Tudo nasceu do idealismo do fantástico casal formado pela pianista pernambucana Ana Lucia Altino Garcia e seu marido, o Maestro Rafael Garcia, chileno de nascimento e pernambucano de direito e coração, ambos amantes e mestres da boa música erudita.
Há dez anos, cientes da carência, por este gênero musical, reinante entre os pernambucanos, este casal de mestres decidiu transformar o Recife num ponto de encontro anual de uma plêiade de grandes astros da música clássica mundial, para uma jornada de apresentações e concertos, revolucionando o meio cultural da província.
A partir de então, toda vez que se fala em música erudita e concertos sinfônicos, no Recife, a primeira coisa que vem à mente é o Festival Virtuosi. Pensando bem, a história desse gênero musical, na capital pernambucana, pode ser descrito em duas fases: antes e depois do Virtuosi.
Acompanhar este Festival é experimentar de uma pura imersão no que há de mais seleto e autêntico no mundo da musica clássica.
Uma das coisas mais interessantes é que a cada ano os promotores fazem uma homenagem justa aos valores da terrinha. Assim, já foram homenageados: Marlos Nobre, o exímio pianista pernambucano; Antonio Menezes, violoncelista fantástico, que depois de imenso sucesso no exterior, tornou-se conhecido entre nós, graças ao Virtuosi; Maestros Clóvis Pereira e Duda, que, para surpresa do grande público, foram mostrados como compositores eruditos, diferente das famas de carnavalescos e, por fim, o percursionista Naná Vasconcelos, homenageado de 2008, que terá a oportunidade, imagino, de se apresentar em grande estilo, com a Grande Sinfônica Virtuosi. Espero ansioso por essa noite.
Não vejo a hora, também, de assistir as performances de nomes internacionais como: Bjarne Hanse, espala da Sinfônica Odense; o “monstro” no contrabaixo, Catalin Rotaru, Docente da Universidade do Arizona, com lugar cativo no Virtuosi; o “louco” do trombone, que é Christian Lindeberg, o mais famoso do mundo, na atualidade, de volta ao Recife; Ilya Gringolts, prêmio Paganini de 1998, com seu violino; os filhos do casal Garcia, Rafael (Viola) e Leonardo (Violoncelo) Altino, que não negam a máxima popular de que “filho de peixe, peixinho é”; a doutora em Violino Soh-Hyun Park, coreana, professora e chefe do Departamento de Cordas, da escola de Musica da Universidade de Memphis e, outra vez, o exuberante e virtuoso pianista filipino Victor Asunción, que tantos aplausos colheu na temporada de 2007. Tem, ainda, Antonio Meneses (Violoncelo), Marlos Nobre (Piano) e Clóvis Pereira Filho (Violino), gente da terra, que faz sucesso lá fora. Há outros nomes, tão importantes quanto os já citados, mas meu espaço não caberia comentar sobre todos eles. Fico devendo. E os leitores vão ter oportunidade de conferir.
Por fim, naturalmente que vou querer aplaudir muito, e de pé, a dupla dinâmica, Rafael Garcia e Ana Lúcia Altino. O que seria de nós, pernambucanos, se não fosse a garra e a coragem destes dois loucos maravilhosos, que vivem da música e para a música e, todo dezembro, transformam o Recife na capital brasileira da música erudita. Obrigado aos dois! E, atenção, porque é para agendar: Festival Virtuosi de 2008, Teatro de Santa Izabel, a sala de visitas do Recife, de 17 a 21 de Dezembro.
Notas: Sugiro clicar no banner ao lado e conhecer a programação completa do Virtuosi 2008.
Foto: Virtuosi.com.br
Um comentário:
Gi
Vc. está me matando de inveja. Adoraria está ai para participar desse festival. Curta o Virtuosi tv. por mim
bjs lulu
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