terça-feira, 19 de março de 2024

Tiro pela Culatra

Venho acompanhando, como cidadão comum e com certa apreensão, as informações sobre o surto de dengue que ocorre este ano no Brasil. Impressiona a quantidade de casos suspeitos ou verificados de quase 1,9 Milhão, somente nesses quase três meses de 2024. É um número record, desde quando se monitora, em 2000. É doloroso constatar que mais de 550 óbitos já foram confirmados. Vi hoje (19.03.24), na Folha de São Paulo, que a capital paulista supera a marca de 300 casos por 100 Mil habitantes o que se configura numa situação epidêmica, segundo a OMS. É impressionante, e até inacreditável, saber que essas ocorrências revelam um preocupante aumento de quatro vezes maior ao que foi registrado no mesmo período de 2023. O mais curioso, entretanto, foi descobrir que esse aumento exacerbado do aedes-aegypti vem se dando justamente após a prometida revolucionária solução de jogar no espaço brasileiro bilhões de mosquitos modificados geneticamente destinados a exterminar a própria espécie e, por conseguinte, a dengue reinante até então.
Cabreiro com essa noticia apressei-me pesquisar a respeito dessa invenção da inteligência humana. Descobri que o tal mosquito-solução, denominado OX5034, foi produto de uma alteração biológica, realizada por cientistas norte-americanos, para produzir filhotes fêmeas que morrem na fase de larva, antes de eclodir e crescer o suficiente para picar os humanos, espalhando a doença. De quebra, descobri, também, que apenas as fêmeas picam para obter sangue humano, necessário para amadurecer seus ovos. Os machos são, digamos, folgados e seletivos porque só se alimentam de néctar e, desse modo, não são transmissores da doença. Explicando um pouco mais, registro que o tal OX5034 vem programado para MATAR apenas as fêmeas. Tomara que as feministas não se revoltem, dessa vez. Restam, então, os machos sobrevivendo por várias gerações, passando os genes modificados para a prole masculina subsequente e levando ao fim essa espécie de mosquitos. Ora, meu Deus, se as nuvens de machos-exterminadores espalhados no Brasil terminou produzindo um efeito paradoxal, não falta quem levante a possibilidade de que, ao invés de machos, foram produzidas mais fêmeas! Erro laboratorial? Pergunta que já não cala! Desse modo, o Tiro saiu pela Culatra! Naturalmente que se trata de algo a ser averiguado. E pode gerar o maior fuxico politico. Da minha parte, garanto que estou vendendo o peixe pelo preço que comprei! Para completar, o mais sintomático ainda é ver esse investimento que se faz na compra da vacina Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda que já vendo sendo aplicada nos brasileiros. Já se sabe, inclusive, que drogarias se apressam em aproveitar o nicho de mercado e comercializar a solução japonesa pela bagatela de R$ 349,90 uma dose. Eles avisam que a aplicação esta inclusa nesse preço. Ou seja, mais uma vez tem muita gente fazendo negócio com a miséria pública, quando na verdade o que falta é orientação para o público saber lidar com a situação. Dengue se combate eliminando focos do mosquito e não com vacinas. O Aedes Aegipti é um inseto urbano. Pouco se encontra nas regiões interioranas. Eles adoram a sujeira dos habitantes das grandes cidades. E para completar, se refastelam nessa época de verão quando a sujeira urbana se cristaliza. Quando as chuvas invernais começarem a lavar a imundice urbana eles irão d´água abaixo. Enquanto isso tem ministro de Estado dando a desculpa de que essa onda epidêmica do aedes aegypti é por conta do aquecimento global. Desconfio que ainda vamos enfrentar muitos problemas. NOTA: Foto ilustração obtida no Google Imagens.

4 comentários:

José Paulo Cavalcanti disse...

Fosse outra, a imprensa brasileira, e não perdoaria a incompetência do Governo. Mas é Lula, então vale a desculpa do calor. Deus do céu, mestre Girley.

Geraldo Magela Pessoa disse...

Seu comentário muito pertinente sobre a vacina da dengue deixa
claro que é jogada comercial. O certo seria uma limpeza publica mais profícua , limpeza domestica mais efetiva e ampliação dos mosquitos estéreis modificando geneticamente espalhados em maior quantidade. Abraços, que Deus continue te iluminando na escolha dos de suas abordagens sempre muito elucidativas e esclarecedoras. Amém !

Ana Maria Miranda disse...

Concordo em gênero número e grau.

Susana Gonzalez disse...

Lo q yo veo como en todo, q esto tiene q ver mucho con los negocios de las farmacéuticas.

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