A Colômbia tem, ao longo dos tempos, estado raramente entre os destinos turísticos dos brasileiros e, vai ver, para a grande parte dos turistas internacionais. O belo país andino desgastou-se muito, nas últimas décadas, face à onda do narcotráfico, seqüestros e violência da guerrilha organizada pelas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Mesmo assim, voltei, pela terceira vez, a esse belo país e, particularmente, à capital, Bogotá, onde estive por cinco dias, na semana que passou. Tive um motivo especial: fui representar a Associação Nordestina dos ex-Bolsistas e Estagiários no Japão - Anbej, numa reunião das associações da América Latina e Caribe, ali realizada.
A chegada a Bogotá, de hoje, surpreende pela estrutura urbana bem tratada e em meio a parques e jardins. Um cartão postal, para os visitantes. Beleza e limpeza urbana são características que se repetem pelas avenidas que levam ao centro da cidade. Com uma temperatura media abaixo dos 15ºC, numa altitude de 2.600 m. acima do nível do mar e 6 milhões de habitantes, Bogotá impressiona à primeira vista, mesmo ao visitante reincidente, como é o meu caso..
Para minha surpresa encontrei, depois de, aproximadamente, vinte e cinco anos, uma cidade modernizada e ampliada. O Governo vem dando prioridade à segurança e os projetos de modernização da estrutura urbana alavancaram a cidade para um patamar onde se encontram as principais metrópoles da America do Sul. Em certas áreas lembrei-me de Santiago do Chile, noutras de Buenos Aires, mais adiante de algumas cidades brasileiras. É uma cidade extremamente policiada e um povo unido em busca da paz e de provar que vivem bem e em segurança. Em todas as rodas sociais e lugares por onde passei notei que há uma verdadeira obsessão em provar que o país é seguro e que, inclusive, a capital Bogotá é mais segura do que outras metrópoles sul-americanas, entre as quais, logo são citadas, o Rio de Janeiro, São Paulo e a cidade do México. Pude observar, altas horas, pessoas solitárias circulando, aparentemente sem temor, em ruas e avenidas, coisa que não se pode fazer nas principais cidades brasileiras. Naturalmente que não deixam de recomendar cautela. Mas, sai bem impressionado. O Governo de Álvaro Uribe vem fazendo um duro combate à insegurança em geral, assaltos e seqüestros. Não raramente se depara com duplas de policiais militares armados em pontos estratégicos da cidade. Causa surpresa ao primeiro instante, mas, depois se torna comum e compreensível.
Um detalhe especial merece ser lembrado: a acolhida e simpatia daquela gente. Por todo lado há sempre um rosto que se abre com um sorriso de boas vindas e prazer explicito por servir. “Mucho gusto” (muito prazer) é o que mais se ouve.
O sistema de transporte coletivo aos moldes de Curitiba (leia-se Jaime Lerner) que foi implantado na cidade, na virada do milênio, faz imenso sucesso e enche de orgulho o bogotano em geral. Denomina-se de Transmilênio e circula com imensos ônibus articulados, com estações também vistosas e que contrasta com os antigos coletivos, pequenos e coloridos, ainda em circulação por áreas onde o novo sistema não tenha chegado. Os colombianos fazem questão de lembrar que o novo sistema é do modelo brasileiro. E, por falar em Brasil, notei outra presença marcante no cenário colombiano que são postos da rede Petrobrás, que ostentam as cores verde e amarelo, símbolo brasileiro, nas principais vias da cidade de Bogotá e, segundo me disseram, em outras importantes cidades do país.
Percorrer a cidade no seu preservado centro histórico – um mergulho na história da colonização espanhola – ou nas zonas modernas se constitui numa seqüência de boas surpresas. Come-se muito bem na Colômbia. Haja fartura. As porções servidas nos restaurantes são sempre generosas e nesses cinco dias, digamos que, fui submetido a um verdadeiro “tratamento de engorda”. Impossível não se render à deliciosa cozinha colombiana, marcada pela mistura da cozinha crioula (vide foto do Tamal, uma especie de cuscuz paulista cozido envolto por uma folha de bananeira) e a sofisticação da cozinha internacional. Colômbia, uma grata surpresa. NOTA: Fotos do Google Imagens e do Blogueiro
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8 comentários:
Afe Maria... fiquei com vontade de comer pamonha... serah que ainda tem pamonha por aih em Julho?
Ôi, Girley Que bom que você chegou contando as diferenças encontradas em Bogotá. Você sabe que também lá estive e, na época, me surpreendi com uma bonita cidade, coisa que as pessoas em geral não tinham a menor idéia, da sua importância. É verdade que o problema das Farc leva o mundo a pensar negativamente sobre a Colômbia. È muito bom saber também as ações do governo de Oribe. Conseguiu falar com Carlos Arturo? Um grande abraço, Leony
Oi,Girley! Legal saber mais sobre Bogotá, fiquei com vontade de conhecer também. Tive a oportunidade de fazer alguns amigos colombianos no tempo em que passei em NY, e realmente se trata de um povo muito boa gente. Também deu vontade de comer essa pamonha à moda colombiana. Haha! Bjs, Bruna Siqueira
Grande Girley, ótima descrição de sua estada pela Colômbia. Preciso de um favor, como consigo o DVD da Feira do Japão em Recife, que você queria mostrar em BSB e não deixaram! :) Abraço,
Prezado Jan,
Obrigado pela visita ao Blog. Por favor mande seu endereço de correio e providenciarei o envio do DVD da Feira Japonesa do Recife. Faça isto pelo email gbrazileiro@yahoo.com
Um abraço,
Girley Brazileiro
Caro Girley
Seus comentários sempre ricos e objetivos nos atualizam do que se passa na América Latina. Passei a ter vontade de conhecer a Colombia.
Um abraço
Geraldo
Caro Girley
O seu comentario sobre a Colombia que "olhos podem ver" esconde todo um nefasto contxto da elite estado-unidense de querer dominar todos os recurdos disponiveis na America latina e sua "cabeça de ponte" e a Colombia... nao deixe enganar eles sao como aves de rapina preste a atacar!!!
Infelizmente os puxa saco da nefasta ditadura nao soberam calar a boca , eles sabe, demais sobra o Brasil...nao podemos baixar a guarda nenhum momento...Chaves e muy loco...mas as vezes fala dos gringos a verdade nua e crua!!!
um abraço
hilder
Obrigada, caro amigo.
Prá mim foi ótimo rever tanta beleza, recordando viagem q fiz a esse lindo País, há algum tempo.
Carinhoso abraço, Kelly.
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