Há pouco menos de sessenta dias acompanhamos com pesar e horror as cenas de vida e morte, decorrente de um forte terremoto que destruiu o Haiti. O mundo se voltou para o pequenino país caribenho, até então desconhecido para meio mundo, mas entrando em evidencia pelas manchetes mundiais.
Sem que houvesse tempo de “juntarmos os cacos” e “virarmos a página” da tragédia haitiana, outro terremoto – de maior intensidade – abala as estruturas do Chile, no sábado passado (27.02.2010), deixando com fraturas expostas um país em franco progresso e cheio de brilhantes de projetos. Andei por lá, ano passado, e deixei registrado, neste Blog do GB, as melhores impressões sobre uma terra e nação hospitaleira, de quadro natural exuberante e diversificado, um país em crescimento econômico e social, motivo de orgulha para América do Sul.
Passei um fim de semana abalado, como fiquei no caso do Haiti, pensando nos grandes amigos que tenho por lá e na gente que sofreu o desastre, particularmente os que vivem próximo ao epicentro, região da cidade de Concepción. As fotos, filmes e comentários, mostrados na TV, somente aumentavam o estresse, ao tempo em que não, completavam-se contatos, por telefone, com os conhecidos chilenos.
Não vou me ater a relatos sobre o que ocorre de lá para cá, no Chile, porque isto a mídia nacional e internacional o faz com melhores condições do que um pobre blogueiro como eu. Ao invés disso, atrevo-me a expressar minhas reflexões em torno da fragilidade do ser humano diante dos rigorosos caprichos da natureza. Caprichos que jamais dominaremos. Por que no Haiti? E, por que o Chile? Tanto mar e tantas terras desertas para isso ocorrer, meu Deus! Por que essa fúria, Mãe Terra?
Tem coisa mais preocupante do que ler na imprensa internacional relatos sobre as constatações dos cientistas da NASA (Agencia Espacial Norte-Americana) de que esse forte terremoto no Chile pode ter movido e reduzido o eixo da Terra, alterando sua rotação? Ainda não sabem em quantos centímetros o referido eixo foi reduzido. Mas, lembram que noutro terremoto, o da Sumatra, em 2004, também violento, a redução foi de 7 centímetros. Embora possa parecer insignificante, quem garante que essa redução não pode afetar o equilíbrio geral da nossa estrovenga terrestre. Sete centímetros num dia, outros tantos, ou mais, hoje e não se sabe quantos amanhã, pode resultar num tremendo desastre fatal. Ah! tem outra coisa: os cientistas garantem que o terremoto do fim de semana passado encurtou a duração dos dias. Olhe lá... Segundo essas “feras” da NASA, um dia na Terra passou a ter 1,26 milissegundos – um microssegundo é a milionésima parte de um segundo – a menos. Nada, não é mesmo? Para nós, leigos no assunto. Para eles pode ser uma coisa gravíssima.
Se vovó fosse viva diria logo: “são sinais dos tempos, meu netinho!” e arrematava com o famoso clichê: “estamos a caminho do fim do mundo”. Aliás, sempre aparece um profeta anunciando o fim do mundo, para um dia tal, do mês tal, etc. e tal. Há pouco tempo, já agendaram para 2012.
Mas, meus amigos, o mundo vai durar por muito tempo, creio eu. O que causa preocupação é saber que tipo mundo será este. Nos meus delirios e lendo essa história da redução e deslocamento do eixo que sustenta a Terra, imagino o apocalipse que pode ocorrer, em decorrência de tantas catástrofes. Chuvas e enchentes inusitadas, calor abrasador, nevascas desproporcionais e inesperadas, grandes terremotos, tsunamis, são fenômenos que já fazem parte do dia-a-dia dos humanos. Naturalmente que muitos podem explicar a situação com a tese do aquecimento global. Mas, os terremotos também entram nessa dança?
São, falando simplesmente, caprichos da natureza. Uma natureza madrasta, isso sim. Por enquanto, sejamos solidários e socorramos haitianos e chilenos. Eles são os enteados do momento.
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8 comentários:
Prezado Girley,
Meu amigo e ex-colega professor Graccho Maciel, certa vez, me disse que as reduções na duração do dia na Terra, do início do Seculo XX para cá, se tormaram muito intensas. Segundo ele, nos 100 anos do referido seculo, o dia sofreu uma redução significativa e em termos de horas; não me lembro quantas.
Ele me chamou a atenção se eu havia notado quão rapidamente eu entrava e saia da mesma aula entre uma semana e outra e como as pessoas parecem mais novas hoje independentemente de exercicios regulares, alimentação, etc.
Realmente, vou fazer 50 anos esse ano e me sinto bem diferente dos cinquetões de minha adolescencia. Será que é isso?? Talvez seja neura, talvez não seja. Só sei é que vou ser papai esse ano pela terceira vez. 2 com a primeira mulher, 1 com a atual!!! 30 anos atrás um cinquentao ser pai era forte indicio de obra do urso!!!
Abraços Nigerianos....
Caro Girley, é deveras preocupante. mas por enquanto, desfrutemos as belezas da Natureza que é pródiga em todos os sentidos.
Abraços,
Arlégo.
Esos desastres creeme que nos marcan para siempre. Cada vez que aparece uno en el mundo, nos recuerda el que vivimos. Y nos hace solidarios. Pero también temerosos, porque se va olvidando un poco y de pronto te lo traen al presente.
Tal como lo dices, cambian muchas cosas, cosas que quizás ni cuenta nos demos, pero esto no es nuevo, nada es nuevo. Solo hay que darle una mirada a la historia. En cuanto a lo de 2012, no es que se diga que el mundo se acaba. Los mayas en ese año terminaron su calendario, no se sabe porque, como tampoco porque se inicia en el año 3013 a.c. Lo que dicen, los místicos es que se pasara de una dimensión a otra, pero solo aquellos que estén listos, además que los sacerdotes mayas, por supuesto, deberán devolver la sabiduría a al pueblo. Que te parece. Besos
Girley,
É deveras preocupante todos esses fenômenos que vem acontecendo na natureza.A cada dia ficamos atentos e nos perguntando: Que acontecerá agora? Deus tenha piedade de todos nós!!!!
Wilma.
Girley. Eu não sei o quê dizer porque sou leiga em tudo isso, mas segundo entrevistas de especialistas na TV, esse bibibilionésimo de tempo e 1cm de movimento do eixo da terra é tão insignificante que nem devemos levar em conta. Contudo, o tempo nos parece muito diferente de anos atrás. Até, como disse o seu amigo, a gente nem sente a idade que tem. Esses cataclismas sempre aconteceram. Basta lembrar o maremoto que destuiu Lisboa, o terremoto que destuiu Mendoza e San Juan,na Argentina,o mar de lama na Colômbia, e porque não lembrarmos o de Jerusalem, 40 anos depois de Cristo? A terra sempre esteve e sempre estará sujeita a esses cataclismas. Um abraço, Leony
Muchas gracias mi estimado Girley por la preocupación. Acá tiembla todos los días, algunos temblores son más fuertes que otros. Por ejemplo ayer fue de 6,2º (Haití fue de 6º), pero las construcciones son más sólidas y además nacimos en medio de temblores, pero lo más duro y fuerte creo que ya pasó. Cualquier noticia relevante, sin dudas la estaré enviando al instante.
Gracias mi estimado amigo Girley, abrazos
Pedro Rivera (de Chile)
Estimado Girley
Voce como todos nós sulamericanos sentimos em maior profundidade este acontecimento, próximo enquanto distante num solo e povo tão rico e promissor. mas, estava escrito antes de nós "grãos de areia em breve passagem". O séc.XXI e seu glorioso avanço tecnológico,humano e espiritual, será marcado por grandes desastres físicos, pois descuidamos da NOSSA MÃE TERRA E MÃE ÁGUA, por séculos e continuamos em rítmo desastrado.
"Consciência será a resposta de tudo", Justiça, Solidariedade resultados de verdadeira pr´tica do AMOR, Fé no Cristo eterno e interno. 2/3 irão pereer e já estão
partindo, para a chegada da nova era de ouro da humanidade real: "um por todos, todos somos um".
Ladjane C. (Recife-PE)
girley ñ considero aMaeTerra de madrasta sim q.aMãeTerra,Pachamama nos mostra ocaminho através de sinais.Devemos,portantoprestar atençaoa estes sinaisda Mãe,pois sua voz fala direto do coração. "A terra e as pedras falam aqueles q. ouvem com o espirito.'' Oshamanismo acredita q. a Mãe Terra procura ensinarseus filhos com sua natureza,mostrando-nos toda sua justiça,sua bondade e seu amor. procure prestar atenção áSua linguagem
Abraços,
Beta
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