sábado, 21 de julho de 2018

Rua do Corvo

Centro histórico de Coimbra. Praça 8 de agosto.
Igreja da Santa Cruz
Coimbra é famosa pela sua histórica Universidade. Lá mesmo, na Rua do Corvo, porta 32 e 1º Piso, foi nosso endereço – por alguns dias – nessa última passagem por Portugal. Situado no Centro Histórico da cidade milenar, dava gosto viver aquilo ali. Imagine um prédio medieval, preservado no seu todo exterior e reformado à moderna no seu interior, permitindo usufruir da experiência de viver num ambiente histórico e, ao mesmo tempo,  gozando de todas as mordomias do mundo moderno. Reforma perfeita. Competência europeia. Numa hora dessas, lembro e lamento o desgaste dos velhos prédios antigos do Bairro do Recife que se prestariam para coisa semelhante e são abandonados e carcomidos pela implacável ação do tempo. 
Pois bem, foi desse endereço que partimos para explorar o Norte de Portugal e a Galícia espanhola. A título de ilustração veja, na foto acima, o lugar que descrevo. Num canto da Praça 8 de Agosto, com o belíssimo Mosteiro da Ordem de Santo Agostinho e a Igreja da Santa Cruz, em estilo romântico-manoelino, datado de 1131, começa a Rua do Corvo paralela à rua da Louça e perpendicular à rua da Gala. Ao redor outras ruas pitorescas em denominações, como as das Rãs e das Padeiras. Estreita como as demais do miolo onde encravadas. Menos de dois metros de largura. Às rés do chão (térreo), lojinhas atrativas, cafés e tabernas tipicas. Um verdadeiro mergulho na História. Para quem admira é uma sequencia de prazer.
Interior da Igreja da santa Cruz. Observe os tradicionais azulejos portugueses.
Dali, partimos para: Braga, primeira parada, onde vimos os festejos da noite de São João (falei no post anterior), seguidas das incursões por Viana do Castelo, Guimarães, Póvoa de Varzim, Óbidos, Batalha, Aveiros e Barcelos. O gran finale foi dedicado à belíssima Cidade do Porto.  Ah! Antes que esqueça, registro para a passagem (antes de chegar a Coimbra) pelo Santuário de Fátima, onde tomamos nossas bençãos e oramos pela paz e pela família.  
Portugal é de beleza singular. Foi eleito, recentemente, o melhor destino do Mundo! Cada cidade ou cada vilarejo, mesmo os pouco turísticos, exercem especial fascínio ao visitante. A paisagem é variada de região à região, embora que alguns traços sejam comuns a todas. Um desses é que há sempre uma roupa lavada e estendida numa varanda dos velhos sobrados. São verdadeiras bandeiras saudando os passantes. Não à toa que essas bandeiras são temas mais comuns dos fotógrafos que cultivam a arte. Veja a minha a seguir.
Bandeiras ao vento saudando nossa passagem
Loja de Artesanato de Óbidos
É impressionante o modo afável que os patrícios dispensam aos visitantes. É, que na verdade eles vivem do turismo e sabem da importância deste para a economia do país e para a própria economia doméstica. O artesanato é riquíssimo e por todo lado se encontra algo diferente e atrativo. 
Lembro que um dos locais mais visitados e de especial atração é a vila medieval de Óbidos, também conhecida como a Pérola Portuguesa. Acredita-se que esta vila haja sido edificada pelos Celtas em 308 a.C. Então, faça ideia do que seja. Fenícios, Romanos e Mouros também andaram por lá. Essa mistura de dominadores fez da vila de Óbidos uma miscelânea de estilos, cultos e culturas. Gosto sempre de retornar, caminhar na sua rua principal e sentir o ambiente. Indo lá procure saber antes dessa história. Sua visita será mais proveitosa. Nem preciso dizer que nesse ambiente, todos os idiomas são ouvidos e transitar tranquilamente depende do dia e da hora. Chegue cedo. Antes de ir, veja esta outra foto, a seguir.
Rua central de Óbidos.


Num próximo post farei comentários finais e focarei a passagem pela Cidade do Porto

NOTA: Fotos da autoria do Blogueiro

12 comentários:

José Paulo Cavalcanti disse...

Maldade pura. Por dar inveja. Em Óbidos há um restaurante inesquecível, “ A ilustre casa do Ramiro “ . Chegou a ir? Abraços.

Girley Brazileiro disse...

Não, Jose Paulo. Pena que sua sugestão chegou agora... mas, vou anotar. Fica para a próxima vez.

Caldas disse...

Você tem página em branco no Passaporte ainda?

Girley Brazileiro disse...

Claro, Caldas! Preciso de muitas em Branco! Kkkkk

J.Artur disse...

Grande Girley, impossível ir à Europa sem passar pela terra dos patrícios. Tomar um vinho no Bar "As Brasileiras", ou um bacalhau em todos os recantos. Parabéns pela narrativa de total autenticidade. Viajei sem pagar passagem / muito grato... Abração.

Gilberto Linhares disse...

Companheiro Girley boa tarde.
É magnífica aula de história a sua narrativa que vc abaca de nos enviar. Eu e Maria já estivemos nesses locais que descreve com uma riqueza de detalhes que só vc consegue fazer. Obrigado companheiro pela beleza que vc nos brindou. 👏👏👏

Adierson Azevedo disse...

Na próxima vez que você passar por lá, espero que me visite em Braga!!!

Dulce Nadruz disse...

Obrigada amigo por mais um passeio nessa terra portuguesa . Um abraço .

António Carlos Neves disse...

Muito bom primo seus comentários nos faz ir junto na viagem meu bisavô era português Serafim Braga e minha bisavó era índia doma Maroca lembro com saudades.

Danyelle Monteiro disse...

Bela essa cidade Professor Girley. Essa rua principal de Óbidos parece a ladeira da Sé de Olinda.

Thereza Leal disse...

Amigo Girlei fiquei emocionada em rever Portugal nestas cidades que por lá passamos temos loucura para voltarmos lá quem sabe só Deus fiquei tão feliz que vou passar o seu Blog para uma amiga que saiu agora com marido e filhos para morar definitivamente lá quero que ela vá ver todos estes lugares .Mais uma vez Obrigada por me fazer feliz

António Jose de Melo disse...

Bom dia amigo!
Muito bom poder conhecer essas belezas peculiares, preservadas e conservadas dessas cidades. Tentar Compará-las à realidade arquitetônica do Recife, é visualizar o enorme fosso existente entre realidades antagônicas!

Lição para não Esquecer

Durante a semana passada acompanhei com interesse de quem viveu a historia, as manifestações que relembraram o golpe militar de 1964. Com um...