Após tantos
meses de distanciamento social devido à crise sanitária, imposta pela Covid 19, boas lições foram acumuladas pelos humanos do século 21. Cada vez mais fica
confirmado o velho adágio tantas vezes lembrado pelos mais antigos de que “todo
mal traz um bem”. As coisas já estão visíveis e chegando pra ficar.
Possivelmente e guardando as proporções de tamanho, infraestrutura socioeconômica e hábitos
culturais das diferentes sociedades poderemos, com muita esperança, viver num mundo novo e
mais magnânimo em vários sentidos. A crise que hoje vivenciamos veio estabelecer
novas e oportunas regras de convivência até por uma questão de sobrevivência. O progresso
tecnológico desenfreado repercutindo de forma muitas vezes maligna aos
viventes, independente das naturezas racional ou irracional, levou a que guerras,
ganâncias econômicas e politicas, epidemias e degradação ambiental fossem
registradas na recente trajetória da Humanidade. Historiadores, sociólogos, geógrafos,
ecologistas, entre outros profissionais, já previam o que agora estamos
atônitos testemunhando. Curioso e estarrecedor é que, ao contrário das dantescas e históricas guerras travadas
no século passado, o Coronavírus (ou Covid 19) pode matar muito mais seres
humanos do que se imagina ou preveem. Diante dessa cruel realidade, o historiador e cientista, israelense, Yuval Noah
Harari (jovem nascido em 1976) foi taxativo ao afirmar num dos seus recentes ensaios
que “a batalha decisiva (contra a Covid19)
trava-se dentro da própria humanidade”.
Lendo,
recentemente, a famosa obra de Harari, intitulada de 21 Lições para o Século 21 (publicada no Brasil pela Companhia das
Letras) tomei uma grande lição ao concluir que a chave do sucesso da humanidade
sobre o Coronavírus será perseguir a difícil união entre os povos com vistas às
tangíveis solidariedade e confiança. Quando qualifico de “difícil união”
refiro-me, obviamente, às imensas diferenças politicas, econômicas e religiosas
que vigoram neste mundo em que vivemos. Foi baseado nestas três dimensões de organizações
sociais que desenhamos o modus-vivendi que
construímos ao longo da História. Muitas idas e vindas, muitos altos e baixos,
vitórias e desgraças, sucessos e insucessos nos trouxeram a esta Babel do século
21. Harari, noutra obra magistral da sua autoria, Sapiens: Uma Breve História da Humanidade destrincha essa
trajetória desde a remota era do Pithercanthropus Erectus. Vale à pena
conferir. Ele é instigante e revolucionário nos seus pensamentos.
O Novo Normal, pós-Pandemia, que tanto se fala e está por vir, vai exigir muita solidariedade
e confiança entre as nações, os governantes, lideres internacionais, assim como
entre os homens e mulheres comuns. Segundo Harari, “hoje, a humanidade enfrenta uma crise aguda não apenas por causa do
Coronavírus, mas também pela falta de confiança entre os seres humanos”.
Ora, é isto que estamos testemunhando a toda hora. Um bom exemplo conjuntural
vem da total desconfiança que produzem os informes e boletins oficiais da Organização
Mundial da Saúde – OMS. Como confiar numa entidade que se diz Senhora Guardiã
da Saúde planetária e confessa tantos equívocos cometidos, resultando por
confundir multidões ao redor do globo? Por mais desconhecido que seja o maligno
vírus, a OMS devia sempre se precaver ao manifestar resultados dos seus estudos
e pesquisas. Diante de quadro tão frouxo e incerto é de esperar que o humano do
século 21 esbarre num dos mais fantásticos desafios sem que precise usar de uma
arma ou disparar uma bomba arrasadora. A guerra que venha a ser travada neste século
virá à base do conhecimento (Tecnologia da Informação - TI e Inteligência Artificial - IA)
e do fundamental desenvolvimento biotecnológico. Naturalmente que uma pergunta não cala: é
grande o risco que se corre? Com certeza. Daí a exigência da confiança e
solidariedade entre os povos.
Num cenário de
dimensão tão grande e diante de tantas hipóteses revolucionárias não é demais
se dizer que o século 21 está começando agora. Bem-Vindos e Bem-Vindas!
Nota: Ilustração obtida no Google Imagens.
PS.: Com este post homenageio o Amigo Geógrafo e Professor (UFPE), Jorge Fernando de Santana, que me instigou à leitura da obra de Yuval Harari.
5 comentários:
Es cierto, tenemos q aprender a vivir otra realidad, pero para mi, la lección principal es un golpe a la soberbia. Que de vez en cuando la naturaleza nos pone a prueba. Ni es la primera, ni será la última. Y cada vez aprendemos algo, siempre detrás de una pandemia, viene una crisis puede especialmente social.
O risco é acontecer o contrário, amigo. Por conta da crise econômica, mais provável é que os países se fechem. Numa anti-globalização. E então? Razão para a próxima crônica. Abraços fraternos.
Muito bom Girley
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Valeu espera um pouco. Magnífica postagem alusão ao nosso JORGE foi um reconhecimento fraterno a quem sempre teve alegria em compartilhar conhecimentos.
Girley, grato pela referência a mim, com um surpreendente destaque. Você continua o mesmo: Amigo e elegante. O bom sucesso de que usufrui é um retorno da vida, um presente merecido. Parabéns por insistir na esperança, como virtude política. A sobrevivência humana neste Planeta vai depender da nossa cooperação e solidariedade. A covid-19 atesta isso. Deixemos a competição e a guerra para os vírus... Abraço.
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