sábado, 3 de março de 2012

Carnaval em Paris

Quando o avião alçou vôo, aqui no Recife, na quase madrugada do sábado de carnaval de 2012 e dia do Galo da Madrugada, deixei para trás um clima duplamente quente – temperaturas local e de folia carnavalesca – indo ao encontro de um oposto na Velha Europa.
A chegada a Paris, na tarde do sábado, foi envolta numa bruma, não necessariamente marinha, mas daquelas cuja visibilidade é curta e com os termômetros marcando 7°C. Bom, comparado com o que ocorreu uma semana antes, com temperaturas negativas. Não é um clima ideal... mas, sendo uma chegada a Paris, qualquer clima é sempre bom. É interessante como isso ocorre. Mesmo tendo visitado esta cidade, por várias vezes, é sempre muito bom desembarcar na capital francesa. Com sol e calor, frio e neve, na Primavera ou no Outono, Paris nunca perde seu encanto de Numero 1, no imaginário dos turistas do mundo inteiro.
Apesar das tantas horas voando, não foi possível conter o impulso de sair e rever a chamada Cidade Luz. Nem uma chuvinha fraca desanimou a mim e meu grupo familiar. Todo mundo queria correr às ruas e avenidas daquele mundo sempre fascinante. E a pedida foi começar pela Avenida dos Champs Elisée. Diante do Arco do Triunfo, começamos a “brincar” o nosso carnaval. É sempre bom descer aquela avenida, símbolo do charme e elegância francesa. Agasalhados “até os dentes” (a temperatura já estava na casa dos 2°C) formamos, naquela noite, um “bloco” muito especial e o colocamos na rua, anonimamente, no meio da multidão, que sem qualquer sombra de folia, subia e descia a Avenida. Na maioria eram jovens, aproveitando a noite do sábado. Circulando simplesmente e enchendo de alegria aquela “artéria coronária” do coração de Paris. Um fervilhado humano tão grande quanto os das ladeiras de Olinda, naquela mesma hora, diferindo, porém, dos objetivos. Os cafés e bistrôs, tão comuns naquele ponto da cidade, completavam a cena, repletos de observadores daquele espetáculo espontâneo de uma gente alegre nos olhos, nos passos largos e na maneira de falar e vestir. Mas, veja só como são as coisas e os traços culturais... Acredito que pouca gente ali sabia que era tempo de carnaval. Nem sinal! Nós mesmos terminamos esquecendo. Com um detalhe notado pelo grupo: ao invés de carnaval ainda havia sinais de festas natalinas. Algumas lojas, bistrôs e prédios conservavam, até então, as iluminações e decorações com motivos natalinos. No fim da Avenida, já na Place de La Concorde, ainda girava a roda gigante montada para época do fim do ano de 2011.
Com uma fome canina – devido aos maus tratos da companhia aérea que nos conduziu até lá – elegemos um simpático bistrô no meio da Avenida e fizemos uma entrada de gala na farra gastronômica que empreendemos nos dias seguintes. Foi uma refeição suprema regada a um excelente vinho nacional, isto é, francês. Digamos que curtimos a vidinha que se pede a Deus, todos os dias. Ele nos concedeu...
Depois de um bom descanso, empreendemos, a partir do domingo, um périplo na Paris que todos amam, percorrendo tim-tim por tim-tim todos os pontos de atração. Fizemos um excelente carnaval, no tamanho e forma planejada.
Para lembrar um pouco do que chamam de folia, fomos ao espetáculo do Cabaré do Moulin Rouge – o mais antigo e famoso da França – em Pigalle, na noite da 2ª. Feira. Olha, eu já havia assistido aquilo lá, há muitos anos, quando estive em Paris pela primeira vez (faz teeeeeempo!) e voltei agora. Pense num troço bem montado. Luz, música, mulheres lindíssimas, plumas e paetes, mágicos e malabaristas e muito Champagne. Aquela cena do aquário gigante com uma bailarina seminua (um peixão com linhas perfeitas), em evoluções coreográficas com três serpentes debaixo da água é um momento eletrizante do espetáculo. A platéia resta galvanizada e somente na hora que o aquário sai de cena (um palco elevador é utilizado) é que o publico acorda e rompe em aplausos. Vi gente aplaudindo de pé. Sinceramente nossa segunda noite de carnaval foi sem defeitos. O restante do carnaval foi igualmente supremo. Percorremos muitos outros pontos de Paris. Pena que o espaço é curto para descrever. Prá semana tem mais.
NOTA: As fotos postadas são da autoria de José Antonio Brazileiro, meu filho, junto comigo na viagem.

4 comentários:

Anônimo disse...

Mestre:

Paris é Paris. Parabéns pela escolha.

Ilo

Dulce Diniz Nadruz disse...

Olá amigo
Que belo carnaval.Vc como sempre trazendo notícias interessantes com seus inteligentes comentários..
Um abraço
Dulce Diniz Nadruz

Rinalva Silveira disse...

Imagino o quanto foi interessante essa viagem...
Parabéns a você e ao grupo!

Rinalva Silveira

Mary Caldas disse...

Dear Girley
Paris is always Paris any time an amazing and
exciting city!
Friendly, Mary

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