quinta-feira, 14 de agosto de 2025
PERPLEXIDADE
Busquei muito outro titulo para hoje. Nada feito. Ao contrario do que alguns pensam naturalmente que tenho acompanhado o desenrolar dos lamentáveis episódios políticos brasileiros nas últimas semanas. Por um lado a luta pelo poder caracterizada pela insana polarização partidária transvestidas pelas já batidas retóricas ideológicas. E, por outro, o envolvimento do Brasil, de modo adverso, nessa incrível Guerra Tarifária encetada pelo presidente Donald Trump dos Estados Unidos revelando, objetivamente, uma inédita movimentação comercial que ultrapassa a propalada defesa da economia norte-americana, mas, com fortíssimo teor geopolítico-econômico. Principalmente quando analisando o imbróglio com o caso brasileiro. É desanimador perceber que estamos enroscados num ambiente onde o Poder é o principal projeto de um governo ou de qualquer outro que venha se eleger. Não tenho mais idade para me iludir com promessas e mentiras eleitoreiras. Daí minha perplexidade. Entre outras coisas, procuro identificar um Projeto de Governo para o desenvolvimento socioeconômico nacional e não o encontro em parte alguma. Nem no governo de plantão ou nos discursos daqueles que aspiram ao comando. Vejo sim uma disputa de “unhas e dentes” para se aboletar na cadeira mais alta do Palácio do Planalto. Cansei dos proselitismos políticos onde só usam termos de cunhos ideológicos, muitas vezes sem saber o que dizem, quando de fato é o Poder que interessa. E a Nação está cheia de iludidos, que se contentam com Fundos Partidários e Emendas Parlamentares. Vergonhosos.
Como faz falta um líder verdadeiro, capaz de enxergar as verdadeiras necessidades nacionais. Aliás, nesses que vejo circulando, percebo que mal sabem o significado de Nação e nacionalidade. Pior é perceber claramente que usam a grife da Democracia sem, nem mesmo, saber praticá-la. A propósito disso, tem nada mais vergonhoso do que ver os três poderes da República – bases de uma verdadeira nação democrática – disputando abertamente posições de mando, cada um querendo provar que pode mais. Este não foi o Brasil prometido pelos meus ancestrais. Meu falecido pai, de modo insistente, garantia que a geração dele estava nos preparando um país de futuro feliz e farto. E eu confiava piamente. Hoje vivo em estado de perplexidade. Imagino a baita surpresa que teria meu velho se fosse possível levantar do túmulo para dar uma voltinha entre nós. Seria uma dolorosa decepção.NOTA: Ilustração obtida no Google Imagens.
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5 comentários:
Muito bom, mestre Girley. Assino em baixo, se permitir.
Parabéns pelo texto, penso igual.
Parabéns, perplexo irmão Girley. Porisso temos lutado e desenvolvido a metodologia para a implementação dos ODSs “Educação para o Progresso Comunitário Local Sustentável”, com grupo internacional, divulgada tb na internet e apoio amplo, dando origem a versões locais como os “Cadernos do semiárido” (ver no google, e disseminação pelo Sistema Crea/Confea, links dos sitios das instituições parceiras, etc.
Tentar ter um mundo mais solidário ainda tem sido possível.
Parabéns pela ida ao ponto desta e demais crônicas suas, fruto de percepção e experiência abalizada.
O mundo está muito insalubre. Cabe a nós, mesmo com as nossas limitações/imperfeições, encontrar um caminho menos árduo para transitar com sabedoria. Fácil? Não. Mas, devemos e podemos tentar. Mesmo perplexos.
Caiado está fazendo o nome dele kkkkk
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