sábado, 9 de maio de 2015

Quem te viu e quem te vê!

Recordo com saudade os tempos em que a Petrobrás enchia-me de orgulho, nas minhas andanças pelo exterior, por ser lembrada por interlocutores como sendo uma das maiores empresas do mundo e de padrão mundial. Ultimamente tem sido ao contrario, prestigio foi-se  e a empresa é sinônimo de corrupção. Já falei disso recentemente.
Hoje (07.05.15) vendo o ranking mundial de empresas publicado pela respeitada revista internacional de Economia, Forbes, tomei conhecimento, com pesar, sobre a queda de quase 400, eu disse 400, posições da nossa petroleira. Quem te viu e quem te vê!
Vejam só: segundo a Forbes, em 2012 a nossa antes “gigante” de petróleo ocupava a 10º posição no referido ranking. O primeiro susto veio em 2013 quando ela caiu para 20º lugar e este ano a publicação de ontem (06.05.15), mostra a antes respeitada Petrobrás ocupando o humilhante 416º posto, entre 2000 pesquisadas. Olhando a reportagem publicada constatei que a Empresa perdeu em um ano seu valor de mercado que de US$ 87,0 Bilhões, em 2014, passou para, apenas, US$ 44,0 Bilhões. Isto significa, praticamente, metade do valor de um ano atrás. Francamente, é de doer...
Os motivos todos nós sabemos, o resto do mundo também, e a revista não poupou críticas ao citar como motivos os “escândalos contábeis e de corrupção” registrados na Empresa. Isto causa imensa surpresa pelo inesperado, nos meios internacionais, e o caso já é referencia para indicar uma das “maiores perdedoras de alto perfil”, no ranking em tela.
Fico impressionado, diante desses alarmantes números, como ainda tem quem defenda esse governo (g minúsculo é o mais adequado) que está aí dilapidando (observe que termo elegante usei) o patrimônio público da Nação na insana ambição de se perpetuar no poder.
Roubos estratosféricos, corruptos no comando da empresa, investimentos mal planejados ou equivocados (Refinaria Abreu e Lima e Pasadena, por exemplos), incapacidade de gestão na exploração do petróleo na camada do pré-sal e, depois disso, as trapalhadas e cambalachos contábeis registrados. No capitulo contábil, um buraco dificilmente será coberto. Refiro-me ao congelamento dos preços dos combustíveis que praticamente foi adotado, numa estratégia populista para segurar a inflação ameaçadora e prejudicial aos interesses eleitorais. Passada a eleição a bomba estourou e nós, os consumidores, estamos pagando a conta. Essa inépcia provocou rombo irreparável no caixa da empresa que, como afirmou um dos corruptos na CPI da Lava-a-Jato, foi o motivo maior da derrocada da empresa. Foi uma declaração meio cínica, mas, com alguma propriedade. Infelizmente. É doloroso pensar que no ambiente macro estamos em franco retrocesso, depois de tantas lutas para se conquistar uma espiral econômica virtuosa. 
Imagino o desespero pessoal de D. Dilma. Não queria estar na pele dela. Inteligente, Economista, com grande reputação de boa administradora, ocupante de importantes cargos – inclusive na Petrobrás – antes de sentar na cadeira de Presidente da República, levar o país a tamanho buraco deve ser desesperador. Quanta ingenuidade! Governar uma Republica do porte e complexidade da do Brasil é preciso ter tino político e emocional apurado, experiência republicana e muita raça. Com todo meu respeito, são coisas que lhe faltam. Nesta altura do “campeonato” vai precisar transpirar muitíssimo para sair dessa enrascada. O povo perdeu a confiança, confere-lhe a popularidade mais baixa de todos os tempos e , por enquanto, só lhe resta bater panelas contra ela e seu partido corrupto.
Mas, de uma coisa estou certo: o Brasil não vai se acabar por conta desta devastadora administração. Ao contrário, vai sair desta de forma triunfante, muito em breve. Por piores momentos já passamos. Somos uma nação rica em todos os segmentos econômicos, temos imenso território de abundantes terras férteis, riquezas minerais de importância econômica indiscutível, potencialidades comerciais ilimitadas, reputação internacional histórica, recursos humanos diferenciados, coragem para vencer e lideranças empresariais respeitadas. Posso até não alcançar esses tempos, mas morrerei sabendo que meus netos poderão viver dias melhores do que eu vivi. E tem mais: mesmo a vilipendiada Petrobrás, na era PTista, vai se recuperar e voltar a orgulhar os brasileiros.

NOTA: Foto obtido no Google Imagens.
 

2 comentários:

Susana González disse...

Dentro de la filosofía china dice que después de la tormenta reverdece la vegetación y así será. Volverás. A sentirte orgulloso, lo que si hay que pensar es también juegan las determinaciones de los grandes países petroleros. Besos
Susana González (Mexico)

Adierson Azevedo disse...

Girley, eu nunca me orgulhei da Petrobras e não me decepcionei com o que aconteceu com ela. Há muito tempo venho clamando no deserto brasileiro contra a existência de estatais. Desde sempre, as estatais no Brasil sempre serviram de "caixinha" de campanha e de apadrinhamentos os mais diversos.
Alguém se lembra dos bancos estaduais?? A grande maioria só servia para alimentar os caixas de campanha dos caciques locais, certo??
Portanto, a solução adotada com aqueles bancos e, depois com algumas estatais no governo FHC, é a mesma para o momento presente: PRIVATIZAÇÃO geral de todas as estatais.
Lembrem-se: A palavra governo vem de um vocábulo grego que significa “navegar”. O papel do governo é navegar e não remar. Prestar serviços é remar e o governo não é bom remador – E.S. Savas
Adierson Azevedo

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