segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Ronda Dirigida

Viver atualmente chega ser muitas vezes algo surpreendente. Esta semana tive uma experiência curiosa. Precisei adquirir determinado produto e dirigi-me, como mais comum, a um Shopping Center da cidade na certeza de fazer minha compra. Coisa bem simples e comum na vida moderna. Recomendado por um conhecido procurei determinada loja na qual, provavelmente, encontraria o que desejava. Para tanto, usei meu inseparável aparelho de telefonia móvel a fim de localizar a loja indicada e na certeza de que estava facilitando a busca e, inclusive, abreviando minha permanecia naquele moderno mercado. Cai na tolice, porém, de citar o tipo de mercadoria que buscava. Ah! Pra quê? Foi o bastante para começar a aparecer, no meu “arguto” celular, inúmeras indicações de outros estabelecimentos onde eu poderia encontrar o tal produto. Surpreso, com aquelas abordagens repentinas, parei para um cafezinho e calmamente comecei a avaliar o dinamismo do modo de vida atual. Na minha idade, com tantos quilômetros rodados, essa velocidade proporcionada pelo mundo da Tecnologia da Informação ainda causa muitas dessas surpresas. Leio sempre sobre esse tema, no entanto, ler é uma coisa, viver é outra bem distinta. Resultou que fiquei tendo dificuldade de escolher a loja mais próxima – o tal shopping é o maior da cidade e deveras movimentado – dado o numero de sugestões. Na verdade, antecipo que não sou contra esse avanço tecnológico ao nosso favor. Na minha condição de aposentado esse progresso representa um diferencial no viver melhor.
Divertido, porém foi que, a cada gole de café e consultando minha “bússola” eletrônica, deparei-me num site de noticias dando contas dos últimos resultados publicados pelo IBGE a respeito do mais recente levantamento da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Continua - Tecnologia da Informação e Comunicação (PNAD), referente ao ano de 2022. O primeiro número, por si só, já é algo notável: 87,2% da população brasileira usa a internet como meio de se comunicar. A título de comparação registra-se que em 2016 não passava de 66,1%. A pesquisa toma com base a população de 10 anos e mais. Em 2021 o percentual conferido foi de 84,7%. Isso aponta para um provável crescimento daqui pra frente. Ressalte-se que, segundo os resultados colhidos, houve um aumento substancial no acesso à internet entre as pessoas de 60 anos ou mais. Em 2016 apenas um quarto deste extrato populacional usava a rede mundial e, agora, chega a dois terços. Ou seja, tem havido uma expansão do numero de idosos que aderem ao uso da Internet. Contudo, segundo a pesquisa em tela o maior número de usuários é na faixa entre 20 e 29 anos. Sem dúvidas a chegada do celular multifuncional e a sua tecnologia avançada provocou esse formidável aumento de usuários. Não é somente pesquisando local e preço de um produto que o consumidor se farta. A facilidade de realizar operações bancárias, falar a qualquer parte do mundo sem as dispendiosas tarifas telefônicas do passado, dispor de uma câmera fotográfica de excelente qualidade à mão, entre outros recursos, definitivamente atrai cada vez mais novas adesões. Outros números resultantes da pesquisa são interessantes e vale à pena destacar: os domicílios com utilização de internet subiram de 90% em 2021 para 91,5% em 2022. Pode parecer irrisório em termos relativos, mas são consideráveis em termos absolutos. Na área rural, o acesso à rede mundial cresceu de 74,7% para 78,1% no período pesquisado. Bem significativo. Algumas zonas rurais não contam com o serviço infraestrutural e reclama, dando sinais da necessidade em face dos progressos tecnológicos disponíveis a nível internacional. Por fim, vale atentar para os principais motivos que levam ao uso da internet no Brasil que começam pelas facilidades de conversar por chamadas de voz e vídeo, troca de informações em textos, voz ou imagem e assistir vídeos. Fora isto, o uso das redes sociais, ouvir músicas, rádios, ler jornais, noticias (meu caso nesta ocasião), revistas e livros são apontados como relevantes.
Um último destaque que faço é relacionado com as preferências de acesso à internet. Como esperado o celular está em primeiro lugar disparado com 98,9%, seguido pela Televisão (47,5%), computador (35,5%) e tablet (7,6%). Observe esse posicionamento preferencial pela Televisão. São formidáveis os aparelhos smart. Depois que adquiri dispositivos ditos inteligentes vivo me fartando com um numero interminável de canais de TV nacionais e estrangeiros, streamings de inúmeros gêneros, que tornam a vida mais divertida. Mas, uma coisa a mais me chamou atenção: parte da população não sabe fazer uso da rede mundial de comunicação. São 34% na área urbana e 26,4% na zona rural. As informações que li no café do shopping e transmito aos leitores neste post foram oportunas e ajudou-me a localizar a melhor loja e o melhor preço. Conclui minha Ronda Dirigida coloquei a mercadoria na sacola sai dando tratos a bola, imaginando no que poderá vir por aí. Sei que existem cabeças pensantes dedicadas exclusivamente no aprimoramento desses aparatos modernos aos quais nos tornamos escravos compulsivos. Deus me livre de ter meu celular distante da minha vista.

3 comentários:

José Paulo Cavalcanti disse...

O bom é que deu tudo certo, mestre Girley. Em vez de reclamar, devemos é agradecer o futuro. Abraços lisboetas.

Ana Maria Menezes disse...

E isso aí Girley Só que o tv aqui em casa praticamente e inexistente. Que é que podemos assistir? Os indecentes dos “artistas” Anita e Pablo (não sei das contas) programa do Faustão que tv e essa ? Fico com o computador e o cellular Ainda bem!!

Susana Gonzalez (México) disse...

Muy bueno tu escrito y muy cierto en cuanto al celular.

Lição para não Esquecer

Durante a semana passada acompanhei com interesse de quem viveu a historia, as manifestações que relembraram o golpe militar de 1964. Com um...