sexta-feira, 12 de junho de 2009

Chutes Milionários

O jogador Kaká (Foto ao lado) da seleção brasileira foi vendido esta semana, pelo Milan ao Real Madrid, pela astronômica soma de, aproximadamente, R$ 180,0 Milhões. Logo em seguida, dois dias depois, o português Cristiano Ronaldo – atual melhor do mundo – foi comprado do Manchester United, pelo mesmo clube espanhol por uma soma maior ainda, de R$ 256,0 milhões. O português, segundo noticia a imprensa, comemorou tomando R$ 39,0 Mil de Champagne! Não é incrível? Como pode um mundo em crise econômica e um país, no caso a Espanha, um dos mais afetadas pela debaque financeira na Europa, assistir um negócio desses. O futebol é, definitivamente, um dos maiores negócios do mundo.
Fico impressionado com as fabulosas somas que envolvem essas transações, os salários milionários que são pagos – Ronaldo ganha R$ 1,13 Milhão, por mês, no Corinthias – além de tudo quanto gira em torno dos campeonatos locais, internacionais e mundial. São patrocínios estratosféricos, preços dos ingressos e renda dos mesmos, publicidade, transmissões de radio e TV em tempo real, logísticas diversas, vestuário esportivo com grifes milionárias e outras miudezas, nem sempre miúdas! Um negócio multifário e de proporções ilimitadas.
Esta semana, aqui em Pernambuco, o movimento futebolístico foi de puro frisson, em face dos preparativos e movimentos que antecederam a partida entre Brasil e Paraguai, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2010, que resultou na vitória brasileira e, antes um pouco, a escolha de Pernambuco como uma das sedes para o mundial de 2014. Rolou muita grana. Os informais se lavaram. Os formais nem se fala... Muitos negócios foram feitos e outros muitos ficaram garantidos.
Venho mais atento a tudo isto, desde o momento em que comecei a acompanhar a recente participação do Sport Clube do Recife, na Copa Libertadores da América. Como comentei noutra ocasião, influenciado pelo meu filho mais novo – ligado no futebol e no Sport Recife – fui longe para assistir uma das partidas, em Santiago do Chile, contra o time chileno do Colo-Colo. Para minha imensa surpresa, não estávamos sozinhos. Eram muitos os pernambucanos, próximo a dois mil, que se deslocaram até a capital chilena com o mesmo objetivo.
Ora, gente, isto não se faz de qualquer forma. Tiro por mim... Pelo contrário, envolve investimento num imenso esquema de logística que resulta numa significativa soma de dinheiro circulando, para a alegria das companhias aéreas, hotéis, restaurantes, transportes locais, ingressos para o jogo, operadores de turismo, e, finalmente, um interminável número de agentes das mais diversas competências. Os chilenos, neste caso, exultavam com a chegada ou passagem dos torcedores rubro-negros do Recife. “Foi um movimento inesperado!”, afirmou um dono de restaurante, no Mercado Central de Santiago. E isto, fruto, apenas, de uma única partida de futebol.
Imagino o que poderá ocorrer, no Brasil, durante a realização da Copa do Mundo de 2014. O país vai receber, certamente, uma enorme massa de torcedores, das mais variadas bandeiras e vai cair de cheio nas pautas dos principais meios de comunicação do mundo. Isto é muito bom, é claro. Divulga o país. Fomenta o turismo.
Aqui, aliás, o governo estadual anda dizendo que a Copa já começou com o referido jogo contra a seleção paraguaia e a definição de Pernambuco como uma das sedes do campeonato de 2014. O dinheiro que promete aplicar é de montante expressivo, pois estão programados milhões a serem aplicados na construção da cidade da Copa, no município de São Lourenço da Mata, próximo a capital pernambucana. Trata-se, a meu ver, de uma iniciativa audaciosa, embora que vá gerar muitos empregos, desde já, até a realização do certame. Tomara que as coisas aconteçam como planejadas e que traga bons resultados. Tomara, também, que venham seleções de países ricos para dividir seus Euros e Dólares conosco. Afinal, negócio é negócio! E, em se tratando de futebol, temos mais é que aplaudir os chutes milionários. Que jeito? Que venham as estrelas dos gramados.
Nota: Fotos obtidas no Google Imagens.

4 comentários:

Antonio Lucas disse...

Amigo Girley:
Lí e gostei.
Os cartolas e empresários estão aí para abocanharem fatias do bolo!
Um feliz fim de semana e viva Santo Antonio!
Antonio Lucas

Corumbá disse...

Caro Girley:

Gostaria imensamente de concordar com essa euforia geral.
Parecendo ser chato, talvez, não consigo imaginar tanto dinheiro investido quando não temos o elementar. Para o povo, sem ser o circo ao qual ele não vai ter acesso, o que vai melhorar em sua vida, saúde (melhores hospitais, médicos, sem greves, atendimento ambulatorial), segurança, transporte...?
O NE está se acabando embaixo de água, um único helicóptero ajuda nas vítimas da enchente e temos toda essa parafernália de médicos, aviões, helicóperos , navios e soldados para recuperar...os corpos das vítimas do avião da Air France.
Deus que ilumine esses nossos governantes.
Corumbá

Pedro Roberto disse...

Lindas suas palavras, bom seu comentario e melhor seus diferentes blogs.
En Santiago de Chile Brasil foi local...sim , porque Chile ama ao Brasil, adora sua gente, seus paisagem, todo de todo.
Kaká e Cristiano Ronaldo, os dois jogadores melhor do mundo, estan en Real Madrid , mas porqué???? porque un chileno que agora é entrenador mandou pedir os dois.
Manuel Pellegrini foi meu companheiro da Universidade Católica de Chile de Santiago en Ingeniería Civil, sei que ele é um homme serio, real e somente quer jogadores de calidad, como os brasileiros
Abraços amigo Girley
Pedro Roberto Rivera
Santiago - Chile

Susana González disse...

La verdad es la fiesta deportiva más grande de la humanidad, aún más que las olimpiadas, porque genera mucho más pasión. Los asistente persiguen sus selecciones por la ciudades donde juegan y esto desde luego, genera una gran entrada de dinero. Yo seré, porque haré lo imposible una de las miles de personas que ira a tu país y por consiguiente a verte. México también esta concursando por ser sede, no?.
Gracias por nombrarme en tu artículo anterior, también me gusto mucho.
Besos
Susana González

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