Meehni, Willah e Gunnedoo eram três belas jovens da aborígene tribo Katoomba, na Austrália, que habitava a região hoje denominada de Blue Mountains. Conta-se que as três meninas caíram de paixão por três rapazes da tribo Nepean. Como as leis tribais não permitiam casamento entre membros de tribos diferentes os rapazes ameaçaram raptar as três irmãs, causando o maior conflito entre as duas nações aborígenes. Uma verdadeira guerra. Temendo o rapto das donzelas, o pai, que era um velho feiticeiro, transformou-as temporariamente em três montanhas de pedra, prometendo desencantá-las após vencer a guerra. Mas, o cara terminou sendo morto em combate e as meninas estão lá até hoje em pedra viva. É uma bela formação rochosa de três picos que alcançam as altitudes de 922, 918 e 906m de altura (Fonte: Google). Vide foto a seguir. Tudo isto é uma lenda, certamente, mas, vem rendendo muito, turisticamente falando. Blue Mountains fica a, mais ou menos, 120 km. a oeste de Sydney, formado por um belo conjunto de montanhas de altura media de 1.300m. E é um passeio vendido de inverno a verão. Nessa ida a Austrália, fizemos (eu, minha esposa, filhos e genro) este passeio, que durou um dia inteiro.
No caminho até a reserva das Three Sisters, duas paradas são feitas: a primeira numa reserva zoo-ecológica, onde o visitante entra em contato com as exóticas flora e fauna australianas, com destaques para os cangurus, coalas e, até, o raro (quase em extinção) demônio da Tasmânia, cuja “simpática” foto, a seguir, encontrei no Google Imagens. Ao contrário dele, o coala é dócil e lembra o bicho preguiça brasileiro. Lento, manso e mais engraçadinho.
A segunda parada foi na cidadezinha de Leura (leia-se Líura), clima de montanha, lembrando muito Campos do Jordão (S. Paulo), repleta de aconchegantes hotéis-boutiques e restaurantes, além de um comércio de artigos de vestuário para frio, cosméticos, doces e sourvenirs. Foi ali que almoçamos.
A reserva ecológica das Three Sisters, ponto alto do passeio, é indiscutivelmente de rara beleza. As pedras das três irmãs domina o cenário e as montanhas, quando faz bom tempo, se mostram de cor azulada, lembrando o próprio nome da região. A floresta da área é de monumental e luxuriante beleza. O acesso se dá por dois veículos: um funicular expresso, para uma descida ao vale e um imenso teleférico, para retornar ao alto da montanha. Palmeiras gigantescas e samambaias descomunais enchem os olhos do visitante na trilha percorrida. Um espetáculo da natureza preservada. A região, aliás, lembrou-me outra reserva, a de San Agustin, nas alturas andinas da Colômbia, onde estive, anos atrás.
O passeio de Blue Mountains é, apenas, um dos muitos que fizemos em Sydney. A cidade é um verdadeiro caleidoscópio que o visitante gira e se deslumbra com cores e formas, muitas vezes inusitadas. São praias sensacionais, marinas por todos os lados, muitas canchas de golfe (públicas e privadas), com greens espetaculares em cada bairro, parques e jardins, passeios de barcos, barquinhos e barcões, catamarãs, aquatáxis, ferry-boats, além de seaquarium, com as mais incríveis espécies marinhas, incluindo tubarões brancos (vide foto) e waterfronts sofisticados, com as mais diversas atrações. Gaivotas, muitas gaivotas sobrevoando nossas cabeças e enfeitando o ambiente. Um deleite garantido para o visitante.
Uma coisa, porém, não posso deixar de registrar: tudo relativamente muito caro, porque serviço, neste país, é sempre cobrado a peso de ouro. E, cá prá nós, é por isso que todo mundo vive bem de vida. A mão de obra é valorizada.
Outro incrível programa é a escalada da Ponte de Sydney, o Bridge Climb. O cidadão escala a ponte-ícone da cidade, enfrentando os desafios das escadas estreitas e íngremes, rampas desafiadoras, o vento sempre em forte velocidade e a altura que assusta a cada etapa da subida. Cometemos essa aventura, por insistência e entusiasmo da nossa filha. Houve momentos em que temi. Minha única garantia de sucesso era a corrente de segurança que me manteve sempre amarrado às estruturas de aço da imensa construção. Alcançar o ponto mais alto foi comemorado como uma vitória. Vide nossa foto ao lado a direita. Lá de cima, Sydney parece uma cidade de brinquedo, uma bela maquete.
Como Sydney é encravada em meio a baias e enseadas, pontilhada de ilhas e ilhotas, um dos programas mais vendidos é um passeio de barco, verdadeiros navios, com almoço ou jantar festivos. Fizemos um desses no nosso último sábado de férias. (Vide foto do barco que escolhemos, acima). Deliciamo-nos com o panorama monumental (Opera House, Ponte, a Torre, o centro bancário e os famosos habours) visto do mar, bem como as iguarias oferecidas pelo buffet de bordo, a base de deliciosos seafoods, claro. Foram inesquecíveis momentos de congraçamento familiar (esposa, filhos, sobrinho e genro).
Quando puder, visite Sydney, considerada como um dos melhores lugares do mundo para se viver.
NOTA: As fotos são do Google Imagens e do Arquivo Pessoal do Blogueiro
sexta-feira, 11 de março de 2011
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5 comentários:
AMIGO GIRLEY!!!
ADOREI SABER UM POUCO MAIS SOBRE O CONTINENTE AUSTRÁLIANO E VOCÊ É UM EXPERT NO ASSUNTO.
ANGELA BARRETO
Bom dia, Girley!
Li, com extrema atenção, que resultou em prazer, essa sua postagem, especialmente por que diz respeito ao meu ofício de construtor de caleidoscópios que sou, há quase 50 anos.
Leitura bela, fácil e que traduz muito do caleidoscópio de suas emoções nas terras australianas.
Que D'us continue iluminando os seus caminhos de viajante e contando para a gente coisas dessas terras dos longes do nosso pernambuco nordestinado.
Felicidades por tus viajes por el mundo, esta horrible el tazmania.
Que te sigas divirtiendo,
Isabel Badillo (Mexico)
Boa tarde professor,
Adorei sua postagem, imaginei paisagens belíssimas, bichos incríveis, cores mil, mas... o paraíso para sempre não cansa não?
Esqueceu sua terrinha foi, cadê o nosso Girley que no próprio nome já diz de onde veio?
A Austrália pelo que o Sr. escreveu já atingiu a perfeição, logo, não precisa mais do senhor do que nós brasileiros, nordestinos e mais especificamente pernambucanos.
Aguardamos seu retorno.
Grande abraço pernambucano,
Danyelle Monteiro
Estimado Girley,
Além de ser muito gratificante o contato com um Mundo diferente e bastante atraente é poder fazer tudo isto junto aos seus.Esta viagem perante as inumeras realizadas por você se sua digna esposa com certeza terá um significativo maior, cujas lembranças se perpetuarão dentro de cada um de vocês. Acompanho suas viagens e andanças com muito interesse. Sinto-me integrante na mesma comitiva. Inclusive sou estimulado a começar usufruir também deste relax momentos de prazer e encantamento. Não tão longe, mas já iniciei minhas caminhadas, neste periodo, antes e durante o Carnaval. Serviu com uma Introdução. Voltarei com a Graça de DEUS a viajar em Abri/Maio e no final deste ano. Depois da saúde nada melhor e compensador. A Austrália se já era o meu desejo anterior de conhecê-la passa a ser agora uma imposição, diante das suas sempre mnaravilhosas e inigualáveis dissertações.Transmita meus cumprimentos a familia e para você um forte e fraterno abraço,do amigo e admirador,Fernando da Costa Carvalho
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