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Diante de coisas dessa ordem, procuro tirar lições e, neste momento, duas reflexões me ocorrem: a primeira é de que esta repentina erupção vulcânica expôs, outra vez e de modo transparente, a fragilidade do ser humano, diante do poder da natureza, que vem sendo sistematicamente agredida pelo mesmo ser humano. Tudo bem, que uma erupção vulcânica, até que minha lógica esteja certa, não tem muito a ver com as agressões à natureza. Mas... sei lá. Que falem os vulcanólogos. Falou-se muito nessa especialidade cientifica, estes últimos dias. Eu nem sabia que eles existiam. Minha segunda reflexão é de que fomos reduzidos a um estado de total inércia, enquanto dependentes de um meio de transporte, até então julgado eficiente e infalível. Pobre coitado do ser humano, tão vaidoso e cheio de sei-tudo e tudo-posso. Ficou sem voar e priu. E agora? Bom, agora, o fato concreto é que a natureza instigou e, com isto, novos inventos devem surgir pela frente. Afinal de contas, as crises catapultam o progresso. Vamos esperar. Quem sabe, no futuro, não tenhamos que arrastar as malas por conta de um vulcão revolto, vomitando fumaça, a milhares de quilômetros distantes.
Se meu prejuízo foi insignificante, porque apenas adiei uma viagem a Europa, tem muito nego chorando os prejuízos que contabiliza, nesses últimos dias. Segundo a IATA (Associação Internacional de transporte Aéreo), essa desordem aérea na Europa vem provocando um prejuízo de, por baixo, Euros 150 milhões por dia, que equivale a “ninharia” de R$ 390 milhões.

Mas, tem uma coisa: prejuízo de muitos, alegria de outros. Tenho acompanhado o noticiário, por alguns jornais europeus, e vejo que trens, restaurantes, taxis, ônibus, barcos estão faturando como nunca. Vi o caso de uma empresária que se sujeitou a pagar um taxi de Paris a Barcelona e ao fim da corrida, o taxímetro fumengando (como o vulcão!) avisava que a passageira devia pagar Euros 1.646,80. Satisfeita, pagou, afirmando que se houvesse permanecido em Paris, o prejuízo teria sido maior. Outra história que li foi a de um grupo de executivos de uma multinacional que pagou £ 1.200,00 (R$ 3.536,00), por uma corrida de taxi entre Northampton, (Sul da Inglaterra) para Genebra, na Suíça.
Resta-me, agora, esperar a poeira baixar e voltar ao aeroporto para despachar, e não arrastar a mala.
Nota: Fotos do Google Imagens e Boston.com