A pergunta que não cala é: por que isto acontece com tanta freqüência? Onde está a raiz do problema?
Mesmo entendendo que, na maior parte, as vitimas são pessoas que se instalam, irregularmente, na marra e caladas da noite, em lugares de risco é impossível entender, porque resulta em tantas mortes.
Minha gente, é publico e notório que as autoridades (in)competentes pouco se tocam com programas preventivos. A chuva vem, em tremendos temporais, espalham a desgraça, o país se compadece, o governo faz seu proselitismo político, busca os holofotes, até choram, prometem mundos e fundos, alocam verbas insuficientes para reconstruções. No lado oposto, o pobre e flagelado povo limpa suas casas e ruas, retomam a vida, mesmo chorando seus mortos, e iludido se esquece, por um ano, da tragédia, abrindo os olhos somente na hora que a tormenta volta a acontecer. Povo estranho e de fraca memória, esse meu povo brasileiro.
O pior gente, é saber que os governos, como se divulga agora, gastam muito mais nessas reconstruções do que se tocassem projetos preventivos. É um desatino. D. Dilma foi à área devastada, no dia de ontem, e prometeu ajuda imediata. O Ministério das Cidades e o do Interior alegam que o dinheiro está sempre disponível, mas, os municípios não apresentam projetos ou, quando o fazem, são projetos incompletos e até sem orçamentos. Quanta incompetencia, meu Deus! E eu acredito, porque esses municípios, por aí, são governados por políticos corruptos e ineptos, assessorados por técnicos de araque, incapazes de atinar para a realidade e, principalmente, formular um projeto.
Um exemplo desse quadro desolador é a cidade de Branquinha (AL), atingida, nos últimos 20 anos, por quatro enchentes de arromba. Abandonada pelas autoridades públicas desapareceu do mapa, no ano passado, levada pelas águas do inverno rigoroso. É isso aí, “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
Por mais que se diga que os fenômenos da natureza são incontroláveis e repentinos, é de se considerar que, nos tempos de hoje, com as previsões meteorológicas seguras e antecipadas, haveria condições de alertar à população de risco e salvá-la das desgraças.
Está mais do que na hora da Nação levantar uma grande “onda” de cobranças sobre os governos exigindo providencias preventivas, com forte dose de vergonha, para que cuidem desse povo que lhes dá, através do voto nas eleições, as regalias e segurança de uma moradia sólida e livre das catástrofes.
Até quando vamos viver esses pesadelos? Não dá para calar, minha gente!
NOTA: Fotos do Google Imagens
5 comentários:
Professor e leitores,
A CULPA É NOSSA MINHA GENTE... primeiro colocamos esse bando de corruptos incompetentes (com algumas exceções) no poder e depois jogamos lixo nas ruas entupindo bueiros, queimamos resíduos tóxicos lançando gases de efeito estufa, desmatamos a Amazônia e a corrente úmida de ar que vem de lá causa essa tragédia no sudeste... e digo mais, aqui na RMR não há coleta seletiva, as cidades que hoje abrigam cerca de 80% da população brasileira, estão cada vez mais sujas e intransitáveis... gente, em várias cidades da região metropolitana tem empresas que compram lixo para reciclar como plásticos, papel limpo, alumínio... e revendem às indústrias, derrubando menos árvores, gastando menos recursos na produção de novos bens, podendo até baixar o preço de produtos finais pela redução dos custos... vamos diminuir nossas pegadas de carbono... reciclem, não mandem seus lixos pra prefeitura recolher porque eles não fazem coleta seletiva... estou tão de saco cheio que vou aproveitar para reclamar também dos aumentos das passagens e lançar a campanha "Vamos todos de táxi"... é só juntar umas 4 pessoas que trabalhem no mesmo lugar ou próximo e dividir um táxi... dependendo do lugar sai + barato do que ir de ônibus e a gente tem o conforto que pagamos e merecemos, além de não termos que aturar a humilhação das televisões que colocaram em alguns ônibus... um aperto danado, um calor e aquelas porcarias causando mais poluição visual e auditiva e ainda por cima com a programação repetida e sem ar condicionado, incluso na conta do penúltimo aumento de passagem.
Chega, precisamos sair do campo das idéias e partir para ações concretas... pensem nisso... façamos todos nós a nossa parte.
Danyelle Monteiro
Prezado Amigo,
Dá prá calar sim!! Tando dá que todas as vezes que catástrofes como esse acontecem, falamos em prevenção e nada nunca acontece!!
Porém, a prevenção é muito mais profunda que muita gente pensa. Por exemplo:
1. Nunca fizemos nada para exigir formação superior dos nossos representantes. Num país sério, analfabetos funcionais como o nosso ex-Presidente e o Tiririca jamais seriam candidatos, quanto mais eleitos. Não é de surpreender que não saibam fazer projetos!!
2. Nunca fizemos nada para impedir que municipios e estados inviáveis fossem criados com o único propósito de abrigar ambições políticas, perenizando oligarquias corruptas no Poder.
3. Nunca fizemos uma reforma política coerente para alterar um sistema de representação que beneficia os sem-voto. Basta ter um puxador de votos como o Tiririca, o Romário, o Eneas, ou o ex-governador Miguel Arraes, para que gente sem-voto seja eleita. Lembrado, quando Dr. Arraes foi eleito Deputado Federal em 90, levou consigo para Brasilia politicos sem voto com +/- 2,000 votos enquanto Cristina Tavares Correa e Fernando Lira eram derrotados com +/- 10 vezes mais motos que os "puxados" pelo Dr. Arraes e seus 300 mil votos. De novo, em países de democracia sólida, o sistema que impera é o de Voto Distrital onde se elege sempre o mais votado numa area geografica.
4. Nunca nos perguntamos como os Estados Unidos, com 100 milhões de habitantes a mais que nós tem 435 deputados e 2 senadores por estado. Se acompanhássemos as proporções desse país teriamos 276 deputados e 54 senadores. Ja pensou na economia?
Enfim, Girley, temos muito o que fazer mas nossas elites políticas não querem mudar. Acham que perpetuam-se no poder dando Bolsa Familia e Minha Casa Minha Vida!! Pergunto, quê vida? Você já viu o estados das ruas do Recife? Ja reparou a conta do IPTU?
Realmente, "não daria prá calar" num país sério. Mas como vivemos aqui, vai ter apagão de mão de obra, apagão de infraestura, e outros apagões até que, infelizmente, ocorrerem os proximos apagões de vidas.
Abraços Nigerianos....
Girley
Compartilho com você toda revolta ao governo brasileiro diante das catastrófes que têm acontecido,mas infelizmente daquí a alguns dias, já estarão falando da copa do mundo e do trem bala, a modelo dos romanos que davam festa e pão ao povo para esquecerem as misérias e a fome.
Tereza Viana Gadêlha
Caro Girley,
Se todos os dirigentes políticos ficassem sujeitos às mesmas leis das sociedades anônimas, onde os diretores nomeados pelos acionistas respondem civil e criminalmente, inclusive com o seu patrimõnio pessoal, por danos causados aos recursos a eles confiados, talvez não ocorressem tais fatos com tanta frequência. Não dá para aceitar que as administrações municipais desconheçam estes riscos e nada façam ano após ano, além de cara de dor e pedido de donativos para as vítimas. O dirigente de uma empresa privada que apresenta riscos ao meio ambiente, é obrigado por lei a ter planos de gerenciamento preventivo de ocorrências. O prefeito de um município vítima de uma tragédia como esta, teria que ser obrigado por lei a apresentar um plano de intervenção e ação definitiva para evitar a repetição destes prejuízos humanos e materiais. Recursos financeiros não faltam, os temos em abundância para pagar os maiores juros do planeta a quem mora em locais seguros.
Lamentavelmente, daqui a duas semanas teremos esquecido estas cenas tristes e estaremos todos cuidando de nossas vidas. Ronaldinho Gaúcho já terá estreado no Flamengo e revoltantemente, daqui a um ano veremos este filme de horror novamente.
Um abraço,
Celso Cavalcanti
Girley
Ficamos todos arrasados e tentando entender se é DEUS QUEM ESTÁ CASTIGANDO O HOMEM OU SE TUDO ACONTECE POR CONTA DAS AUTORIDADES CORRUPTAS, QUE DESVIAM AS VERBAS DESTINADAS A CIDADES COMO PETRÓPOLIS, TERESÓPOLIS E NOVA FRIBURGO, ONDE É GRANDE O NÚMERO DE PESSOAS RESIDENTES EM ÁREAS DE GRANDES RISCOS, E QUE ALÍ PERMANECEM, OU SÃO DEIXADAS PERMANECEREM, MESMO SABENDO QUE SUAS VIDAS ESTÃO EM IMINENTE PERIGO.
Maria Angela Barreto
Postar um comentário