De fato, não é fácil viver num país com uma carga tributária tão pesada.
Aqui tudo que se compra para consumir e usufruir se paga em dobro.
Coincidentemente, logo após receber o tal email, assisti a uma exposição de um especialista (Eduardo Queiroz, que é o atual Governador do Distrito 4500, do Rotary International) sobre a carga tributária brasileira e terminei pasmo com algumas informações prestadas.
Segundo ele, existem cerca de 74 tributos sendo cobrados no Brasil, entre impostos, taxas e contribuições. Muita coisa cobrada em cascata (tributação em dobro, triplo etc.) Depois disso, a CPMF caiu. Mas, a essa altura dos acontecimentos um a mais ou a menos, pouco influi.
“O sistema tributário brasileiro é o mais complexo e mais caro do planeta” disse Queiroz. Existem 3.200 normas em vigor, entre leis complementares, ordinárias, medidas provisórias, decretos, portarias, instruções e o “diabo a quatro”. Tudo isto operacionalizado – só Deus sabe explicar – através de 55.767 artigos, 33.374 parágrafos, 23.497 incisos e 9.456 alíneas. É inacreditável e, definitivamente, um verdadeiro absurdo.

Para ficar em dia com o Fisco (1,5% do faturamento), uma empresa tem que cumprir 97 obrigações acessórias! É por isso que se diz que o empresário brasileiro existe de teimoso que é!
Somando-se a isto as chamadas escorchantes taxas de juros, que inibe o consumo, os investimentos e, portanto, o progresso, não dá para entender como este Brasil pode crescer.
Comparando o Brasil com alguns países importantes, como os Estados Unidos, onde o imposto sobre o consumo não passa dos 15%, na França 22% e no Japão 18%, nossa situação é lastimável. É duro ser brasileiro.
E a coisa não pára por aí. Há claros sinais de mais tributos! Fala-se na substituição da CPMF, na criação de um tributo ambiental e outro sobre a circulação de veículos automotores, além da implementação de uma tal de Super-Receita.
Pois é, aqui, na terra de Cabral – diferentemente de economias mais desenvolvidas e ostentando renda per-capita mais alta – tudo que se compra vem com uma carga tributária tão estúpida que induz a um slogan simples e claro, para o comércio local: Prezado Cliente, não perca tempo, PAGUE DOIS E LEVE UM. É um barato este país de Lula!
Nota: Charges colhidas no Googles Imagens
8 comentários:
Caro Girley,
Embora seja hoje um dia de descanso, seu comentário nos mostra sem retoques, a triste realidade brasileira. Só nos resta uma saída: as próximas eleições. Como não acredito em mudanças para melhor no campo da administração pública, aguarde "O Recife dos Meus Sonhos", que é ao mesmo tlempo uma receita e um desabafo de um nativo descontente com o andamento da carruagem. Abraços, Edvaldo Arlégo.
Giley
Homem de Deus! Quem horror! Estamos pagando para viver e respirar; pagando para existir e pagando para andar e suportar tanta injunção.
Geraldo Pereira
Girley,
Isto é Brasil!
Aproveito para comentar que tudo que você escreve é de muito bom gosto e que adoro visitar o seu blog.
Grande abraço.
Wilma Lucena Reis.
26 de julho de 2008.
Ah Girley... por essas e outras, cada dia mais vou curtindo ficção, fantasia!
Mas gosto de ler seus artigos para descer um pouco das nuvens, pisar neste nosso chão nordestino, brasileiro e brazileiro!
Valeu
Caro Girley,
O pior é que não conseguimos ver uma luz do fim do túnel que sinalize o fim deste escuridão nem tão cedo.
Mauro Gomes
Girley
Analisando seu "Pague dois e leve um" tem-se que relativizar a matéria.Há países em que a carga tributária é tão elevada quanto no nosso, mas o retorno ao cidadão mais do que compensa os tributos. Será que nao é bom viver na Suécia ou na Dinamarca?? O problema está no que é feito com a massa de recursos arrecadados.
Um abraço
Arion César Foerster (Curitiba-PR)
Para os leitores aproveitarem bem o final de semana, vou mandar alguns números da nossa vizinha Argentina.
Falamos muito sobre combustíveis, e por lá os números são os seguintes:
Gasolina comum (igual a nossa mas sem álcool ) 1,99 pesos = R$ 1,00
Gasolina Super 2,30 pesos = R$ 1,15
Gasolina Fangio de alta octanagem 2,89 pesos = R$ 1,45
Como sabemos que nossa gloriosa Petrobrás exporta para a Argentina gasolina a R$ 0,65 , podemos ver como estamos sendo ROUBADOS pelo governo.
O contrabando de gasolina na fronteira com o Rio Grande do Sul foi motivo de uma reportagem na RBS TV. (acho que foi encomendada ) Nela um Professor de uma Universidade de Porto Alegre foi alertar para os 'perigos' de se abastecer os carros brasileiros com a gasolina da Argentina.
Segundo ele, o motor pifa pra já. Só ficou faltando a explicação para os carros produzidos
em larga escala aqui e exportados para lá. Serão um modelo especial? Para mim o que
pode acontecer é nossos carros se engasgarem ao entrar em contato com gasolina de verdade, pois estão acostumados com estas guarapas mixurucas que nos vendem
a R$ 2,89. No setor veículos não é diferente. Veículos NOVOS.
Gol 3 portas Power - 27.600 pesos (R$ 14.800,00)Ford F250 - 108.500 pesos (R$ 54.300,00) Vectra CD - 82.600 pesos (R$ 41.300,00 )
Ford Eco Export DIESEL 4X4 - R$ 35.000,00 Nissan Frontier 4x4 em uma agência em Oberá, 22.000 dólares ou R$ 44.000,00
E por aí vão as diferenças, ressaltando que praticamente todos os carros de todas as marcas, tem a opção de virem com motor diesel.
Eu estava esquecendo. As estradas pedagiadas, com terceira trocha (terceira pista), mantidas em muito boas condições, custa para 300 kilometros 3,40 pesos ou R$
1,70 .
Para nós gaúchos para percorrer a mesma distância o preço é de R$ 28,00 .
Existe uma explicação lógica para uma diferença tão brutal?
Claro que existem, e muitas: Cartões corporativos, Senadores a 600 mil por mês, Deputados a 200 mil por mês, e o resto vocês conhecem.
Tem de sair dinheiro de algum lugar para manter isto.
Somos uns trouxas. (*)
(*) trouxas, não. Somos realmente é covardes, pusilânimes, pois num povo com dignidade esta merda já teria mudado há muito tempo!
Ana Lucia Matos / Renato Bahia
Gi,
Brilhante o novo slogan Compre dois e leve um. Somos um povinho reles, sem ação, pois não nos organizamos para lutar contra tudo isso. O comentario da Ana Lucia e Renato Bahia diz tudo. Falam que com as eleições estão vindo ai e podemos mudar. MUDAR COMO SE OS CANDIDATOS NÃO MUDAM. A classe politica está podre; contar com "meia dúzia de tres ou quatro" politicos honestos p/ mudar, é como esperar nevar no nordeste.
Bjs Lulu
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