Lembro que, todo ano, meu pai nos mobilizava para assistir ao desfile militar, que assistíamos com o maior respeito e atenção. Durante a semana que antecedia, participávamos de comemorações na escola e o pavilhão nacional era hasteado toda manhã, ocasião em entoávamos os hinos da Independência e Nacional.
Atualmente, ninguém faz mais isto. A única coisa que se foca é o fato de que haverá um dia feriado, para ir à praia, porque a partir de então já é verão na região. E uma lástima que se tenha perdido estes hábitos do passado. A meninada atual, mal sabe o que significa pátria, patriotismo, nacionalismo e civilismo. Se inquiridos, acharão tudo muito estranho.
Acho que essa apatia se deu depois dos anos de repressão. Ir ao desfile militar e festejar a o Dia da Pátria seria uma forma de chancelar o governo ditador. A população foi se afastando e, até hoje, não voltou em massa, como dantes.
Estas minhas conclusões foram provocadas por um passeio que fiz na última 4ª. Feira pelas ruas de Ipanema, no Rio, onde estive rapidamente. Fim de tarde e, de repente, dei de cara, em plena Praça da Paz, com a escultura de uma vaca completamente coberta de mini-bandeiras brasileiras. Achei, no primeiro momento, uma coisa insólita. Como centenas de bandeirinhas brasileiras foram parar ali? Por que?
Intrigado com aquilo, embora conhecendo esse tipo de escultura que se espalha pelas grandes cidades, mundo afora, continuei minha caminhada carioca. Poucos metros depois, vi-me, diante da vitrine de uma boutique, com inúmeros artigos, acessórios de moda feminina, tudo em verde e amarelo e cheios de bandeirinhas do Brasil. Foi quando cai na real: estamos na semana da pátria! E, de algum modo, estão comemorando! Mesmo que enfeitando uma vaca esculpida em ferro e cimento ou tentando vender moda verde-amarela.
Pois é, já está na hora do brasileiro começar a celebrar o 7 de setembro, de forma devida, dentro do Brasil. Digo dentro porque, em Nova York, a brasileirada fecha a Rua 46 (Little Brazil) e a 6ª. Avenida e faz um carnaval de arromba. O Edifício Empire State ilumina sua imponente torre com as cores do Brasil.
Lá mesmo, nos Estados Unidos, os norte-americanos festejam o dia da Pátria, todo 4 de Julho, com festas de canto a canto do país. São célebres as grandiosas queimas de fogos, na noite do Independence Day. Todo mundo hasteia sua bandeira, veste-se de Blue, White, Red, e festeja o dia inteiro com amor e orgulho.
Na França, nem se fala. Não existe povo mais patriota e nacionalista do que o francês. Há quatro anos passei o 14 de Julho, em Paris. O povo, desde a véspera, vai às ruas, dançam e bebem, a noite inteira, e na manhã seguinte comparece em massa ao desfile militar, na Avenida Champs Elisée. É uma verdadeira apoteose. Os festejos são encerrados, à noite, com uma formidável queima de fogos no entorno da Torre Eiffel. Um espetáculo inesquecível. Aliás, eu não vou esquecer jamais esse dia, porque, por coincidência, 2005 foi o ano do Brasil na França. Paris estava enfeitada com bandeiras da França e do Brasil. Lula, apesar da crise do mensalão, prestigiou os festejos e a esquadrilha da fumaça da Força Aérea Brasileira, fez um desfile aéreo sobre Paris, deixando um rastro de fumaça verde-amarela e bleu, blanc, rouge. Emocionante para o pau-de-arara. Não, Lula não! Eu mesmo. Precisamos resgatar e cultivar nosso amor à Pátria e comemorar de forma mais digna nosso 7 de Setembro. Afinal, sempre teremos motivos para isto.
O Grito dos Excluídos, que acontece a cada ano, desde os anos 90, pode acontecer também. Acho legitimo, porque estamos numa democracia. Mas, será esta a única forma de passar por um 7 de Setembro? Onde anda nosso patriotismo?
Pois é, já está na hora do brasileiro começar a celebrar o 7 de setembro, de forma devida, dentro do Brasil. Digo dentro porque, em Nova York, a brasileirada fecha a Rua 46 (Little Brazil) e a 6ª. Avenida e faz um carnaval de arromba. O Edifício Empire State ilumina sua imponente torre com as cores do Brasil.
Lá mesmo, nos Estados Unidos, os norte-americanos festejam o dia da Pátria, todo 4 de Julho, com festas de canto a canto do país. São célebres as grandiosas queimas de fogos, na noite do Independence Day. Todo mundo hasteia sua bandeira, veste-se de Blue, White, Red, e festeja o dia inteiro com amor e orgulho.
Na França, nem se fala. Não existe povo mais patriota e nacionalista do que o francês. Há quatro anos passei o 14 de Julho, em Paris. O povo, desde a véspera, vai às ruas, dançam e bebem, a noite inteira, e na manhã seguinte comparece em massa ao desfile militar, na Avenida Champs Elisée. É uma verdadeira apoteose. Os festejos são encerrados, à noite, com uma formidável queima de fogos no entorno da Torre Eiffel. Um espetáculo inesquecível. Aliás, eu não vou esquecer jamais esse dia, porque, por coincidência, 2005 foi o ano do Brasil na França. Paris estava enfeitada com bandeiras da França e do Brasil. Lula, apesar da crise do mensalão, prestigiou os festejos e a esquadrilha da fumaça da Força Aérea Brasileira, fez um desfile aéreo sobre Paris, deixando um rastro de fumaça verde-amarela e bleu, blanc, rouge. Emocionante para o pau-de-arara. Não, Lula não! Eu mesmo. Precisamos resgatar e cultivar nosso amor à Pátria e comemorar de forma mais digna nosso 7 de Setembro. Afinal, sempre teremos motivos para isto.
O Grito dos Excluídos, que acontece a cada ano, desde os anos 90, pode acontecer também. Acho legitimo, porque estamos numa democracia. Mas, será esta a única forma de passar por um 7 de Setembro? Onde anda nosso patriotismo?
Nota: Fotos do Blogueiro (a da vaca em Ipanema) e do Google (Paris)
10 comentários:
Gileiy, bom dia!
Exatamente no dia 7 último estive no Morro dos Guararapes. Lá existe uma dependência do Exercito que todos brasileiros deveriam conhecer. Fiquei sabendo por intermédio de um militar que a palavra Pátria, foi utilizada pela primeira vez na expulsão dos Holandeses. Também a palavra Exército. O Exército promove uma verdadeira aula de história no local. Se você e seus leitores não conhecem, é bom conhecer e divulgar em seu blog. Tenha um bom domingo, José Mário
Gileiy, bom dia!
Exatamente no dia 7 último estive no Morro dos Guararapes. Lá existe uma dependência do Exercito que todos brasileiros deveriam conhecer. Fiquei sabendo por intermédio de um militar que a palavra Pátria, foi utilizada pela primeira vez na expulsão dos Holandeses. Também a palavra Exército. O Exército promove uma verdadeira aula de história no local. Se você e seus leitores não conhecem, é bom conhecer e divulgar em seu blog. Tenha um bom domingo, José Mário
Girley
Há muito tempo atrás o falecido senador Teotônio Vilela chamava a nossa atenção. Ninguém sabia o que significava Pátria. Hoje, a doença piorou. Ninguém sabe quem foi o senador Vilela. Uma pena!
Hugo
Amigo Girley,
Você está certissímo, mas a culpa maior é do povo, Veja o Carnaval e o Futebool, eles não precisam de incentivo para ir às ruas e comemorar. Parabéns! gosto muito do que escreves. Agradeço o comentário do meu Blog. Abraços. Ina Melo
Girley, o seu comentário foi simplesmente adequado, uma vez que observamos a
cada dia a alienação das pessoas nos assuntos atuais, quanto mais nas datas comemorativas.
Na nossa época de colégio aprendiamos a cantar os hinos Nacional, Independência, Pernambuco, etc. hoje os programas de TV pagam a quem cantar o Hino Nacional e
olha lá, demora ...e muito, aparecer alguem que saiba cantar é uma vergonha, mas o que
fazer? Isso é uma vergonha.
Um grande abraço da prima,
Vera Lúcia
Girley, quando menino, lembro de cantar na escola o Hino Nacional diariamente antes de ir para a sala. As escolas realizavam desfiles no bairro, com o apoio da comunidade. Pelo que sei, isso não acontecia somente em Porto Alegre. O fato é que estamos matando aos poucos o orgulho pela Pátria. Divulgam-se os escândalos no Senado, as falcatruas das empresas e a imagem do Brasil nos é vendida como um País em que, com jeitinho, tudo é possível. Também concordo com alguns pontos de vista expostos em seu Blog. Não culpemos o Presidente, a Mídia ou quem quer que seja. Quem faz uma Nação ser grande é a grandeza de seu povo.
Um forte abraço,
Vitor Hugo
Caro companheiro Girley,
Não há motivos para a sua preocupação. A comemoração é feita com o coração do povo e não assistindo desfiles militares. Tenho preocupação é com o patriotismo que só conduziu o mundo as guerras por poder.
Do mesmo modo o “grito dos excluídos” não é tema próprio para agredir uma data de tamanha magnitude – independência do brasil.
Por traz deste movimento há interesses políticos disfarçados.
Mas, no caso da Vaquinha carioca, com as bandeirolas verdes e amarelas que por sinal estava linda.
VOCE fotografou pela criatividade de um carioca,sabidamente origem e tradição cultural Pernambucana.
As cores da nossa linda Bandeira Nacional encheram os olhos do país e foram exibidas por mulheres crianças e alguns homens.
Pernambuco deveria comemorar com a população participando de um carnaval com muito frevo e brincadeiras para crianças e jovens.
Não sinto falta de o desfile militar e dele nunca fui participar. E um saco. Sem o carnaval o melhor são as praias.
Abraços, Carlos Antonio
É Girley,recordo que há anos atrás a Av.Conde da Boa Vista,aonde acontecia o desfile de 7 de setembro, ficava repleta e quem quisesse ficar bem localizado, teria que chegar cedo.Hoje,hummmmmmmmmm, 7 de setembro é como você mesmo falou,visto como um simples feriado e como o dia oficial da abertura do verão.As praias, sim, essas ficam lotadas!
Grande abraço.
Wilma.
Caro Girley,
De fato, sua preocupação é muito pertinente. Patriotismo, civilidade, cidadania, são conceitos cada vez mais desconheddos das pessoas, principalmente as mais jovens.
Este ano, atendendo à pressão de alguns cidadãos, através da deputada estadual terezinha Nunes, o Governador Eduardo Campos decretou o 6 de março como data magna de Pernambuco. Ninguem sabe que data magna é essa. Os empresários, inclusive a Fiepe e alguns sindicatos, se mobilizaram contra ela em função de ser mais um feriado a atrapalhar a produtividade dos negócios. Estudantes e funcionários acharam ótimo mais um dia para fazer nada, mesmo sem saber que dia é esse.
Pernambuco deu um grito de República antes da revolução francesa e antes da independência dos Estados Unidos. O vereador de Olinda Fernando Santa Cruz está se empenhando em mobilizar a caomunidade para comemorar os 200 anos do feito de Bernardo Vieira de Melo, um assassino, cruel matador de negros, mas que inspirado pela energia que anos depois moveu os motores que promoveu a queda da bastilha, deu o grito de república em 1710.
A inércia dos homens de bem é bem mais comprometora que a mobilização dos homens do mal, como dizia Luter King.
Seu texto tem valor pela provocação. Vamos ver se ele provoca mesmo alguma ação.
Interessante que o texto me fez relembrar alguns momentos da minha infância, nos quais se prezava pelo respeito à pátria, comparecimento aos desfiles e o hino nacional estava sempre presente no ambiente escolar. Passados esses anos, e olha que não foram há muito tempo, não me lembro de participar de nenhum ato do tipo...não recebi mais incentivo para tal e posso dizer que me acostumei com isso. Pode ter certeza de que estou pensando sobre o assunto e imaginando o que posso fazer de diferente.
Grande beijo! (Rapha)
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