quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

O planeta pede socorro

Não é de agora que são ouvidos clamores sobre a deterioração do planeta e demandas de ações que venham, ao menos mitigar, a destruição da natureza que Deus nos deu e aconselhou preservar. Acompanhei atento o desenrolar da grande Conferencia das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-28) que vem se realizando em Dubai, nos Emirados Árabes. Na verdade, a meu ver, um grande convescote de lideres mundiais e seus asseclas deitando discursos eivados de promessas e propósitos que nem sempre são cumpridos ao final dessas cimeiras. Curioso, ainda, foi o local escolhido para essa conferencia, à beira do deserto que vem sendo invadido por monumentais construções, a base das fortunas geradas pelos petrodólares e que não deixa de ser uma forma exploratória descabida do quadro natural da região. Mas, tudo bem... Um verdadeiro enxame de delegados acorreu ao local da Conferencia, chegando a dar clima de animação para espectadores, como eu, de que a coisa agora vai. Somente do Brasil baixaram em Dubai 1.336 inscritos. Estima-se que se trata da maior comitiva entre os participantes. É ou não é animador? Dá pra formar uma bela torcida a favor da salvação do planeta. Contudo, calculo que a formidável bagatela que custeou essa megacomitiva seria bem mais útil se aplicada em projetos pontuais em áreas criticas espalhadas pelo país. Não, que o país estivesse ausente dos debates levados a efeito no conclave. Mas, para que tanta gente? Desconfio que mais da metade foi fazer turismo. Muito mais... De todo modos não podemos negar que os discursos do nosso Presidente, da Ministra do Meio Ambiente e de outros brasileiros como o Presidente do IBAMA devem ter marcado pontos positivos de aplausos, até mesmo pela importância e o papel de destaque que o Brasil desempenha nesse grave quadro da problemática das mudanças climáticas. Indiscutivelmente, a situação concreta do desgaste do nosso diversificado meio ambiente é o suficiente para exigir destaque ao papel brasileiro. Semana passada, em artigo assinado por Flavio Tavares, um professor aposentado da Universidade de Brasília, no Estadão, afirmava que “a crise do clima pode se transformar numa antecipação do apocalipse bíblico. No caso específico do Brasil, as evidências são estarrecedoras”. Concordo com o articulista e, logo de cara e sem delongas, lembro-me da situação apocalíptica que é o afundamento de grande parte da cidade de Maceió, capital do estado de Alagoas, decorrente de uma exploração predatória e mal estruturada do sal-gema pela gigante Brasken. Ora, vamos e venhamos, o caso brasileiro é histórico e esteve sempre em evidência devido às longas estiagens no semiárido do Nordeste provocando a expulsão das populações atingidas, em verdadeiras hordas de retirantes famintos à procura de onde se fixar com segurança alimentar e saúde. Capricho da natureza é verdade, mas, de expressiva gravidade e de difícil solução. Fora esse fato, que se arrasta desde o século 19, novos fenômenos danosos provocados pelas mudanças climáticas associadas aos incontáveis casos de irresponsabilidade civil no uso da terra e no aproveitamento das riquezas minerais, o Brasil vem dando lições das mais imperfeitas e aterradoras formas ao restante do planeta. A descontrolada devastação da floresta amazônica e os frequentes incêndios no pantanal e no cerrado brasileiros dão testemunhos da falta de cidadania e de noção de respeito ao presente divino doado pelo Criador. Nas Conferencias da como a atual COP-28 há mobilização das nações mais ricas para ajudar as mais pobres em ações de correção e sustentabilidade do meio-ambiente mundial. Bilhões de dólares são prometidos, embora que nem sempre cumpridos no seu todo. O chamado financiamento climático discutido na COP-15 (Copenhague 2009), por exemplo, estabeleceu que países desenvolvidos a chegariam 2020 destinando US$ 100 Bilhões, por ano, às nações mais vulneráveis com vistas à se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas. Porém, em 2020 e 2021 os valores desembolsados ficaram em US$ 83,3 Bilhões e 89,6 Bilhões, respectivamente. Pensando bem foram anos de Pandemia e as prioridades certamente sofreram alterações. Ao Brasil particularmente foram prometidos mundos e fundos para projetos de controle e fiscalização do meio-ambiente na busca de amenizar o efeito estufa. Se cumpridas as promessas serão recursos que aportarão em boa hora e, ajudarão a mitigar situações caóticas como as chuvas de poeira e fumaça que caem frequentemente em Manaus e Belém, originadas nas queimadas da floresta contigua. Aquela que é tida como pulmão do mundo. Servirá também para corrigir situações de seca na mesma região amazônica que vêm provocando rios secos tal qual no Nordeste semiárido e que vêm causando imensa preocupação. Tenho cá minhas razões para concentrar minhas observações ao caso brasileiro, mas, muitos são os locais e países que abusam da emissão de gás carbônico que, obviamente, contribuem para a deterioração desse planeta que pede socorro cada vez mais exaurido. Que o Criador, com seu poder Supremo, oriente os humanos a preservar o presente que Dele receberam.Ah! Ja ia esuecendo de lembrar que a proxima COP será no Brasil. Em Belém! se os memsos 1.336 comparaecerem vai faltar local de hospedagem. A cidade não está preparada para receber tanta gente. Foto obtida no Google Imagens.

3 comentários:

J.Artur disse...

Mister Girley, mais uma vez aprofundastes a análise de assunto da mais elevada importância. É vergonhoso vermos as fotos e vídeos da Amazônia, devastada pela ação estúpida de brasileiros do mais baixo nível cultural... Parabéns pelas observações e críticas registradas nessa excelente postagem... Abraço amigo.

Júlio Silva Torres disse...

Caro Hermano Girley, excelente tu comentario!! Pero más aún es importante por lo preocupante que es en cuanto perspectiva de futuro.
Desde hace años este asunto viene denunciándose por los trágicos efectos que tendría sobre nuestro planeta, pero a la luz de los resultados, no parece haber pasado de la fase de denuncia a la de acción efectiva.
Lo de la deforestación de la Amazonia es un crimen mayor que se viene denunciando desde que nosotros vivíamos en tu maravilloso país. Pero también lo es la irresponsabilidad de países altamente contaminantes como USA y Europa y China pues también es un enorme crimen contra el planeta y la humanidad.
Penso que aquellos montos no cumplidos como compensación nunca serán suficientes si simultáneamente siguen consumiendo combustibles contaminantes y provocando enormes incendios forestales con todo el daño asociado a la biodiversidad. Lo que falta es consciencia social del daño ambiental.
Estoy de acuerdo contigo que es inaceptable el tamaño de la absurda delegación brasileña a la Cop-28 pues en sí misma es una contradicción con la esencia de esta cumbre, si sólo piensas en la contaminación que producen los aviones necesarios para trasladar tanta gente (no sólo a los “delegados” del Brasil, más el consumo de energía para ambientar los recintos que ocuparán todas las delegaciones, más el agua necesaria (en un país que carece de ese recurso y que para producirla debe desalar millones de litros a costa de consumir petróleo, más etc, etc. Realmente esa conferencia en esencia es un absurdo gigantesco!
Bien por tu denuncia!
Felicitaciones y abrazos!

Nininha Brasileiro disse...

Um ótimo natal e um ano novo dê muitas bençãos pra todos seus familiares abraços primo a paz do senhor Jesus Cristo amém

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