Se
há um assunto que foi muito debatido nesta campanha política brasileira de 2018 é o da Democracia. Isto porque há, indiscutivelmente, um suposto temor geral sobre os
riscos que estamos correndo de uma ruptura do sistema, seja vencedor A ou B. Sobretudo
nesta fase do segundo turno. O candidato do PT (Fernando Haddad –
preposto de Lula, preso em Curitiba) vende a imagem de democrata, embora que alimente concreta simbiose
com todos os ditadores sul-americanos e alguns africanos e insista na tese de que o candidato
do PSL (ex-Capitão Jair Bolsonaro) seja um admirador da ditadura militar e, como tal, disposto a
retroceder aos idos de 1964.
Dividida, a sociedade entrou em estado de perplexidade embora disposta a “acertar as contas” no voto, dia 28 próximo. Isto, aliás, democraticamente! Claro, porque aqui existe o debate, as trocas de insultos, desafios e, por fim, uma eleição decidida no voto popular. Portanto, é uma real Democracia.
Dividida, a sociedade entrou em estado de perplexidade embora disposta a “acertar as contas” no voto, dia 28 próximo. Isto, aliás, democraticamente! Claro, porque aqui existe o debate, as trocas de insultos, desafios e, por fim, uma eleição decidida no voto popular. Portanto, é uma real Democracia.
Historicamente, nunca foi fácil nivelar opiniões divergentes, seja qual for a
circunstância. Se existir radicalismo num ou mais grupos litigantes a busca do
nivelamento pode produzir conflitos incontornáveis e muitas vezes irreparáveis. Por princípio democrático, prevalece sempre a tese da maioria. Teoricamente
é neste regime que se espera haja a possibilidade de se chegar a um
desejado nivelamento de opiniões em benefício do grupo social objeto da lide. Contudo, nem sempre há o desejado nivelamento.
Isto é aplicado, até mesmo, num ambiente familiar.
Em
recente debate pela TV, assisti ao então candidato à presidência da Republica,
Ciro Gomes, resumir em poucas palavras sua opinião a propósito do
sistema, afirmando que “a Democracia é
uma delicia, mas tem certos custos”. É verdade. Concordo com ele. É o que
estamos vendo neste momento brasileiro. O custo é muito alto porque provoca
dores profundas na sociedade. Com uma Democracia relativamente jovem e com o
país mergulhado numa profunda crise moral-político-econômica, a busca por um
concerto harmonioso da sociedade tem rendido um amargo processo.
À
medida que a corrida eleitoral se aproxima do fim, isto que chamo de dores da
Democracia se impõem de modo violento e um estresse coletivo sufoca cidadãos
e cidadãs mais ligados, resultando em "fraturas expostas" entre os partidos
políticos, sociedades organizadas, grupos sociais e até entre integrantes de
famílias, antes tranquilas. A incerteza do futuro, o medo e o ódio tomaram conta dos indivíduos
e até aqueles que nunca, ou pouco, se ligam em assuntos de política liberam as feras que
habitam suas peles dando vazão à discussões acaloradas, improdutivas e, sobretudo,
prejudiciais à união, aos bons hábitos e costumes e, finalmente, à Nação. Para mim que acredito piamente que nunca
haverá Ordem e Progresso, como manda nossa flâmula, se não houver células
familiares unidas e integradoras da unidade nacional é uma dor. Claro que parto do princípio que as famílias são elos que fortalecem a Nação.
No meio dessas discussões encontrei, outro dia, uma afirmação do critico e escritor português Miguel Esteves
Cardozo, muito própria para o que venho conferindo entre nós brasileiros, que
diz: “os verdadeiros democratas não são
aqueles histéricos que exigem isto e reivindicam aquilo, que dizem que
precisamos de não sei quê e que vamos todos morrer estúpidos se não fizermos
não sei que mais. São (ao contrário) os que vivem e deixam viver. São os que respeitam as
opiniões, as excentricidades e as manias dos outros, sem ceder à tentação de os
desconvencer à força.” Vejo este comportamento antidemocrático frequentemente entre nós. Mesmo entre membros de famílias, o que é mais doloroso. Ora, as eleições passam e as dores custam a ceder. Não é simples viver numa Democracia, sobretudo para quem se posiciona como dono da
verdade.
Diante disso tudo, vem uma pergunta que não cala: será que o brasileiro está preparado para viver numa genuína Democracia? Eis a
questão! Segundo o educador Anísio Teixeira, “só
existirá democracia no Brasil no dia em que se montar no país a máquina que
prepara as democracias. Essa máquina é a da escola pública”. Cá pra nós, é um formidável desafio para quem vier a ocupar o Palácio do Planalto. E, claro, para todo brasileiro de são juízo.
Então, coloquemos nossas cabeças em ordem para decidir
nosso destino, sabendo que a nossa arma é o voto. No próximo dia 28, vote com consciência, espantando as dores que
a Democracia lhe provoque.
NOTA: A ilustração foi obtida no Google Imagens
5 comentários:
Muito bom.
Excellent text!! Vou abrir no meu computador!!! 😃
Oi Girley!!!
Adorei este artigo!!!
Gilvany Brasileiro
Girley
Muito sensato o seu texto. A situação política do Brasil chegou a tal ponto que nenhum homem de real categoria moral e intelectual, e nós temos muitos, se dispôs a assumir a direção do país. Os problemas são muitos, mas não há problemas sem solução. Assim, nos restou ficar entre a cruz e a caldeirinha. Se fugir o bicho pega, se ficar o bicho come (não me refiro ao apto em Brasilia de um candidato). Dos dois candidatos restantes, um nos oferece o obscurantismo e o outro o possível retorno às experiências passadas, que nem sempre deram certo. O quê fazer? Na minha opinião o brasileiro deveria se abster de votar como uma forma de protesto. Mas não será assim porque o sentimento de ódio foi implantado e a eleição virou rejeição. O que vem por aí, nem Deus sabe.
O ÚNICO QUE SABE ONDE VAMOS PARAR POLITICAMENTE E SOBRE O FUTURO DO NOSSO BRASIL SÓ DEUS SABE.
ESTOU DIZENDO ISSO PORQUE EU LI UM COMENTÁRIO, ONDE ESCREVERAM : O FUTURO
(NEM DEUS SABE
ANTONIA
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