quarta-feira, 19 de agosto de 2009

São Paulo, outra vez.

Já confessei, noutras ocasiões, minha paixão por São Paulo, sendo mesmo um dos meus destinos favoritos. Estranho para quem detesta uma metrópole agitada, poluída e de transito complicado, eu sei. Mas, aquilo lá, tem seus encantos. E, se a visita incluir o interior do estado o encanto se completa.
O recente fim de semana, aproveitei mais uma dessas idas, sem os rígidos compromissos profissionais, para conferir o que há de novo e o que está “vindo com tudo”. São Paulo é bom para essas coisas.
Dois momentos dessa viagem merecem destaque neste bate-papo de hoje: a visita que fiz ao Museu do Futebol e o domingo em Campos do Jordão. Sobre o museu, começo lembrando que o que vem acontecendo, ultimamente, em São Paulo, determina uma total mudança do conceito de museu neste país. Agora, não se trata mais de um espaço com imagens ou objetos estáticos, enredomadas e com avisos de nãometoques. Assim é o fantástico museu da Língua Portuguesa, que comentei por aqui em fevereiro do ano passado, e também é o novíssimo Museu do Futebol, que fui checar, 6ª. Feira passada, com meu filho, jovem vidrado em futebol. Trata-se de um dos mais fantásticos frutos da mídia digital neste país. O futebol brasileiro ganhou o maior acervo de informações já reunidas, num único espaço, instalado sob as arquibancadas do estádio do Pacaembu. São imagens e objetos especiais lembrando desde os primórdios da introdução dessa modalidade esportiva, em terras brasilis, pelas mãos de Charles Miller, até os dias de hoje, passando pelos momentos de glória das copas conquistadas, pelos inúmeros campeonatos que são promovidos a cada ano, pelas amargas derrotas e, claro, os incensados craques da bola. É um “choque” de imagens em LCD ou projetadas por canhões data-show, planas ou tridimensionais, painéis back-light, bandeiras, flâmulas, um mar de camisetas de todos os clubes do país – inclusive do pernambucano Íbis, o pior time do mundo – tudo inteligentemente exposto, criando um cenário de profundo dinamismo. Ao todo, são 6.900 m² de exposições, 1442 fotos e 6 horas de vídeos disponíveis aos visitantes. Dinâmica é o que não falta, por lá. Bem dentro do espírito do futebol. Ficamos galvanizados no salão Anjos Barrocos, no qual saltam aos nossos olhos as imagens tridimensionais, em tamanho natural, dos maiores ídolos dos gramados nacionais em lances sensacionais. O visitante se empolga de tal modo que é capaz de sair procurando uma bola virtual chutada em direção ao nada. Noutro salão, denominado de Exaltação, a empolgação continua com o clima das torcidas. Um multimídia, em vários planos, emite imagens das mais vibrantes torcidas, dos maiores clubes brasileiros, entremeadas por um frenético jogo de luzes, nas entranhas das arquibancadas do Pacaembu, dando ao visitante uma sensação muito forte de estar diante de um jogão. O som do local reproduz nitidamente os gritos de guerra e hinos entoados. Do Recife, aparecem as torcidas do Sport e do Náutico.Para coroar a interatividade, já no final do circuito, o visitante contagiado por aquele clima espetacular, dá de cara com uma fileira de tótós e com uma cobrança de pênalti contra um goleiro e barra virtuais, num irrecusável convite de “venha jogar”. A turma faz fila para dar um chute a gol, avaliando sua habilidade e a velocidade da bola, neste caso muito real. É sensacional. Mesmo para os que não são amantes do futebol, vale à pena uma visita. Saiba mais clicando: http://www.museudofutebol.org.br/
O segundo comentário é sobre a belíssima estância climática de Campos do Jordão, a Suíça brasileira. Este é o tipo de lugar que faço questão de visitar, sempre que possível e foi o que fiz no fim de semana. Cada vez que volto por lá, saio entusiasmado por ver uma cidade que está sempre crescendo e inovando, sem perder suas originais características de cidade com clima de montanha e especial charme, no mais puro estilo europeu. A temperatura media esteve na casa dos 10ºC. Distante 170 km da cidade de São Paulo, facilmente alcançada por boas rodovias, no alto da Serra da Mantiqueira. Nada mais agradável e refrescante para a mente do que entrar e sair das lojas, cafés e restaurantes desse lugar que vive do turismo de inverno. Para as mulheres consumistas, um paraíso com as malharias que “atacam” de moda inverno, a preços módicos, devido a concorrência acirrada. São muitas malharias. Para os homens, o programa preferido são os bares e uma cervejaria, a Baden-Baden, que exerce um especial monopólio e concentra uma gente bonita num bate-papo sem hora para acabar.
Nos arredores, um mundo de atrações para visitar, com direito a teleféricos, cascatas, passeio de trenzinhos, pista de patinação no gelo, trilhas ecológicas, entre outras.
Voltei revigorado, com se houvesse tirado umas férias de verdade. Pena que foi somente um fim de semana, com quatro dias.
Nota: Foto do Google imagens (museu) e do blogueiro (Campos do Jordão).

4 comentários:

Susana González disse...

Girley: Me encanta que siempre tengas una novedad para contar. Tanto lo del Museo como lo de Campo Jordao, tus descripción invita a visitar esos lugares o por lo menos nos queda una idea exacta de su existencia, con vista objetiva a través de tu mirada objetiva de las cosas.

Besos
Susana González

Teresa Cristina Alvares disse...

Estivemos também em São Paulo este final de semana e também npo Museu do Fetebol.Belissímo.
Teresa Cristina Alvares

José Ubiracy Silva disse...

Amigo Girley,
Parabéns!!! Seu blog está cada vez melhor. Concordo com sua matéria sobre São Paulo, aquilo é tão bom quanto seu blog.
Abraços do seu amigo e admirador,
Bira

Antonino Duarte disse...

Amigo Girley,
A sua paixão por SPaulo é a minha também. Morei durante quatro anos e desde então sempre que posso faço referência aquela que considero a melhor cidade do mundo.
Abraços
Antonino Duarte

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