É muito gostoso caminhar por Melbourne, uma cidade construída ao estilo moderno (foto a seguir), embora que com muitos prédios antigos bem preservados. Tudo muito limpo, silencioso, trânsito ordenado e muita segurança. Como no restante do país, não há sinais de pobreza. Os mais pobres podem ser os músicos amadores, que no fim da tarde, tiram seus instrumentos da embalagem e dão belas audições, em praça pública e em troca de moedas. Quisera fosse esse o tipo de pobreza pedinte, no Brasil. Nem quero falar...
Achei que a cidade tem um quê de Europa. De Inglaterra, por exemplo. As lanes (ruas estreitas e transversais de grandes artérias), que lembram Brighton, são sensacionais: repletas de lojinhas e boutiques graciosas e tentadoras ou, então, bares e bistrôs irresistíveis, enfileirados no meio da via. Vide foto a seguir. Paramos, varias vezes, nesses pontos para um café, uma refeição ou um bom vinho australiano. E claro, apreciar a vida passar. Vida neste caso, traduzida por gente. Muita gente. Bonita e elegante. Minha filha logo alertou-nos para o fato de que a elegância australiana mora em Melbourne e a cidade é considerada a capital da moda. De fato, vi um povo muito fino, tanto no porte, quanto no trato. E a culinária local é também um destaque. O capricho dos restaurantes na apresentação dos pratos entusiasma o cliente, mesmo os que cheguem sem qualquer apetite. Veja esta foto, a seguir.Lembro, ainda, o jantar num restaurante asiático contemporâneo (dentro do cinematográfico Cassino Crown) cuja comida – meio chinesa, algo japonesa, com toques tailandeses –ainda posso sentir o sabor. Lá, o serviço foi um verdadeiro ritual. A comida parecia feita para deuses. Um requinte sem limites. Cheio de surpresas e do “prá-que-isto?”. Inesquecível. De resto Melbourne é um verdadeiro jardim. O jardim do estado de Victória.
Noutro estilo, algo mais country (quase outback australiano) foi o que encontramos, num fim de semana longo, percorrendo o Hunter Valley e a cidade de New Castle. Mais ao norte de Sydney, a região foi um destino, à parte, nessa nossa bela aventura. Começamos justo pelo Valley, que é uma região turística muito especial, voltada para o que chamamos de enoturismo. Foi bem a propósito para quem adora vinhos e vinícolas, como é meu caso. Entramos e saímos de várias delas, (Vide foto, a seguir) onde degustamos e compramos dos melhores vinhos australianos. Tudo devidamente acompanhado de queijos de primeira qualidade made in Austrália, patês e uma imensa variedade de amêndoas, defumados, pães, torradinhas e bolachinhas deliciosas. Descobri, então, que os australianos são peritos nesses acompanhamentos gostosas. Ah! E tem, ainda, geléias fenomenais. Inclusive as de pimenta. Além de chocolates imperdíveis. Geniais. New Castle, a cidade do meu genro, é um lugar primoroso. Cidade pequena – mais ou menos 300 mil habitantes – mas com completa estrutura e vida urbana dinâmica. Todos os requisitos de uma metrópole. Inclusive vida cultural. Excelente comércio, Shopping Center de primeira linha e teatros diferenciados.
Mas, New Castle foi importante para nós em virtude do mergulho que fizemos no seio de uma família australiana. Conviver com os Davidson foi a melhor prova que tivemos da finesse e do australian way of life quando recebe. Do aconchego à boa cerveja servida pelo anfitrião, na hora certa. Da sala de jogos ao breackfast servido na imensa varanda com vista monumental para um brilhante e verde vale. Do piano ao amanhecer, tocado pela dona da casa à Pavlova(*) servida na sobremesa. Vide foto a seguir. Pareceu um sonho. Mas, foi tudo real e como acabo de contar. (*) Pavlova é a mais famosa sobremesa australiana. Parece um grande e cremoso suspiro coberto de chatilly (ou yogourt) e frutas diversas.
Nota: Fotos do próprio Blogueiro
4 comentários:
Obrigada, Girley, pela bela reportagem sobre a Austrália.
Você e sua família são privilegiados por mais essa visita.
Amei!!!
Um dia, quem sabe, eu poderei conhecer Sidney, Melbourne e New Castle?
Parabéns pelas suas excelentes fotos.
Abraços meus!!!
Ângela Barreto
Curti com voces , estes momentos . Tenho lindas recordações de Sidney e Melbourne de muitos anos atrás . Vejo que a essência de uma vida feliz , comunitária e cooperativa só leva ao prazer real da vida.
Deu vontade de voltar e ficou a expectativa de que isto só é possivel com muita educaÇào.
Abraçào meu amigo virtual.
Geraldo Leal de Moraes
Primo querido, é simplesmente fantástico viajar com vocês pelo mundo a fora! Obrigada por me fazer feliz em tempos tão difíceis...
Grande beijo, com todo carinho e admiração.
Boa noite professor,
Adorei tudo o que o senhor falou da Austrália, o medo que dá é ir conhecer e não querer mais voltar... fotos lindas.
O que faltou para o Brasil ser como a Austrália? O que difere os bandidos colonizadores de lá dos daqui? Será devido ao período em que surgiram? Na Austrália foi na colonização e aqui no Brasil... bem, melhor nem comentar.
Grande abraço
Danyelle Monteiro
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