Quando o avião alçou vôo, aqui no Recife, na quase madrugada do sábado de carnaval de 2012 e dia do Galo da Madrugada, deixei para trás um clima duplamente quente – temperaturas local e de folia carnavalesca – indo ao encontro de um oposto na Velha Europa.
A chegada a Paris, na tarde do sábado, foi envolta numa bruma, não necessariamente marinha, mas daquelas cuja visibilidade é curta e com os termômetros marcando 7°C. Bom, comparado com o que ocorreu uma semana antes, com temperaturas negativas. Não é um clima ideal... mas, sendo uma chegada a Paris, qualquer clima é sempre bom. É interessante como isso ocorre. Mesmo tendo visitado esta cidade, por várias vezes, é sempre muito bom desembarcar na capital francesa. Com sol e calor, frio e neve, na Primavera ou no Outono, Paris nunca perde seu encanto de Numero 1, no imaginário dos turistas do mundo inteiro.
Apesar das tantas horas voando, não foi possível conter o impulso de sair e rever a chamada Cidade Luz. Nem uma chuvinha fraca desanimou a mim e meu grupo familiar. Todo mundo queria correr às ruas e avenidas daquele mundo sempre fascinante. E a pedida foi começar pela Avenida dos Champs Elisée. Diante do Arco do Triunfo, começamos a “brincar” o nosso carnaval. É sempre bom descer aquela avenida, símbolo do charme e elegância francesa. Agasalhados “até os dentes” (a temperatura já estava na casa dos 2°C) formamos, naquela noite, um “bloco” muito especial e o colocamos na rua, anonimamente, no meio da multidão, que sem qualquer sombra de folia, subia e descia a Avenida. Na maioria eram jovens, aproveitando a noite do sábado. Circulando simplesmente e enchendo de alegria aquela “artéria coronária” do coração de Paris. Um fervilhado humano tão grande quanto os das ladeiras de Olinda, naquela mesma hora, diferindo, porém, dos objetivos. Os cafés e bistrôs, tão comuns naquele ponto da cidade, completavam a cena, repletos de observadores daquele espetáculo espontâneo de uma gente alegre nos olhos, nos passos largos e na maneira de falar e vestir. Mas, veja só como são as coisas e os traços culturais... Acredito que pouca gente ali sabia que era tempo de carnaval. Nem sinal! Nós mesmos terminamos esquecendo. Com um detalhe notado pelo grupo: ao invés de carnaval ainda havia sinais de festas natalinas. Algumas lojas, bistrôs e prédios conservavam, até então, as iluminações e decorações com motivos natalinos. No fim da Avenida, já na Place de La Concorde, ainda girava a roda gigante montada para época do fim do ano de 2011.
Com uma fome canina – devido aos maus tratos da companhia aérea que nos conduziu até lá – elegemos um simpático bistrô no meio da Avenida e fizemos uma entrada de gala na farra gastronômica que empreendemos nos dias seguintes. Foi uma refeição suprema regada a um excelente vinho nacional, isto é, francês. Digamos que curtimos a vidinha que se pede a Deus, todos os dias. Ele nos concedeu...
Depois de um bom descanso, empreendemos, a partir do domingo, um périplo na Paris que todos amam, percorrendo tim-tim por tim-tim todos os pontos de atração. Fizemos um excelente carnaval, no tamanho e forma planejada.
Para lembrar um pouco do que chamam de folia, fomos ao espetáculo do Cabaré do Moulin Rouge – o mais antigo e famoso da França – em Pigalle, na noite da 2ª. Feira. Olha, eu já havia assistido aquilo lá, há muitos anos, quando estive em Paris pela primeira vez (faz teeeeeempo!) e voltei agora. Pense num troço bem montado. Luz, música, mulheres lindíssimas, plumas e paetes, mágicos e malabaristas e muito Champagne. Aquela cena do aquário gigante com uma bailarina seminua (um peixão com linhas perfeitas), em evoluções coreográficas com três serpentes debaixo da água é um momento eletrizante do espetáculo. A platéia resta galvanizada e somente na hora que o aquário sai de cena (um palco elevador é utilizado) é que o publico acorda e rompe em aplausos. Vi gente aplaudindo de pé. Sinceramente nossa segunda noite de carnaval foi sem defeitos. O restante do carnaval foi igualmente supremo. Percorremos muitos outros pontos de Paris. Pena que o espaço é curto para descrever. Prá semana tem mais.
NOTA: As fotos postadas são da autoria de José Antonio Brazileiro, meu filho, junto comigo na viagem.
sábado, 3 de março de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Voltando
Tenho tido dificuldades para emitir uma postagem semanal. Confesso. De tempos em tempos, essa dificuldade bate e termina cravando um estranh...
-
Prometi interromper meu recesso anual sempre que algo extraordinário ocorresse e provocasse um comentário do Blog. Estou, outra vez, a post...
-
Entre as muitas belas lembranças que guardo das minhas andanças mundo afora, destaco de forma muito vibrante, minha admiração com os cuidado...
-
Q uando eu era menino, ia sempre a Fazenda Nova – onde moravam meus avós e tios – para temporadas, muitas vezes por longo tempo, ao ponto de...
4 comentários:
Mestre:
Paris é Paris. Parabéns pela escolha.
Ilo
Olá amigo
Que belo carnaval.Vc como sempre trazendo notícias interessantes com seus inteligentes comentários..
Um abraço
Dulce Diniz Nadruz
Imagino o quanto foi interessante essa viagem...
Parabéns a você e ao grupo!
Rinalva Silveira
Dear Girley
Paris is always Paris any time an amazing and
exciting city!
Friendly, Mary
Postar um comentário