sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Chegou a hora H

A hora H está chegando. O clima eleitoral tende a se dissipar com o fim da campanha enquanto resta a esperança de vitória de cada grupo partidário. O país fica agora a mercê da expectativa que se instala para o decisivo dia no qual se inscreverá o destino que vai tomar. Lástima que este clima chega ao ápice movido pela polaridade ódio versus medo, coisa indesejável à construção (ou-reconstrução) da Nação que se sonha.


Foi, indiscutivelmente, uma campanha atípica, graças às novas regras vigentes, com período menor, menos dinheiro e muito calcada nos novos recursos de comunicação que privilegiaram, particularmente, as chamadas redes sociais. Observa-se que pouco efeito, ou quase nenhum, teve o horário eleitoral gratuito pelas estações de rádio e tv, antes de extrema importância para candidatos que, inclusive, brigavam com “unhas e dentes” por estabelecer coligações que proporcionassem maior tempo nesses tradicionais meios de comunicação. Houve mesmo uma apatia dos telespectadores e ouvintes. Curioso é que, desta vez o efeito mostrou-se adverso e, para alguns candidatos, resultou num equivoco estratégico que levou-os ao final da jornada amargando percentuais irrisórios nas pesquisas das intenções de votos. Ao contrario disto, outros candidatos, sem o tempo desejado para propaganda gratuita, navegam confortavelmente nas mesmas pesquisas e até mesmo liderando.    
O ciberespaço, este sim, se tornou aparentemente no mais útil e potente meio de comunicação social, não obstante ser ainda privilegio das camadas mais aquinhoadas e nos grandes centros urbanos. Os jovens, sobretudo. A utilidade e a elasticidade do uso, porém, têm sido exageradas e deram margem ao aparecimento de verdadeiras aberrações. Observa-se que nestes últimos dias travou-se uma verdadeira guerra, via redes sociais, com as famigeradas  noticias falsas (fake-news) emitidas, sobretudo, pelos dois principais polos de candidaturas. Terminou sendo uma “faca de dois gumes” para alguns e, por fim, elemento nocivo ao processo democrático que tanto se defende. Mentiras flagrantes, ofensas indefensáveis, acusações abomináveis e desrespeitosas, morais maculadas e agressões gratuitas rolaram a toda hora. Este caldo licencioso resultou na exacerbação ainda maior das desavenças entre pessoas amigas, entre familiares e nos grupos sociais antes unidos por laços de cordialidade e fraternidade. O produto final é uma flagrante Nação dividida e um tecido social esgarçado prestes a romper.

Aos brasileiros de bom senso restará a árdua missão de perseguir a união dos cidadãos e das cidadãs, independente da coloração partidária, em torno de um projeto nacional de restauração da concórdia  e da prosperidade.

Desse modo, caros leitores e prezadas leitoras, no próximo domingo (07/10) exerça seu direito cívico de ir a sua secção eleitoral e votar sem medo e sem ódio. A preservação destes sentimentos não vai contribuir para a paz que precisamos proporcionar ao Brasil que espera mais  de cada um de nós. Vote consciente, na hora H.
NOTA: A foto ilustrativa foi obtida no Google Imagens

3 comentários:

Luiza Targino disse...

Girley, essa eleição irá constar nos anais da história e nós como protagonista dela.

Daniela Miranda disse...

Dessa vez vai ser tenso 😬
Esse momento político foi realmente muito esperado!
Vamos torcer para que a paz reine!

José Paulo Cavalcanti disse...

Tudo bem, amigo. Faltou só dizer em quem a gente vai votar.

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