sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Esperança Injetada

O Brasil, apesar das extremas chafurdações politicas, avança neste inicio de fevereiro com a operação “vacina para todos”, injetando esperança de paz e tranquilidade na população. Finalmente as autoridades de plantão dão sinais de concórdia na busca da solução para imunizar a brasileirada. Um começo atrasado, bom reconhecer. Nações ricas e poderosas politicamente se adiantaram açambarcando os estoques existentes e futuros do precioso injetável na defesa dos seus povos e administrando uma atitude de resistência e evidente preservação dos poderes. A resultante inequívoca foi o engarrafamento de demandas denunciando de modo claro, que se trava uma guerrinha econômica internacional para aquisição nos quantitativos requeridos por grupos populacionais. O Brasil, muito embora gozar de reconhecida expertise na produção de vacinas e antídotos dos mais diversos, resvalou num infrutífero “bate-boca” politico tendo o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, como protagonista principal, porquanto crente de se tratar d'uma moléstia que não causava o dano universal propalado aos quatro ventos. Enganou-se. Pagando pela lingua foi contaminado, tratou-se, resistiu e voltou a insistir na conversa ultrapassada sendo, por fim, levado a capitular diante da gravidade da situação. Saiu, politicamente, com o prestigio popular arranhado e criticado duramente pela oposição, sobretudo, por oportunistas políticos que não abandonam o palanque eleitoral. O Presidente teve de revisar as estratégias e originais iniciativas programadas de Governo, algumas das quais pouco sadias. Pelo visto, muitas águas vão rolar debaixo dessa ponte que leva a 2022. Democracia tem dessas coisas. Coisas boas, diga-se. Além das pendengas politicas domésticas muitas outras se desenrolam no plano internacional alimentando a eterna contenda pelo poder hegemonico, sempre recebendo novas nuances, novos protagonistas, muitas surpresas e consequências das mais diversas que sempre respingam no Brasil.
Para “animar” os debates, o mundo acompanha, agora, uma disputa pela “taça da melhor vacina”, sob forte influência da variável do nacionalismo - principalmente na União Europeia – e justificando que no backstage vem sendo travada uma renhida disputa econômica, isto é, muito dinheiro em jogo. Ganhar rápido e muito parece ser o lema da briga. Enquanto isso, a cada momento aparece uma nova fórmula preciosa prometendo ser a melhor, a mais eficaz, quem sabe a mais “cheirosa”, a melhor empacotada, mais gelada, menos gelada, dividida em duas partes, dose única, provisória ou definitiva. Os penitentes que se virem diante da vitrine. Mundinho difícil este do século 21. NOTA: A foto ilustrativa foi colhida no Google Imagens

8 comentários:

José Paulo Cavalcanti disse...

O ruim é que, considerando sua tenra idade, você estará no fim da fila das vacinas. Seja. Belo texto. Parabéns. Abraços fraternos.

Francisco Brito disse...

Parece que pularam a ciência usada para vacinas e o mundo assiste a uma disputa de velocistas de industrias e naçoes que desejam chegar no podium. Incrivel q tal proclamada ciência virou coisa de cacheiro viajante levando garrafadas ao povo sofrido e atormentado pela midia, angustiados e sedentos de uma salvaçao divina nas garrafadas do cacheiro viajante aplicadas por seringas.

Gerardo Velis (Lima) disse...

Espectacular !!!
Fuerte abrazo mi amigo.

Adierson Azevedo disse...

Muito bom texto! Parabéns mais uma vez pela irretocável visão!

Regina da Fonte disse...

Ótimo, Girley! É como eu me sinto: incomodada e insegura com o que estávamos vivendo!!!!

Gilberto Linhares disse...

Excelente companheiro!!! Como sempre são os seus textos. Parabéns.

Gilberto Linhares disse...

Excelente companheiro!!! Como sempre são os seus textos. Parabéns!

José Artur Paes disse...

GIRLEY, Sem querer ser redundante, e sendo, essa administração da VACINA É DOSE !!!! Parabéns pelo foco direto e correto.

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