Algumas ocasiões, quando chego a tempo em casa, acompanhando minha esposa, me posto diante da televisão e assisto ao folhetim das oito, da TV Globo. Fico admirado com a exuberância e qualidade da produção, além de fazer idéia do investimento pesado da emissora, que se revela competente, entre outras coisas, na riqueza do cenário, guarda-roupa e locações deslumbrantes. Os atores são excelentes, embora que sem caras de indianos, salvo a protagonista, que tem biótipo próprio para o caso. Mas, minha bronca maior é que, no final das contas, mostra uma Índia, a meu ver, muito artificial. Quase irreal. A exuberância dos ambientes mostrados e os costumes retratados na novela, segundo alguns críticos, inclusive indianos radicados no Brasil, transmitem imagens de um passado remoto indiano. Parece que a coisa já é bem diferente.
A divisão social em castas, ainda pode existir, principalmente no interior, mas, nas grandes cidades, a sociedade mudou bastante, devido ao desenvolvimento econômico, a integração do país ao mundo globalizado, que, aliás, o coloca entre aqueles que estão prestes a fazer parte do clube das potências econômicas modernas, junto com China, Rússia e Brasil. Os quatro, juntos, formam o denominado bloco econômico do BRIC, uma referencia às iniciais dos nomes destes quatro países.
Por sorte, e para que tenhamos a chance de saber melhor sobre a realidade indiana, chegou às telas dos cinemas brasileiros o filme Quem quer ser milionário?, o qual tive o maior interesse de assistir, recentemente. Premiada com o Oscar de melhor filme, a produção de Bollywood (a Hollywood indiana, situada em Bombay, atual Mumbai) retrata, de modo mais realista, uma Índia atualizada e mais verdadeira.
A Índia é um país rico em tradições, história e cultura milenar e, certamente, o lugar do planeta onde o misticismo é mais intenso. Destino de meio mundo que deseja se purificar e repensar a vida nos inúmeros ashrans (centros de meditação e recolhimento liderado por um guru) (vide foto ao lado)espalhados pelo seu território, sempre rodeados de uma pobreza sem fim e difícil de ser exterminada.
O filme em questão revela uma nação divida e pontilhado de miséria cruel, como cruelmente foi mostrada a pobreza degradante e real existente no Brasil, em filmes como Cidade de Deus, Tropa de Elite e Carandiru.
Faça o caminho das Índias, com Juliana Paes, se encante com a superprodução global, mas não deixe de assistir a luta pela sobrevivência dos personagens Jamal e Latika, no filme indiano, premiado com oito estatuetas do Oscar.
Nota: Fotos do Google Imagens
3 comentários:
Bravo! imagino se não tivesse mui atarefado.
Abç, Marta Braga
Oi Girley
Bravo! imagino se não tivesse mui atarefado.
Lembrando também que, nessa época em que vivemos, quando mais precisamos de nos voltar a Deus, entra esse mundo de deuses pela "janela" de nossas casas. Será que a Globo tá achando pouco? ou tá apelando pra ganhar mais dinheiro, que é outro deus, diga-se de passagem.
Com esse BBB e caminhando pelas Índias, as novelas da Globo vão terminar na China e segure-se quem puder, porque os 7 pecados capitais com certeza não levarão ao Paraíso seus seguidores.
Jesus ressuscitou!!! ELE vive.
Feliz Páscoa!
Abç, Marta Braga
Prezado Girley
Imagino que a escritora da novela, sei o nome,mas não vou dar ibope, não se atualizou o suficiente na história contemporânea da India,por isso o enredo vai deixar a desejar.Todas as novelas da emissora são assim: começam no auge e vão mostrando seus furos.
Amei descobrir seu blog e creia,continuarei assídua leitora.
Sonia Carotta(SP)
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