Sem que
consideremos perfis, ideologia politica, qualidades ou defeitos de candidatos o
que se percebe neste momento de extrema crise – inclusive moral – no Brasil é
que nunca antes tivemos tantas dificuldades em escolher um candidato que venha
resgatar os valores nacionais que perdemos ao longo dos anos recentes.
Ora, num
país, como o Brasil, com extremas diferenças peculiares no que tange aos
aspectos sociais, econômicos, quadro natural, crenças, orientações políticas,
entre outros indicadores, o que se tem de concreto é um clima sombrio e
inquietante. Enfim, um ”mosaico complexo e exótico” de ser trabalhado e
administrado.
Qualquer que
seja o cidadão ou cidadã que venha a ocupar o cargo da Presidência da República
tem pela frente o fabuloso desafio de dominar muito bem cada uma das variáveis
que acima listei e ter condições de manejar com meios e segurança exigidos por
cada uma das dimensões.
A campanha
eleitoral que estamos vivenciando, neste 2018, revela, de modo cruel, ao vivo e
a cores, as condições de incertezas que o país atravessa e que vem aplicando à
sociedade uma componente beligerante nada condizente com o estado de Democracia
que sempre se diz viver e que foi alcançado a duras penas ao longo da História
instalando uma guerrinha fratricida no meio social, com perspectiva de longa
duração. Já correu sangue, assassinatos foram cometidos e ofensas, entre
candidatos ou partidários destes, se tornaram corriqueiros e crescem numa progressão
geométrica a cada dia que se aproxima o pleito. Numa
sociedade mais culta e num estado democrático de fato, ao invés de ofensas, acareações, assassinatos, agressões físicas, insultos e ameaças, como vemos por aqui, os candidatos estariam em busca de
conquistar eleitores estudando, diagnosticando e analisando as demandas das
pessoas e, em suíte, formulando propostas concretas e factíveis que, no nosso
caso, mitigassem os sofrimentos do brasileiro em geral. Tudo isto de formas
convincentes, honestas nos referenciais, estrategicamente desenhadas e gerando
entusiasmo no seio do eleitorado. Seria muito fácil fazer a escolha do
candidato ideal. Mas, não... O mais provável do nosso hoje é ouvir
manifestações de desalento, descrença e desistência de participar do processo
eleitoral. Vide gráfico a seguir.
Acredito que
os leitores e leitoras, pelo menos parte destes, andam acompanhando debates e
entrevistas dos candidatos nas ondas do radio e da TV, assim como nas modernas
e populares redes sociais. São as formas mais ágeis de chegar aos eleitores. Em
principio, seriam ótimas oportunidades de se aproximar do Senhor(a) Eleitor(a).
Infelizmente estes meios têm sido rigorosamente desperdiçados. Pela televisão
ficam evidentes os despreparos de cada candidato e das equipes de
entrevistadores da mídia. Viraram verdadeiros tribunais de inquisição. Abordam de tudo, menos de propostas de governo. Quando tentam, fazem de modo flash. Os candidatos
quase sempre são apanhados de “cócoras” e na prática perdem as melhores
oportunidades para dizer praquevêm.
Resumo da ópera: perde o candidato, perde o eleitor(a) e perde o jornalismo de
vanguarda. Aliás, perde a Democracia e o Brasil.
Finalizando,
nunca é demais lembrar que resta ao eleitor(a) a imensa responsabilidade de saber
eleger os novos mandatários. Mas, de fato somos responsáveis? Fomos no passado?
Você é?
Aconselho
que tenha cuidados dobrados na sua escolha porque, dessa vez, o “bicho pode
pegar”. Eita clima sóbrio!
NOTA: Fotos e ilustração obtidas no Google Imagens.
5 comentários:
Realmente sombrio amigo.
Aproveite e sugira um candidato, amigo. Sou um eleitor disponível. Abraços.
Optei por Bolsonáro pelo seu passado correto e pela sua vontade férrea de nos devolver o direito de sair de casa sem ser assaltado e morto por "singelas"criaturas que carregam em seus currículos incontáveis "passagens"por nosso sistema punitivo.
O Brasil está de fazer vergonha.... Quando vamos conseguir mudar isso?
Não só sombrio, mas triste, pois nada prospera para o bem do Brasil, nem os candidatos, nem os jornalistas, nem as regras (Lei Eleitoral e partidos), nem tão pouco o próprio povo que em pleno século 21, tempo das redes sociais com comunicação instantânea ainda acreditamos nas fakes promessas e que alguém tem verdadeiramente algum interesse nobre, com raríssimas exceções.
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