quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Uma semana desastrada

Os dias recentes não foram fáceis. Foi uma semana pesadona. Aliás, os dias recentes e os muitos antecedentes. Assistir aos noticiários da TV, do rádio, ler os impressos ou acessar qualquer outro veículo de comunicação tem sido um verdadeiro exercício de estresse ou resignação diante das tragédias que rolam aqui, ali e acolá. Ideal mesmo seria seguir o conselho dado, na TV, pelo Presidente da John Deere do Brasil, Paulo Herrmann, em recente evento no Rio G. do Sul: “pare de assistir a TV, radio e ler os jornais e passe a acreditar mais no que você pode fazer. Este país que é mostrado nesses veículos de comunicação não nos pertence. Unamo-nos para retomar os destinos deste país de futuro”. Admiro essa ideia, mas, tenho imensa dificuldade de me desligar do Brasil que rola perto de mim e é estampado sem piedade na mídia. A John Deere é líder mundial na produção de máquinas e equipamentos agrícolas, com importante unidade no Brasil.
Enquanto não consigo adotar a sugestão do empresário, vou levando e fazendo meus comentários nas postagens semanais. Como estava dizendo, a semana passada foi uma sucessão de tragédias, desacordos  diplomáticos e convulsões politicas para deixar qualquer ser racional e de são juízo em estado de alerta, para não dizer de pânico. Imagine que até o fim do mundo foi anunciado! Como acompanhar essas coisas de forma passiva? Comigo não funciona. Sinto temores. Por que não? Sou humano, tenho sistema nervoso atuante, sangue nas veias, coração “remendado” e disposto, além de mente aguçada. Afinal, penso. Então estou vivo.
Como dormir tranquilo sabendo que dois proeminentes mandatários, com atitudes de loucos, trocam insultos ofensivos, ameaçam a paz e o equilíbrio universal? Como ficar alheio às noticias de que aquele norte-coreano segue lançando mísseis experimentais de longo alcance e efeitos destruidores?  Estamos longe deles, mas, uma decisão açodada nos jogará numa hecatombe universal.
Ao mesmo tempo, a Natureza em espasmos atabalhoados resolve soprar ventanias mais fortes que as de costume e, de modo furioso, varre países, cidades e seres humanos da face da Terra, deixando saldos dolorosos, castigando povos já sofridas em face das suas pobres e renitentes condições de vida. Esses furacões de setembro – Irma e Maria – na parte tropical do Hemisfério Norte assustam e comovem, enquanto enchem de pautas a mídia internacional. As imagens são chocantes. Também, com os modernos e rápidos meios de comunicação essas cenas são transmitidas ao vivo e a cores deixando o mundo em estado de perplexidade.
Pobres e arrasados por capricho da natureza
Como se não bastassem as varreduras de Irma e Maria, a Mãe Terra, parecendo tremer de medo destas duas “senhoras” agitadas, resolve fazer uma “reforma de piso”, reajustando suas placas tectônicas, no lado Ocidental da América do Norte, provocando um transtorno sem tamanho preciso em dois pontos do território mexicano.  Ora, meu Deus! Por que tudo isso de uma só vez? Atento a todas essas movimentações acima do Equador, confesso que não tive muita paz de espírito, nesse tempo tumultuado.
Prédios inteiros desabados 
Tenho vários amigos no México e não sosseguei enquanto não obtive noticias de cada um. Alguns sofreram abalos físicos e emocionais inesquecíveis. Agora são vidas marcadas pela tragédia. Vidas amigas que, por sorte, salvas em meio a esse desmantelo coletivo. As imagens que chegaram até nós e no restante do mundo foram e ainda são aterradoras. No balanço provisório sabe-se que vidas foram soterradas, famílias inteiras apagadas, com seus projetos e ilusões, sumiram em meio a poeira levantada das crateras abertas, prédios, casas e grandes edifícios desmoronados. Dói muito saber que vidas inocentes desapareceram para sempre como as daquela escola onde quase trinta crianças morreram sob os escombros.
Vidas, patrimônios perdidos no meio escombros e muita poeira.
Mas, aqui em Casa as coisas não foram nada fáceis, também. Fora a guerra suja que se trava ininterruptamente em torno do Palácio do Planalto, tivemos o deflagrar de uma “guerrinha civil” na Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, que rola até hoje e causa preocupações infinitas, visto que pode contaminar inúmeras outras praças do país, nas quais o crime, o tráfico de drogas, roubos, assaltos e latrocínios grassam sem limites. É, minha gente, a insegurança se espalha rapidamente e já é quase endêmica em muitas das grandes e médias cidades brasileiras. Os governos locais e o Federal se mostram impotentes para impor a ordem. As forças policiais estão desmoralizadas e eivadas de corruptos nas suas fileiras e as forças armadas – convocadas para operações extraordinárias – são desafiadas pelos bandidos armados até os dentes e muitas vezes melhor equipados. É uma luta desigual e preocupante.
Guerra Civil travada na Rocinha
Será esse o Brasil que o empresário, citado no inicio do post, falou não ser nosso? Sei não! Continuo achando que é nosso e que somos responsáveis por não sabermos escolher nossos governantes.
Vou finalizar desejando que venham semanas de paz nos céus e na Terra.

NOTA: Fotos obtidas no Google Imagens

Um comentário:

Susana Gonzalez disse...

Muy puntual tu exposición de la situación mundial, en cuanto a México, medio territorio tocado por la catástrofe de los dos terremotos, muchas menos muertes q en 85, q fueron como 12 000. En este caso, vamos casi en 300. Pero miles perdieron sus casas y todo lo q poseían. Ya empezamos a saber de personas cercanas, q de alguna forma, fueron afectadas. Con respecto al colegio q se colapsó, solo fueron 19 niños. De todo lo más impactante. Ahora saldrán toda la porqueria de corrupcion en la edificación de muchos de los edificios q sufrieron daño. Lo increíble es nuestra gente q mostró, como hace 32 años, una gran solidaridad.
Susana Gonzalez (México)

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