Pequim é uma imensa metrópole. Não tem o tamanho de Xangai, mas revela, por toda parte, uma dinâmica especial, com características próprias de capital de um grande país. Espantoso
lembrar, por exemplo, que a cidade é cortada ao meio por uma imensa avenida, em linha reta e com 48 quilômetros de extensão. Sem dúvida, um tremendo indicador de uma superestrutura urbana. Passa pelo meio da Praça da Paz Celestial (Tian’anmen), com inúmeras faixas de rolamento e é palco das grandes paradas militares. Há 20 anos o transito ali era um mar de bicicletas e hoje está ocupada por um tráfego pesado de veículos dos mais distintos portes, dando testemunho da “capitalista” China de hoje. Atravessamos esta avenida, com destino a Cidade Proibida, consciente da sua importância. E, claro, que me lembrei do massacre de 1989. Recordei a imagem do desconhecido que fez parar a fileira de tanques repressivos. Onde andará aquela figura? Perguntei aos meus botões.
A Praça em si é monumental. É considerada a maior praça publica do mundo. Na sua imensidão estão distribuídos estratégicos e belíssimos jardins floridos e é completada por duas descomunais telas de video. Pelos meus cálculos medem 2,00x30,00m, talvez mais do que isto, apresentando magníficas imagens em HD, dos mais importantes cartões postais do país. É impactante. (vide foto a seguir).
Tian’anmen é, também, a porta de entrada para a Cidade Proibida, moradia dos antigos imperadores. Se a praça é impactante, a cidade nem se fala, até porque proporciona um mergulho na história. Vinte séculos de história, preservada e admirada por milhares de turistas, que não param de circular. Palácios, jardins, galerias, templos e tudo quanto se exige de uma organizada cidade imperial. Ali viviam os imperadores, suas centenas de esposas – muitas nunca tocadas pela majestade, mantidas como “reserva técnica” – filhos e uma imensa vassalagem composta de ministros, auxiliares diretos e indiretos, cozinheiros, os naturais e os inevitáveis “cheira-bufas” apaniguados. Fora esses, uma legião de escravos. Muitos escravos, a maioria eunucos. Na cidade existem 999 dormitórios, um número mágico para os chineses. Ali vivia uma sociedade encastelada e cheia de privilégios. Vide fotos a seguir. Do lado de fora, muita pobreza e fome. O resultado dessa situação foi a queda do império, seguida da implantação do regime comunista em 1949. Mas, Pequim (ou Beijing) reserva ao visitante magníficas imagens de cidade moderna com primorosas construções, entre as quais a Cidade Olímpica (Olimpíadas de 2008) e as monumentais avenidas que cortam a cidade em todas as direções. O comércio é vibrante e conveniente para os turistas portando dólares americanos. Pérolas e seda pura fazem a festa para as mulheres vaidosas e causam constantes pânicos aos maridos desavisados.
Num bairro antigo a emoção de mergulhar no quotidiano histórico. Em Nanluoguxiang e Shichahai, por onde andamos, experimentamos a inesquecível sensação de apreciar o dia-a-dia do homem comum chinês, entrando numa residência particular de 150 anos, passando por pequeno centro comercial comunitário e, o melhor de tudo, sendo conduzidos num ciclo-riquixá, coisa muito comum no Oriente. De fato, é muito divertido ser levado por um cidadão pedalando em admirável velocidade entre as ruelas do subúrbio. (Vide foto abaixo e filminho no final da postagem)
A Praça em si é monumental. É considerada a maior praça publica do mundo. Na sua imensidão estão distribuídos estratégicos e belíssimos jardins floridos e é completada por duas descomunais telas de video. Pelos meus cálculos medem 2,00x30,00m, talvez mais do que isto, apresentando magníficas imagens em HD, dos mais importantes cartões postais do país. É impactante. (vide foto a seguir).
Tian’anmen é, também, a porta de entrada para a Cidade Proibida, moradia dos antigos imperadores. Se a praça é impactante, a cidade nem se fala, até porque proporciona um mergulho na história. Vinte séculos de história, preservada e admirada por milhares de turistas, que não param de circular. Palácios, jardins, galerias, templos e tudo quanto se exige de uma organizada cidade imperial. Ali viviam os imperadores, suas centenas de esposas – muitas nunca tocadas pela majestade, mantidas como “reserva técnica” – filhos e uma imensa vassalagem composta de ministros, auxiliares diretos e indiretos, cozinheiros, os naturais e os inevitáveis “cheira-bufas” apaniguados. Fora esses, uma legião de escravos. Muitos escravos, a maioria eunucos. Na cidade existem 999 dormitórios, um número mágico para os chineses. Ali vivia uma sociedade encastelada e cheia de privilégios. Vide fotos a seguir. Do lado de fora, muita pobreza e fome. O resultado dessa situação foi a queda do império, seguida da implantação do regime comunista em 1949. Mas, Pequim (ou Beijing) reserva ao visitante magníficas imagens de cidade moderna com primorosas construções, entre as quais a Cidade Olímpica (Olimpíadas de 2008) e as monumentais avenidas que cortam a cidade em todas as direções. O comércio é vibrante e conveniente para os turistas portando dólares americanos. Pérolas e seda pura fazem a festa para as mulheres vaidosas e causam constantes pânicos aos maridos desavisados.
Num bairro antigo a emoção de mergulhar no quotidiano histórico. Em Nanluoguxiang e Shichahai, por onde andamos, experimentamos a inesquecível sensação de apreciar o dia-a-dia do homem comum chinês, entrando numa residência particular de 150 anos, passando por pequeno centro comercial comunitário e, o melhor de tudo, sendo conduzidos num ciclo-riquixá, coisa muito comum no Oriente. De fato, é muito divertido ser levado por um cidadão pedalando em admirável velocidade entre as ruelas do subúrbio. (Vide foto abaixo e filminho no final da postagem)
Outra coisa incrível foi nossa visita à Feira de comidas exóticas de Pequim. Ali se encontra os mais extravagantes e asquerosos petiscos do planeta: cobra, barata d´água, gafanhotos, cavalo marinho, centopéia, bicho da seda e escorpião são os mais populares. Incrível como a turma baixa a boca e devora tudo com imenso prazer. Para não perder a oportunidade e entrar no clima, arrisquei no bicho-da-seda. Não gostei. Pasmo, vi duas holandesas se deliciando ao experimentar o escorpião frito. Eca... Por fim, e coroando a visita à China, uma esticada até um dos pontos da Muralha da China, a 80Km do centro e Pequim, patrimônio da humanidade, pela UNESCO, e eleita recentemente como uma das sete maravilhas do mundo. Impossível vê-la por completo, em face da sua extensão de 6.700 km, cortando a China de leste a oeste. A muralha serviu originalmente de proteção contra os invasores bárbaros, entre os quais os hunos, e, depois, os povos machus e mongóis, que ainda assim conseguiram invadir o país. Haja história. É emocionante pisar ali. Um frio de lascar. Mas valeu à pena.
A tudo isto eu chamo de mergulho na história. Estive nas raízes da história do Oriente.
A tudo isto eu chamo de mergulho na história. Estive nas raízes da história do Oriente.
NOTAS: 1. Fotos e filminho da autoria do Blogueiro. 2. O Blogueiro esteve na China, entre os representantes do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecanicas e de Material Eletrico de Pernambuco, na Missão Empresarial 2010, da Fecomercio/PE.
3 comentários:
Muito grata pela viagem!
Beta
Professor,
Comer barata, uiiiiiii, nem pelo dinheiro do hipertensão, estou me arrepiando só de pensar...
“Reserva técnica”, vai nessa, em origens mais remotas nós mulheres éramos adoradas como deusas, onde tínhamos nossos filhos eram erguidos templos, até hoje são encontradas estatuetas de Vênus, que aliás, é meu planeta regente.
Os homens não sabiam de seu papel na fecundação e como nós mulheres dávamos a luz, o Deus deles era feminino, ou seja, cultuavam a Deusa... os filhos eram considerados de todos, pois não havia monogamia, isso inclusive, foi invenção masculina para garantir a origem de sua prole... que coisa não, modernos... as coisa vão e vem, existe mesmo evolução? E hoje nós mulheres lutamos pela igualdade de direitos, mas já fomos bem mais poderosas, hegemônicas, bem antes desse sistema ainda patriarcal newtoniano-cartesiano... uma amiga minha, professora da UFRPE está para lançar um livro sobre o assunto, sobre o Sagrado feminino, quando tiver tudo certo te mando o convite.
Mas adorei as fotos, a Muralha chinesa é impressionante e a cidade proibida é belíssima.
Danyelle Monteiro
MEU CARO GIRLEY, NÃO FÔRA A DISTANCIA, ATÉ ME ANIMARIA
CONHECER A CHINA. SÓ QUE 24 HORAS DENTRO DE UM AVIÃO, MINHAS PERNAS NÃO AGUENTARIAM.- FASCINANTE SUA DESCRIÇÃO, AGORA DE PEQUIM.- QUE CIDADE - QUE POVO - QUE HISTÓRIA.- ESTOU APRENDENDO MAIS, CONTINUE MANDANDO. O ABRAÇO DE SEMPRE, GERALDO CASADO.-
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