O ano está
terminando e já vai tarde. Foi difícil pra caramba. Muita gente se perdeu no
meio do caminho, inclusive aqueles que se julgavam imunes à crise e, até agora,
buscam a saída. Ricos e poderosos foram parar no xilindró. Pobres, coitados,
estão mais pobres por conta do abandono do Estado e muitos por conta do
desemprego. O país entrou em seguidas convulsões. Pelo meu retrovisor ainda
enxergo muito sujeito metido a dono do mundo sendo atropelado pela Lavajato e caindo
nas garras da Policia Federal. E a Nação está mergulhada até o pescoço no mar
da decepção e do descrédito.
Numa época
em que olhamos pelo retrovisor e, ao mesmo tempo, buscamos caminhos para
ingressar num novo ano com mais vigor e esperanças é impossível não se apartar
dessas maluqueiras que assistimos e que não param de surpreender. Ainda existe
muita coisa sem reposta plausível.
A esta
altura de Dezembro, quando os sinos do Natal sugerem um tempo de paz e os
augúrios para um Novo Ano são indispensáveis, fico matutando e imaginando a
respeito deste 2018 que se aproxima. Como será que vamos transpô-lo? Não quero
ser pessimista. Longe de mim. Mas, também, está fora do meu jeito de ser ficar
dando uma de alienado.
Sendo assim,
ando preocupado com o desenrolar de alguns eventos anunciados, como Copa do
Mundo e Eleições gerais. Pense que caldo essas duas coisas vão produzir no novo
ano. Haja emoções.
Na Copa,
segundo dizem, os Cartolas da famigerada FIFA já se comprometeram de fazer o
Brasil Campeão. Ou seja, corrupção explicita. Esses caras são descarados. Que
graça vai haver numa coisa dessas? Mas, o brasileiro que está habituado à
corrupções continuas vai achar normal e legal. Os políticos vão deitar e deslizar
nessa maionese. E o pior, mesmo sabendo dessa tramóia, vou torcer pelos
canalhinhos (o corretor de texto está insistindo que eu corrija e escreva
canarinhos!) dando uma de tô-nem-aí.
Afinal, pelo que dizem, foi sempre assim... Vendemos a Copa de 14 para os
alemães e compramos a da Rússia por antecipação. Será que vai ser assim mesmo? Vamos
esperar para conferir.
Quanto às
eleições gerais são outros quinhentos. Essa panela, que é de alta pressão, pode
até explodir. Estou preocupado. Olhando, outra vez, pelo retrovisor me admiram
essas pesquisas que vêm sendo divulgadas nas redes sociais dando vitória
liquida e certa para o “Sapo (corruuuuuupto) barbudo” – que Deus nos livre – ou
para o Boçalnaro – que Ele nos livre, também – são diagnósticos que arrepiam
qualquer sujeito de são juízo. Onde vamos parar? Que dilema se essas duas
figuras forem ao segundo turno! Prefiro não acordar desse pesadelo.
Pobre
Brasil, triste Nação. Desconjuro,
como diziam vovó! Aí, minha gente, na altura dos meus avançados tempos, só vislumbro
duas alternativas: chorar ou rir. Chorar por não haver assistido – até agora –
a consolidação do meu Brasil com Ordem e Progresso e rir por haver escapado das
atrocidades que esses políticos indecentes me submeteram. Tem horas, que
prefiro quebrar o retrovisor. Por exemplo, quando lembro do presidente
Collorido, caçador de marajás, que com a viúva de Chico Anísio surrupiaram minha
poupança (naquela ocasião eu havia aplicado o apurado na venda de um valioso imóvel!)
deixando-me com uma mixaria na conta. Nem sei como não enfartei naquela hora.
Apesar disso
tudo estamos firmes e fortes. O Brasil é muito maior do que esses salafrários e
parece que Deus é mesmo brasileiro. Simbora
prá frente! Que venham 2018!
NOTA: Foto obtida no Google Imagens
6 comentários:
Como sempre, objetividade nas críticas construtivas. E o danado é que o Sapo Barbudo já está prometendo "isentar do IR todos que ganhem até 5 mil reais ao mês". Ou seja, engloba fácil a imensa corja que o elegeu. Teu texto sintetiza maracutaias por todas as banda... Alea Jacta Est !!!
Amigo , como sempre a lúcida e preocupante reflexão . Um grande abraço.
Dulce Nadruz
Primo tem razão a cada dia mais um roubo é descoberto estou com um firme propósito não eleger nenhum político que já tenha assumido um cargo público ou que tenha sido eleito alguma vez na vida ou seja parente em primeiro grau de outro político.
António Carlos Neves
Parabéns, irmão comunicador, de visão global e influencia multicultural !
Leonardo Sampaio
Qual futuro deixaremos para nossos netos?
A solução e escolhas nos pertencem e 2018 é o ano de mudar o quadro político e funcional do Brasil. Vamos levar muito a sério a nossa forma de votar...
Afinal na hora de votar temos o dever de voltar o nosso olhar para o retrovisor e não repetir os mesmos erros e escolhas.
Não podemos nos permiti sermos enrolados por palavras bonitas e nem promesas mirabolantes.
A solução é nossa.
Elda Galvão
A última alternativa é esperar pra ver!
António José de Melo
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