Meu voto será consciente em três de outubro e estou seguro disso. O mesmo não penso sobre a maioria dos brasileiros. Dá pena de ver a alienação da pobre gente do meu país. Tiro pela secretária doméstica que tenho na minha casa. Esta manhã ela confessou que está achando muito difícil para votar neste ano. “Tem que marcar cinco números, Doutor. É isso mesmo? Não botaram número demais, dessa vez? E o Senhor já viu que tem um que é bem grandão...” Isto para uma pobre coitada, analfabeta, que vive aqui na minha casa, escutando tudo que se fala e vendo o guia eleitoral gratuito. No dia da eleição ela vai à seção eleitoral, desenha o nome dela e entra na cabine eleitoral indevassável. Lá dentro, muito ancha, marca qualquer coisa e no final diz orgulhosa que votou em Lula. Coitada nem sabe que ele não é candidato. Pode ser um voto perdido. Imagino, também, os tristes (ou felizes, quem sabe?) que são eleitores nas brenhas do sertão nordestino ou perdidos na Amazônia. Voltam para casa dizendo que votou em Getúlio Vargas. Acredite que tem. Não é piada e quem me falou isto foi um conhecido amazonense. Claro que tem alguém digitando um voto ao seu bel prazer e interesse, no lugar do alienado portador de uma titulo eleitoral, se aproveitando da ignorância do eleitor. É muita patifaria. Ou melhor, um processo eleitoral inadequado ao país.
Outra coisa me deixa profundamente irritado, neste cenário, é ouvir as promessas desses cínicos candidatos, repetindo as mesmas promessas dos candidatos das eleições passadas. Aliás, pensando bem, acho que, à luz das promessas atuais, seja qual for o eleito, o Brasil vai cair em boas mãos. As promessas são parecidí-i-i-i-i-íssimas. Já notaram? Até Marina, mesmo com a verdura que vende, não deixa de bater nas teclas comuns. Quero ver cumpri-las. É tudo conversa mole, minha gente. Tolo é quem vai atrás dessas baboseiras eleitorais.
As mais “divertidas” são as promessas da reforma fiscal e reforma política. Faz-me rir. Vou morrer e não vejo essas promessas serem cumpridas. E, olha, que são as mais velhas e a mais necessárias para o bem da nação. Eu disse nação! A candidata do Lula bate no peito e diz solenemente “EU (ela adora usar a primeira pessoa) prometo fazer uma reforma tributária, porque não dá mais para continuar com uma carga tão pesada”. Tenho a sensação de assistir a um programa de humor. Negro, é claro.
Neste fim de semana, que termina hoje, fui à bela Maceió, capital de Alagoas. (Foto a seguir) Cumpri dois compromissos sociais, marcados por dois casamentos. Nessas comemorações o mais comum é


Se a reforma tributária é necessária, a política é fundamental. Acho que antes da tributária deve vir a política. É preciso mais seriedade dos nossos legisladores para entender o que fazer na hora de detonar o Custo Brasil. D. Dilma tem razão quando diz que a carga é pesada. Difilcil é ter certeza de que ela tenha consciencia desse peso.