Venho observando
que cresce rapidamente a prática da grafitagem nas cidades brasileiras, a
exemplo do que ocorre em muitos outros países. Já pude admirar, lá fora,
verdadeiras obras de arte em paredões, laterais de edifícios, calçadas e
monumentos, algumas, inclusive, com recursos de ilusão de ótica surpreendentes.
Aqui no Recife, onde vivo, este tipo de arte tem sido gradativamente permitida em vários setores da cidade em substituição às horrendas e arbitrárias pichações. A grande maioria é do tipo consentido pelos proprietários de imóveis, antes deteriorados devido à inevitável ação do tempo, que resultam valorizados pela arte dos grafiteiros.
Pesquisando sobre o assunto, descobri que por ignorância dos legisladores brasileiros, uma Lei de 1998 (Nº 9.605/98) punia qualquer tipo de pichação, grafite ou similares que impostos a edificações ou monumentos públicos. Considero ignorância porquanto colocava num mesmo pacote a pichação e o grafite, que são duas coisas distintas. Enquanto o primeiro tem caráter pernicioso, agride ao meio ambiente, em geral é ofensivo à sociedade ou parte desta, no final das contas, se constitui numa poluição visual das piores. São Paulo talvez seja a cidade mais prejudicada, no Brasil. Na região central da capital paulista é lastimável o que se verifica. O grafite, por seu turno, vem com mensagem bem estruturada, o autor ou autores são artistas plásticos com compromisso social, tem efeito decorativo, além de, em muitos casos, ser de caráter educativo. À vista do transeunte, o grafite exerce um indiscutível efeito que, muitas vezes, faz pausa na sua caminhada para admirar a obra de arte.
Foi o entendimento dessa distinção de naturezas que conduziu nossos legisladores a uma correção da ordem, classificando o grafite com o sendo uma ação lícita e bem vinda. Assim, a Lei Nº 12.408, de 2011, estabeleceu que o grafite fosse permitido no intuito de valorizar o patrimônio publico ou privado, carecendo do consentimento do proprietário ou das autoridades competentes quando responsáveis da preservação ou manutenção do patrimônio histórico e artístico nacional.
Resolvi, neste domingo, fazer uma caminhada fotográfica pelo Recife e registrar casos de pichações e grafites espalhados pela cidade.
Os temas dos grafites são dos mais variados e pude observar pinturas ingênuas, surrealistas, primitivistas, acadêmicas, entre outras. Conclui que há muita arte nesse domínio. Comenta-se que, dos grafiteiros, muitos bons pintores já surgiram. Ao mesmo tempo, que muitos pintores são excelentes grafiteiros.
Dos pichadores é preferível nem comentar. Falaram-me que, na prática, são gangs que deixam mensagens estranhas, codificadas e indecifráveis para o grande publico. Alguns deixam recados ameaçadores. Disputam espaços, muitos até inusitados e de difícil acesso, além de se envolvem com o mundo das drogas. Conclusão: concreto desserviço à sociedade.
As fotos a seguir são todas de grafites e pichações no Recife, sobretudo na zona central, inclusive no bairro histórico do Recife Antigo. Confira, a seguir, o resultado da minha andança.
Observe, na foto a seguir, que o pichador não respeitou, sequer, a placa indicativa da rua. Esta é apenas exemplo, porque existem muitas outras em igual situação.
NOTA: Fotos da autoria do Blogueiro.
Aqui no Recife, onde vivo, este tipo de arte tem sido gradativamente permitida em vários setores da cidade em substituição às horrendas e arbitrárias pichações. A grande maioria é do tipo consentido pelos proprietários de imóveis, antes deteriorados devido à inevitável ação do tempo, que resultam valorizados pela arte dos grafiteiros.
Pesquisando sobre o assunto, descobri que por ignorância dos legisladores brasileiros, uma Lei de 1998 (Nº 9.605/98) punia qualquer tipo de pichação, grafite ou similares que impostos a edificações ou monumentos públicos. Considero ignorância porquanto colocava num mesmo pacote a pichação e o grafite, que são duas coisas distintas. Enquanto o primeiro tem caráter pernicioso, agride ao meio ambiente, em geral é ofensivo à sociedade ou parte desta, no final das contas, se constitui numa poluição visual das piores. São Paulo talvez seja a cidade mais prejudicada, no Brasil. Na região central da capital paulista é lastimável o que se verifica. O grafite, por seu turno, vem com mensagem bem estruturada, o autor ou autores são artistas plásticos com compromisso social, tem efeito decorativo, além de, em muitos casos, ser de caráter educativo. À vista do transeunte, o grafite exerce um indiscutível efeito que, muitas vezes, faz pausa na sua caminhada para admirar a obra de arte.
Foi o entendimento dessa distinção de naturezas que conduziu nossos legisladores a uma correção da ordem, classificando o grafite com o sendo uma ação lícita e bem vinda. Assim, a Lei Nº 12.408, de 2011, estabeleceu que o grafite fosse permitido no intuito de valorizar o patrimônio publico ou privado, carecendo do consentimento do proprietário ou das autoridades competentes quando responsáveis da preservação ou manutenção do patrimônio histórico e artístico nacional.
Resolvi, neste domingo, fazer uma caminhada fotográfica pelo Recife e registrar casos de pichações e grafites espalhados pela cidade.
Os temas dos grafites são dos mais variados e pude observar pinturas ingênuas, surrealistas, primitivistas, acadêmicas, entre outras. Conclui que há muita arte nesse domínio. Comenta-se que, dos grafiteiros, muitos bons pintores já surgiram. Ao mesmo tempo, que muitos pintores são excelentes grafiteiros.
Dos pichadores é preferível nem comentar. Falaram-me que, na prática, são gangs que deixam mensagens estranhas, codificadas e indecifráveis para o grande publico. Alguns deixam recados ameaçadores. Disputam espaços, muitos até inusitados e de difícil acesso, além de se envolvem com o mundo das drogas. Conclusão: concreto desserviço à sociedade.
As fotos a seguir são todas de grafites e pichações no Recife, sobretudo na zona central, inclusive no bairro histórico do Recife Antigo. Confira, a seguir, o resultado da minha andança.
Observe, na foto a seguir, que o pichador não respeitou, sequer, a placa indicativa da rua. Esta é apenas exemplo, porque existem muitas outras em igual situação.
Na foto a seguir veja que este outro pichador foi, não sei por onde, no alto do prédio e tacou sua marca. O imóvel que já estava deteriorado ficou bem pior. A lateral da Igreja Matriz da Madre de Deus, patrimônio secular da cidade está com inúmeras pichações. É uma praga!
5 comentários:
Aquí en México, como tu lo viste también es una plaga. El ex gobernador de la ciudad en el sexenio pasado, les abrió algunos lugares para que pudieran expresarse e hicieron muy buen graffiti, pero como tu dices lo que abunda es la otra parte, la de la agresión, la que llevan a cabo para hechas a perder aquellas cosas q son bonitas, o para molestar a la gente. Aquí esta penado, sin embargo me ha tocado ver a una banda de rufianes, pintar toda una calle, era ta fuerte la escena que no atine hablar a la policía. Otro día vi a uno sólo, q casa q veía sin pintar le ponía unas letras. Se q son pandillas q marcan su territorio. Me molesta mucho, porq siento que hay una gran falta de respeto.
Aunque hables de las elecciones, tema q no puedo opinar por falta de información, me encanta tus escritos pues me hacen pensar.
Susana González (Ciudad de Mexico)
Girley,
A "pichação" é uma coisa terrível no Recife.Pena que os não autorizados não levem um choque ao tocar nas paredes e nos muros...
Liliana Falangola
Girley,
Com todo respeito a esses pintores, mas gosto de ruas limpas, claras , iluminadas, arvores e aves. Esse tipo de pintura não combina com a minha personalidade!! Bjs primo estimado!!
Ana Celi
Que pena que o comentário desta semana não seja sobre eleições...Teria mais dados inteligentes e bem colocados para entender melhor o momento atual que reputo grave,preocupante e vergonhoso para os cidadãos de bem.Mas vou dar uma olhada na matéria sobre pichações...
Paulo de Tarso de Moraes Souza
Girley: Eu sempre fui a favor de filmar o pichador,identificar e mandar ele mesmo limpar com excovão e água.Vai esfregar até sair,com uma tornozeleirinha,para ver o trabalho que dá.E depois repintar.Duvido que sobre um.Minha idéia inicial era limpar com a lingua.Mas repensei - não ia ficar um serviço completo pois a lingua se esfolaria.Quero eles no sol,dando duro.Como quem pintou e construiu.E fazer ele ler a história do lugar e valorizar a cidade que mora.
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