
Fico pensando como uma coisa tresloucada dessas pode acontecer. Ah! Tenha paciência, esse cara quer aparecer. Vai ver está sem trabalho nos palcos e no cinema. Isto, aliás, é bem provável porque, com aquela cara de desequilibrado, deve ter diretor correndo dele.
Indiscutivelmente, o Cristo é um ícone do Rio de Janeiro e do Brasil. Sinto imenso prazer ao vê-lo estampado em propagandas turísticas por onde ando mundo afora. Ele está para o Brasil, como a Torre Eiffel para Paris, as esculturas de Michelangelo para a Itália e a Estatua da liberdade para Nova York. Ou seja, é a nossa marca!
Esta coisa maluca me faz lembrar incríveis episódios de ataques a famosas obras de arte espalhadas pelo mundo, particularmente na Europa, igualmente ícones de seus respectivos países.
Pessoas, geralmente turistas estrangeiros, são atacadas pelas síndromes de Stendhal e Davi, que provoca confusão mental e alucinações e traz transtornos psíquicos latentes, especialmente diante de obras do renascimento italiano.

Outra obra de Michelangelo, a Pietá, foi atacada em 1972, pelo louco geólogo Laszio Toth (parece que húngaro) que entrou na Basílica de São Pedro, em Roma, e com machadadas danificou a obra, gritando “Eu sou Jesus Cristo”. Hoje, a Pietá é protegida, dentro de uma capela, por um vidro blindado e é mantida a distancia dos loucos. Em 1969, quando estive pela primeira vez em Roma, quase pude tocar a imagem. Ela ficava ao alcance de qualquer visitante.
Mas, não são apenas as esculturas os alvos dos loucos soltos pelo mundo afora. A

O quadro mais agredido, contudo, foi a Ronda Noturna de Rembrandt (1642) pertencente ao Rijksmuseum de Amsterdã (Holanda). Gosto demais desse pintor e deste quadro em particular, que considero a sua mais importante obra. Em 1915, um sapateiro desempregado riscou a tela, que é imensa e ocupa um único salão do Museu, causando leves

É impressionante o número de débeis mentais espalhados pelo planeta, destruindo obras de arte.
Claro que outros episódios podem ser lembrados, como o que ocorreu, final do século passado, quando os Talibãs destruíram as maiores estátuas de Buda que havia no mundo, uma delas com 53 metros de altura, esculpidas nas montanhas do Afeganistão. O motivo apresentado por eles, que são islâmicos radicais, era de que aquelas imagens históricas contrariavam sua religião. É, na verdadeira expressão da palavra, uma barbaridade! E, haja barbaridades, soltas por aí...
Essa idéia maluca do Paulo César Pereio deve ser repudiada pela sociedade brasileira. O Cristo Redentor, embora nem se compare com as obras antes citadas, é nosso ícone maior. É, sim, uma maravilha do mundo moderno e tem que ser preservada e protegida. Salvemos o Cristo da “sanha pereiana”.
Da minha parte, garanto que nunca mais vou pagar para assistir um filme ou uma peça de teatro cujo protagonista, ou mesmo coadjuvante, seja esse ator desmiolado. Pode ser uma retaliação tola, mas me tranqüiliza.
Nota: Fotos obtidas no Google Imagens.