunda onda” e, para maior pânico nos dias recentes, escutei outra mensagem calamitosa: “atenção pessoal que a provável terceira onda já desponta e parece ser mais forte”. Mutações do virus, rapidez da propagação e letalidade imprvisivel dão força à noticia. Valha-me Deus! Socorro Nossa Senhora! Acontece, minha gente, que indiscutivelmente a alhada brasileira é fora do comum. Ninguém se entende e a corda de tão esticada está a ponto de romper. Parece que ninguém atentou para desenvolver um esforço comum com vistas ao bem-estar social e felicidade geral da nação. No topo do pandemônio a variavel política se tornou o X mais escondido da intricada equação a ser resolvida. Erros são cometidos a toda hora e em todos os quadrantes do país. Os pequenos e tardios esforços dos governos não estão dando conta da parada dura que enfrentamos. As autoridades se digladiam medindo forças para preservar respectivos poderes e a sociedade que se cuide. Por outro lado é de se considerar que essa mesma sociedade, indiscutivelmente, não tem contribuído a contento para o alcance da solução. Falta consciência humanista, sentimento de solidariedade e respeito ao proximo. Cada indivíduo, ou grupo social, não enxerga o coletivo, mas, tão somente seu próprio interesse. Com um horizonte limitado, apenas a um palmo à frente do próprio umbigo, não se vai à parte alguma. Ao invés disso, opta por contrariar as medidas sanitárias aconselháveis, opõe-se às ordens sociais até por divertimento, vai pra rua sem necessidade e, claro, esperneia por não ter seu sustento. Está claro que atitudes como estas não resolvem. Ah! Peraí, “essa é a forma de defender o seu quinhão, que é mais do que justo”. Sim, pode ser... Mas, para quem vai viver, produzir e com quem interagir? Nessas horas só cabe uma desconcertante pergunta: e agora, o que é que faço? Diante deste quadro caaótico volto a lembrar do quanto faz falta uma sociedade bem educada e politizada. Não tardou muito e estamos pagando caro pelo desprezo contínuo que se atribuiu ao fundamental setor da Educação e a consequente preparação do cidadão para viver em comunidade.
A injeção de esperança nasce com a aplicação maciça de vacinas para imunizar a população. Mas, até nisto, a coisa é cheia de incertezas. Teremos vacinas suficientes? Serão seguras? Quantas doses serão o bastante? Vamos nos livrar do vírus? Falta povo educado e cidadania. Faltam governantes preparados e comprometidos com os eleitores. Falta ordem e, com certeza, progresso. E a crise da Covid19 servirá de lição? Custa crer. E, agora, o que faço? NOTA: A foto ilustrativa foi obtida no Google Imagens.

8 comentários:

Unknown disse...

Mto boa sua narrativa.Na minha visão bastante OPINATIVA e lúcida seus
Comentários.

Vanja Nunes disse...

E agora ??o que faço eu da vida ....
Está lembrando a música do Peninha rsrsrs
Só para relaxar, porque estamos vivendo momentos muito dificieis
Assino embaixo tudo que vc escreveu
Saudade da minha vida !!!

Marcos Alves disse...

Pura verdade amigo. Muito boa matéria.

José Paulo Cavalcanti disse...

O pior de tudo, mestre, é que você tem razão. Infelizmente. Pobre Brasil. E grande Brasileiro.

José Mário Galvão disse...

Parece que estamos no obscurantismo da ciência. Temos opniões do jeitinho que nos convém.
Sem falar nos sacanas dos TRÊS PODERES, que mais atrapalham do que ajudam.

Júlio Silva Torres disse...

Excelente tu artículo Caro Hermano Girley! Más aún por su universalidad. Lo que señalas trasciende las fronteras y se repite en todos lados. La irresponsabilidad y el individualismo son muestra clara del acontecer actual. A muy pocos les preocupa “el otro “. En Chile cuyo gobierno está muy desprestigiado, lo único que ha hecho extraordinariamente bien, ha sido el combate contra el covid-19 con todas las medidas necesarias, que la gente NO respeta. Ahora llevamos más de tres millones de personas vacunadas... no obstante hay gente que no quiere vacunarse.
Yo tengo un amigo que se murió en NYork; y ahora un primo y su mujer que están luchando entre la vida y la muerte desde hace casi dos meses internados en una clínica, todo por juntarse con alguien que los contagió. Por ello, en 9 días más cumpliré un año sin salir de casa, salvo por cosas ineludibles.
Pero los del grupo entre 20 y 40 siguen saliendo, yendo a playas y fiestas sin importarles el resto de la gente y contagiando a miles.
Creo que el titulo de tu artículo es el correcto. Estamos enfrentado el juicio final de todos los que por culpa de los egocéntricos se están muriendo todos los días!
Cariños a todos ustedes, familia!!

Antônio José de Melo disse...

Meu amigo Girley Brasileiro, Gosto muito dos seus textos em geral, eles questionam coerentemente, assuntos que necessitam de debates. Diante desse panorama “Caótico,”da Coronavirus, à depender do olhar de cada um, evidencio como principal protagonista da cena, a Educação. A educação é a protagonista principal, porque ela é a responsável pela base educacional. Problemas e imprevisibilidades sempre existiram e continuarão a existir. O segredo para superação é a forma como encaramos o problema. Talvez a pandemia seja um alerta da necessidade de mudanças. Novos valores, novos comportamentos e, atitudes precisam ser flexibilizados. Vivemos em um novo mundo, só falta usar a percepção corrente da mudança. Na física, a resistência cria resistência, e é isso o que estamos fazendo. Abraço!

Cristina Carvalho disse...

Concordo com o texto. Acentuo a
briga pelo poder e a vontade das esquerdas de derrubar o Presidente Bolsonaro. Há uma ganância dos governantes pois temos eleições em Menos de dois anos. É uma briga suja que está matando pessoas, muitas pessoas. Os governantes só
se preocupam consigo mesmo. Dinheiro, corrupção, propina, justiça e direitos humanos e saúde, não estão caminhando juntas em prol do cidadão e estamos vendo o que está acontecendo no nosso país. Terrível!! 😔

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