sábado, 12 de janeiro de 2013

Coréia do Sul, uma surpresa

Há uma diferença muito grande entre o que se ouve dizer sobre a Coréia do Sul e o que se pode constatar ao visitá-la. Foi a conclusão que tirei ao passar uma semana naquele agradável país oriental, no mês de novembro passado. Fui numa missão profissional, mas fiz questão de aproveitar em cada minuto a oportunidade, sempre lembrando que é muito raro, para um brasileiro, chegar até lá por puro interesse turístico, o que, por sinal, é um grande equivoco. Hoje percebo que se trata de um país de povo gentil e hospitaleiro vivendo num ambiente alegre, moderno e dinâmico. Indiscutivelmente, uma agradável surpresa.
Acontece que minha idéia era a de encontrar um lugar austero, lúgubre até, e com uma gente sem muita vibração e vivendo de forma pacata e rotineira. Puro engano. Atribuo esta imagem ex-ante aos meus conhecimentos acerca da história do país, sobretudo a mais recente, que remonta à famosa Guerra da Coréia (1950-1953), as instabilidades políticas depois do conflito e a eterna pendenga com os irmãos do Norte.
Seul, a capital do país, é uma cidade monumental. Moderna e vibrante. Infra-estrutura invejável, belas avenidas, construções de linhas arrojadas e espantoso dinamismo. Uma metrópole de primeiríssima linha, particularmente no local onde se situava o Hotel Mercure de Gangnam-Gu, no qual me hospedei, por se tratar de uma região mais nova e super-moderna, onde se concentram escritórios e sedes de muitas multinacionais coreanas e representações de estrangeiras. Surpreende ao desavisado. Vide foto a seguir.
 Veja mais esta outra foto

Ainda no mesmo bairro, o destaque vai para a movimentada Cheongdam Fashion Street, artéria super-movimentada, na tarde de Sábado, repleta de lojas das mais famosas grifes da moda internacional. Muitos jovens circulando, alegres e barulhentos, ao contrário dos japoneses, por exemplo. Os coreanos, assim como os japoneses, são muito ligados nas roupas de grife. Os grandes nomes da moda internacional sabem disso e investem prá valer nessas bandas. Aliás, achei que as sul-coreanas são mais bonitas e elegantes do que suas vizinhas do Japão e China.
Aproveitei o Domingo disponível para um especial tour, não obstante a chuva forte que caiu na capital coreana. Fazia muito frio. Mas, nem por isso, perdi o ânimo de percorrer a cidade, mais a miúde, incluindo a zona histórica, onde se encontram o Keongbok-Gung, que é o Palácio Real, o Museu das Boas Vindas e a residência do Primeiro Ministro, situados na parte Norte da cidade, separada da Sul pelo rio Han, que corta a cidade pelo meio. Vide a foto do Jardim Real, em dia chuvoso e frio, a seguir. Gosto demais desta imagem. Me orgulha, no papel de fotógrafo.
Interessante que, percorrendo o parque do Keongbok-Gun logo vi se tratar de uma cópia em miniatura do palácio imperial da China, aquele situado na monumental Cidade Proibida, em Pequim. É tudo muito semelhante, seja no estilo arquitetônico ou no formato e destinações das dependências que o compõe: local privativo do Rei, alojamentos das incontáveis concubinas (algumas mantidas como “reserva técnica” e sem nunca haver encontrado o monarca), praça de solenidades, alojamentos para assessores diretos, vassalagem e seguranças, gabinete de reuniões, casa da Rainha (Sim, havia uma escolhida e, sobretudo, tolerante com a existência das concubinas), entre muitos outros departamentos. Tudo isso distribuído num imenso e exuberante jardim, que naquela ocasião ostentava todo o esplendor do colorido outonal. Vide fotos.

Assim como no Japão ou na China, os sul-coreanos são muito cuidadosos com o patrimônio histórico que construíram. Contíguo ao parque do Palácio Real, o visitante tem acesso ao Museu das Boas Vindas, que percorri com muita atenção e surpreendi-me com um harmonioso encontro entre o antigo e o moderno. A história do país é contada com peças especialmente selecionadas, dispostas em meio de formas modernas e atrativas, graças aos recursos da moderna tecnologia da informação, muitas delas criadas ou desenvolvidas pelos próprios coreanos. Em alguns pontos a interatividade aproxima o visitante ao fato histórico de modo vibrante e, sobretudo, inteligente.
Afora isso tudo, Seul oferece um imenso leque de boas opções em termos de um fino artesanato, gastronomia sofisticada e comércio de artigos dos mais diversos, especialmente eletrônicos.
Taí, um lugar que dá vontade de voltar.

NOTA: Fotos da autoria do Blogueiro

5 comentários:

Anônimo disse...

Alô, amigo Girley
Que beleza de reportagem sobre a sua primeira visita a Coreia do Sul.
Uma supresa pra você e muito mais grata para mim, também por conta das belíssimas fotos com as quais nos presenteou.

Obrigada, amigão!!!
Adorei!!!!
Ângela Barreto
Recife
12/01/2013

Daniel Breda disse...

Caro Girley,

A Coréia do Sul é um país que quero conhecer desde criança. Seus comentários só corroboram minhas expectativas! Que maravilha!

Um forte abraço e sucesso!

Sds,

DBreda

Girley Brazileiro disse...

Amigo Daniel,
Aguarde mais coisas sobre a Coréia do Sul. Estou preparando outra postagem que julgo mais informativa do que esta acima.
Girley Brazileiro

Mauro Gomes disse...

Caro Girley,

Você cada vez mais se consolida como cidadão do mundo.

Mauro Gomes

Anônimo disse...

Companheiro Girley, excelente reportagem. Não era pra menos vindo de você.Com o acervo que já tem de suas interessantes viagens, espero em breve, um grande e ilustrado livro.
Abs
Heitor

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