sábado, 6 de outubro de 2012

Ciclistas e Ciclovias

Às vésperas das eleições municipais deste ano, o que mais se vê no Recife são promessas de candidatos a Prefeito e Vereador, incluindo a de dotar o Recife de quilômetros e mais quilômetros de ciclovias, estimulando o uso da bicicleta como um meio de transporte popular e massivo.
O Prefeito que se despede, que teve uma administração altamente criticada, inclusive pelos  seus correligionários, resolveu no “apagar das luzes” abrir algumas ciclovias na cidade, entre as quais as que se desenharam nas Estrada do Arraial e do Encanamento, zona Norte da cidade. Há certa euforia na população, sobretudo a de baixa renda, que vem correndo para comprar sua bike e sair por aí. As casas comerciais especializadas estão de olho no novo filão. E uma fábrica montadora que existe no estado (Zummi Ind. E Com. Ltda) já se prepara para abastecer o novo mercado. Se a moda pegar mesmo, preparemo-nos porque Recife vai virar uma Pequim ou Xangai do passado. Pode até surgir alguns empreendedores que se habilitem a oferecer riquexás, uma espécie de bicicleta-táxi.
Por que não? Já experimentei essa alternativa em Pequim (foto a seguir) e, até, em Nova York. Divertidíssimo circular na 
5a.Ave. e Park Avenue da Metrópole norte-americana numa dessas jeringonças. Muitas outras cidades do mundo adotam esse sistema para atender, particularmente, aos turistas. É um barato.... Londres e Amsterdã, por exemplo, têm lá seus requixás. (foto em Londres, aí embaixo). Penso que seria legal no Recife Antigo. Garanto que haveria mercado. Vou esperar...
O uso da bicicleta é uma ideia que ocorre ou já ocorreu, muitas vezes, com pessoas que visitam cidades no exterior e voltam impressionados com a popularidade delas como meio de locomoção. Lembro que elogiei, em março passado, o uso massivo da bicicleta na cidade de Ravena (Itália), por onde passei no inicio do ano.
Na Holanda, o uso das duas rodas goza de imensa popularidade.  Lá, existem centenas de estacionamentos que comportam milhares de bicicletas. Chega a ser impressionante. Sem dúvida é um alivio para o transito das cidades.
A proposta pode ser muito interessante para o Recife. Louvo a atitude de se promover esse uso e de se prover a cidade de ciclovias. Contuuuudo, muitas outras coisas devem ser pensadas para que esse projeto se torne realidade sem que tenhamos, mais adiante, de conviver com as manchetes de jornais que vimos esta semana: duas jovens vidas foram ceifadas em trágicos acidentes de bicicletas, atropeladas por veículos de porte maior. Lembremos que não se pode, de hora para outra, mudar os hábitos e costumes no trânsito de uma comunidade. Sobretudo numa cidade/metrópole como é o Recife, com um povo tão indisciplinado e mal educado.
O Prefeito que for eleito deve estar atento para esses aspectos subjacentes que envolvem o Projeto de "Bicicletar" o Recife. Que não promova o uso simplesmente, mas encete uma grande campanha educacional, para sensibilizar tanto os motoristas, quanto os ciclistas. Afinal, não se pode sair por aí, sem compromisso e por qualquer motivo, montado numa bicicleta e enfrentar as cargas pesadas dos ônibus, caminhões, automóveis e as detestáveis “primas” motocicletas, que andam desembestadas cometendo todo tipo de asneiras por ruas e avenidas. Aliás, eis aí, outra vez, a questão da Educação. Coisa que falta no brasileiro, em geral. 
NOTA: Fotos do Google Imagens ou acervo do Blogueiro. 

4 comentários:

Rico disse...

Meu caro companheiro de blog,
Acredito que a idéia de incluir bicicletas e até motocicletas no trânsito de automóveis, caminhões, ônibus, carretas, etc. é, sem dúvida muito saudável, pois eu mesmo já fui motociclista há alguns anos. No entanto, todas as vêzes que esse assunto vem à baila eu tenho a mesma impressão de sempre que é aquela imagem que quando criança ficou marcada na memória, a de uma atração circense que se chamava 'o globo da morte'. Não sei se você já teve a oportunidade de ver esse tipo de 'show' no circo. Para mim, da maneira que o problema é encarado na nossa cidade esse tipo de transporte compatilhado como está é um verdadeiro globo da morte urbano, sem nenhuma atenuante mas com várias agravantes, pois ainda estão inseridos vários outros 'temperos' de emoção alienante que são as faixas de pedestres, semáforos, ambulâncias entre outras variáveis. Educação, nem se fala. Impunidade idem. Como isso é inevitável, creio ser cem por cento incompatível o compartilhamento desses veículos sem que suas áreas sejam estanques, protegidas por barreiras sólidas invioláveis e instransponíveis, à prova de acidentes por motivos óbvios, como você mesmo reconhece, não dá para disputar o espaço com veículos maiores ou por motos guiadas por delinquentes.
Solução? Não tenho nenhuma e sei que ninguém tem porque é como fazer uma corrida de fórmula um em conjunto com a fórmula truck, volta da França (bicicletas), moto velocidade e maratona tudo intercalado por faixas de pedestres e sem nenhuma regra pré-determinada, cada um por si.
Nesse quadro certamente eu não estarei nem aconselho a nenhum dos meus familiares a participar, ao contrário estarei assistindo pela tv, em casa.
Não sei se ajuda mas tem um artigo no meu blog sobre o assunto. Caso deseje pode visitá-lo.
(tudoporpernambuco.blogspot.com)
Saudações,
Marco Buonora

Rico disse...

Meu caro companheiro de blog,
Acredito que a ideia de incluir bicicletas e até motocicletas no trânsito de automóveis, caminhões, ônibus, carretas, etc. é, sem dúvida muito saudável, pois eu mesmo já fui motociclista há alguns anos. No entanto, todas as vezes que esse assunto vem à baila eu tenho a mesma impressão de sempre que é aquela imagem que quando criança ficou marcada na memória, a de uma atração circense que se chamava 'o globo da morte'. Não sei se você já teve a oportunidade de ver esse tipo de 'show' no circo. Para mim, da maneira que o problema é encarado na nossa cidade esse tipo de transporte compartilhado como está é um verdadeiro globo da morte urbano, sem nenhuma atenuante mas com várias agravantes, pois ainda estão inseridos vários outros 'temperos' de emoção alienante que são as faixas de pedestres, semáforos, ambulâncias entre outras variáveis. Educação, nem se fala. Impunidade idem. Como isso é inevitável, creio ser cem por cento incompatível o compartilhamento desses veículos sem que suas áreas sejam estanques, protegidas por barreiras sólidas invioláveis e instransponíveis, à prova de acidentes por motivos óbvios, como você mesmo reconhece, não dá para disputar o espaço com veículos maiores ou por motos guiadas por delinquentes.
Solução? Não tenho nenhuma e sei que ninguém tem porque é como fazer uma corrida de fórmula um em conjunto com a fórmula truck, volta da França (bicicletas), moto velocidade e maratona tudo intercalado por faixas de pedestres e sem nenhuma regra pré-determinada, cada um por si.
Nesse quadro certamente eu não estarei nem aconselho a nenhum dos meus familiares a participar, ao contrário estarei assistindo pela tv, em casa.
Não sei se ajuda mas tem um artigo no meu blog sobre o assunto. Caso deseje pode visitá-lo.
(tudoporpernambuco.blogspot.com)
Saudações,
Marco Buonora

Joao Cunha disse...

Caro Girley, seus comentários sao pertinentes. Acrescento que deveríamos aproveitar melhor as nossas calcadas, utilizando partre delas para as bicicletas, como na Alemanha onde estou. Para que servem as calcadas no Recife?

Girley Brazileiro disse...

João Cunha,
Infelizmente o Recife não dispõe de boas calçadas. São estreitas e mal cuidadas. Largas, mesmo, são pouquíssimas. Nem lembro onde...
Girley Brazileiro

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