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segunda-feira, 25 de agosto de 2025
Salve o negro brasileiro
Meu último post foi portador da minha confissão de impaciência e perplexidade com o quadro politico nacional nesses tempos recentes. A coisa, como pode facilmente ser constatada, saiu do controle e de forma inusitada. A sociedade está desencantada e cansada da bagunça instalada. Ninguém suporta mais a inútil polarização politica, a insegurança pública, bem como a jurídica, a sempre viva inflação e tudo mais que negue a tranquilidade nacional. Pior, ainda mais, é assistir as influências externas que estamos sofrendo no nosso dia-a-dia como poucas vezes ocorreu, ameaçando a soberania nacional e destruindo a tradicional e respeitada diplomacia forjada por Rio Branco. Mesmo considerando que o mundo “encolheu” deitado numa rede mundial de relacionamentos formais, fico pasmo com tantas guerras, desentendimentos entre povos e nações, apontando para um futuro sombrio aqui e acolá. De nada valeu, e recordo por oportuno, a esperança que reinou, no pós Segunda Grande Guerra, quando criada a Organização das Nações Unidas, hoje levada a trote e com prestigio limitadíssimo. Tempos estranhos e difíceis, no qual os aspirantes ao papel de conciliador são enxotados pelos que se aproveitam das efêmeras vantagens de passageiros dos bondes chamados de Poder. Mas, paciência... Este não é tema de pauta de hoje. Seria até redundante continuar nesta conversa. Como o desestimulo que venho enfrentando também tem limites não resisti à provocação desta semana. Estou pasmo com o recente “pronunciamento politico” do cidadão que, a maioria do eleitorado brasileiro colocou, mandando e desmandando, no Palácio do Planalto, em 2022. O dito político experiente e “pai dos pobres”, na sua “fluência arrebatadora” largou uma das suas pérolas que costumam brotar dos seus reais sentimentos (Sorocaba, interior de São Paulo, 21/08/2025), consagrando uma das suas verdadeiras visões de povo. Inacreditável. Contudo, real. “Como pode um desdentado e, ainda mais, negro compor um material publicitário do Governo Brasileiro?” Foi a dolorosa questão do Presidente da Republica tendo às suas mãos um exemplar do material, num evento politico, destinado a promover feitos do seu Governo. Mandou destruir, na hora. Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Na declaração, o presidente chegou a perguntar a membros do governo se achavam bonito colocar um homem negro sem dentes em um material publicitário governamental.
Podia nem ser bonito mesmo, mas, não precisava frisar que era um negro. Um homem desdentado e pronto! Foi demais. Contudo, foi oportuno porque, afinal ninguém consegue enganar um povo, por todo tempo. Negar a existência de indivíduos negros no Brasil é negar às raízes da cultura nacional e ferir sem dó tantos valores intelectuais que contribuíram para a grandeza desta Nação. É negar aos milhões de eleitores que confiaram, e acreditam até hoje, num “líder” que posa de Salvador da Pátria. Ah, não! Paciência tem limites. Tomo as dores de um povo que nos trouxe e preservam, depois de séculos, valores culturais inestimáveis, não obstante pressões como esta em tela, desde suas crenças religiosas e espiritualidade criando religiões afro-brasileiras como o Candomblé e a Umbanda transformadas em legítimos sustentáculos da diversidade religiosa nacional, além de passar pela música, pela literatura, ciências e culinária. Negar a matriz cultural africana brasileira é o maior testemunho de ignorância de um individuo que não vive sem ritmos como o samba, o maracatu e a capoeira. Que não dispensa as iguarias culinárias que invadiram as mesas dos brancos, vindas das oprimidas senzalas. Chega de preconceitos! Salvemos os negros brasileiros que zelam, resistentemente, pelas suas identidades e seu orgulho de brasilidade. Foi doloroso Seu Lula!
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