sábado, 20 de março de 2021

Até quando?

Até quando vamos viver nesta insegurança sanitária? Esta é a pergunta que ronda toda e qualquer cabeça de são juízo deste Brasil. É verdade que o Governo Federal falhou ao postergar por muito tempo a compra das vacinas salvadoras duvidando que essas se fizessem necessárias. Enquanto isto, países mais prudentes e mais equilibrados politicamente se anteciparam e açambarcaram o que era ofertado no mercado internacional consciente das recomendações cientificas. É verdade também e até, democraticamente tolerável, que haja aqueles que ainda duvidam da eficácia das vacinas ofertadas, tanto por aqui, quanto em outros países, e preferem adotar regimes de sustentação sem se submeter à inoculação dos antígenos. Agora, uma coisa estranha e inadmissível é o comportamento de se negar a reconhecer que há um vírus mortal circulando e viver fazendo pouco caso da situação. O resultado é o que estamos vivendo neste país. Por uma falha cultural, pela elástica extensão territorial e pelo caráter cívico opositor do cidadão comum. Recordo que quando cheguei ao Japão, pela primeira vez, duas coisas foram avisadas com tom de severidade: a primeira sobre a especial atenção a ser dada quanto aos possíveis e quotidianos tremores de terra, além de um possível terremoto no país. Instruções foram dadas e recomendadas com muita atenção. A outra coisa foi quanto à ocorrência de alguma enfermidade contagiosa e o exemplo tomado foi o de uma gripe comum, cuja orientação foi de, além dos corriqueiros medicamentos, o uso rigoroso de uma máscara cirúrgica em respeito a coletividade. Compreensível, pois sendo o Japão um país pequeno e de grande população a disseminação de um vírus de gripe é evitado com todo rigor. Depois dessas instruções observei muita gente usando das referidas máscaras no dia-a-dia, durante os três meses que vivi na Terra do Sol Nascente. Agora, aqui no Brasil, observo a reação negativa das pessoas quanto ao uso das máscaras recomendadas em virtude da pandemia. Ora, se são elas uma das mais importantes estratégias de proteção individual, além de efetivo sinal de respeito ao próximo e, por fim, à comunidade, o que custa seguir essa regra?
O brasileiro está provando, mais do que nunca, seu caráter rebelde e indisciplinado. A falta de educação cívica vem se revelando na sua mais intensa forma durante essa emergência pandêmica. Não tem sido fácil para quem administra as operações de combate ao Covid-19. A mistura de imprevidência governamental com a natureza rebelde dos cidadãos e cidadãs vem resultando num desastre nacional que já vitimou fatalmente quase 300 mil pessoas. Um quadro desalentador e que já expõe o país aos rigores dos críticos e exigentes administradores estrangeiros. Até quando vamos viver à custa das teimosias dos que primam por exercitar o comportamento de oposição. Só Deus sabe até quando. Na luta pela sobrevivência e livramento do vírus a sociedade clama pela vacina tardia e chora pelo emprego perdido ou fracasso dos seus negócios, administrando o dilema da salvação da vida ou ganha-pão de cada dia. Não tem sido fácil. O nosso mundo não estava preparado para tão dura prova. As restrições impostas, nestes dias recentes, pelos governos locais, se devidamente respeitadas, poderão ser decisivas para demonstrar ao povo a verdade do perigo que se corre coletivamente e a necessidade de seguir as recomendações sanitárias oficiais. É duro viver sem perspectivas de negócios, sem emprego e sem condições de sobrevivência digna. Mas, não tem outro caminho. Vamos usar as máscaras, evitar as aglomerações e aguardar a vacinação em massa. Até quando? Vai depender de cada cidadão ou cidadã, também! NOTA: Foto ilustrativa obtida no Google Imagens

6 comentários:

José Paulo Cavalcanti disse...

Não há mesmo outro caminho?, amigo, eis a questão. A Grande Mídia diz que sim. Para a classe média, em seus apartamentos, é cômodo. Mas quem não tem o que dar aos filhos, na mesa, não há outro caminho? Tenho dúvidas, perdão. Acho uma crueldade.

Vanja Nunes disse...


Até quando?
Como dizia minha mãe ,
A gente sabe que vem e volta, o que vamos passar aqui só Jesus Cristo ....
Bom domingo e uma semana de muitas bençãos 🍃☘️🌿

Marcos Cabral disse...

Tem gente só aprende na base da porrada.😁😁😁

Francisco Brito disse...

Assim viveremos( com ou sem pandemia) ate acabarmos com a insegurança jurídica.

Israel Guerreiro disse...

Não aguento mais essa pandemia.
Tenho muita fé nas vacinas.

Dayse Moraes disse...

Realmente é difícil o nosso "povo"obedecer.Aqui até leis, muitas delas são dribladas,façamos a nossa parte ,rezando,torcendo pela vacina pra todos e mesmo assim,continuando com os cuidados de sempre.😘😘

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