O tornado que passou, esta semana, por Oklahoma (Estados
Unidos) foi devastador. Sinto arrepios vendo as imagens na TV. Naquela região
norte-americana já existe uma área identificada como sendo um corredor desses
fenômenos. Fico pensando o terror que é viver por ali. Este último imprimiu uma
velocidade de aproximadamente 300 km. por hora. Ocorre em poucos minutos ou
mesmo segundos. Devasta, passa e desaparece tão rápido, quanto chegou. Num
abrir e fechar de olhos, o mundo vem abaixo. Não resta pedra sobre pedra. Veja só esta imagem abaixo.
Os fenômenos da natureza sempre chamam muito minha atenção. Furacões, tufões, tsunamis, erupções vulcânicas, terremotos, enchentes, avalanches e similares são coisas do dia-a-dia planetário, com os quais o homem é forçado a viver e buscar formas de escapar.
Os fenômenos da natureza sempre chamam muito minha atenção. Furacões, tufões, tsunamis, erupções vulcânicas, terremotos, enchentes, avalanches e similares são coisas do dia-a-dia planetário, com os quais o homem é forçado a viver e buscar formas de escapar.
Ocorre-me, porém, pensar que viver no Brasil equivale a
viver numa região abençoada por Deus. ¨Neste
pedaço do planeta não se fala em tragédias gigantescas provocadas pela
mãe-natureza. Somos um povo abençoado.¨ Fui enfático e, acredito que provocativo, numa
dessas rodas de jogar conversa fora e molhar palavras. Não demorou muito e um
dos companheiros, baixou o copo e saltou de lá, rápido com um furacão, falando mais
ou menos assim: ¨Fico pasmo! Logo você fazer um discurso desses... e a seca
que arrasa o sertão do Nordeste brasileiro com freqüência? Parece até que nunca ouviu falar da
Sudene¨. Provocando porque ele sabia que eu fui dessa
agencia regional de desenvolvimento. Era esperado que houvesse uma reação
dessas.
A seca do Nordeste é também devastadora, concordo. Mas nada comparável com as destruições causadas por um terremoto, que, sobretudo, não dá rota, nem chance de fuga para quem quer que seja. O mesmo ocorre quando um tsunami ou um tornado, pela suas características arrasadoras. Nada para se comparar.
Uma estiagem chega aos poucos. É de ataque lento. Oferece condições de serem adotadas providencias de mitigá-la. Há sofrimentos, perdas e prejuízos, é claro. Mas, nada comparado com as destruições provocadas pelos fenômenos acima enumerados.
Por outro lado, há sim condições de convivências saudáveis com as estiagens e isto já foi provado em muitas outras regiões do planeta. De Israel e do México, por exemplos, vêm os melhores informes sobre boas experiências. ¨Conviver com a seca é a solução mais inteligente¨, afirmei ao meu amigo assustado com minha manifestação anterior. ¨Mas, é preciso vontade política para enfrentá-la¨, acrescentei.
Livre das grandes catástrofes que se registram mundo afora, o Nordeste seria um paraíso, houvesse vontade e decisão política dos governos. Estou cansado de afirmar isto, inclusive aqui no Blog. Prova disso é o que se pode observar nos belos oásis de produção de fruticultura irrigada, existente no extremo oeste de Pernambuco. Em pleno sertão brabo e seco, nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, além do vizinho município de Juazeiro, na Bahia, colhem-se as melhores uvas de mesa (vide foto a seguir), melões e mangas de qualidade comprovadas internacionalmente e lá... lá não se morre de fome, nem se padece pela estiagem longa. Ela chega, sim! Mas, o sertanejo daquelas bandas já sabe como driblar. E ainda brinda o sucesso com os vinhos produzidos pelas bodegas do Paralelo 8, que se notabilizam pela alta qualidade dentro e fora do Brasil. O espumante é o carro-chefe. É tim-tim a toda hora saudando o Sol abrasador, que paradoxalmente se tornou o melhor amigo daquela gente. Graças a ele, ao solo arenoso e as águas do rio São Francisco, são tiradas entre duas e três colheitas de uva por ano. Lugar nenhum do globo registra essa produção. Isso tudo, graças a iniciativas locais que mobilizaram os atores sociais, incluindo pesquisadores, criadores, agricultores, o povo, as igrejas e os políticos bem intencionados. Deram-se as mãos, decidiram, montaram um especial esquema tecnológico e de financiamento e hoje estão ¨pulando na carne seca¨. Acho que de bode, que é farto na região. Dão exemplo de que o Nordeste brasileiro pode ser um paraíso, embora que os governos irresponsáveis que se sucedem sejam míopes e não enxergam essa realidade.
A seca do Nordeste é também devastadora, concordo. Mas nada comparável com as destruições causadas por um terremoto, que, sobretudo, não dá rota, nem chance de fuga para quem quer que seja. O mesmo ocorre quando um tsunami ou um tornado, pela suas características arrasadoras. Nada para se comparar.
Uma estiagem chega aos poucos. É de ataque lento. Oferece condições de serem adotadas providencias de mitigá-la. Há sofrimentos, perdas e prejuízos, é claro. Mas, nada comparado com as destruições provocadas pelos fenômenos acima enumerados.
Por outro lado, há sim condições de convivências saudáveis com as estiagens e isto já foi provado em muitas outras regiões do planeta. De Israel e do México, por exemplos, vêm os melhores informes sobre boas experiências. ¨Conviver com a seca é a solução mais inteligente¨, afirmei ao meu amigo assustado com minha manifestação anterior. ¨Mas, é preciso vontade política para enfrentá-la¨, acrescentei.
Livre das grandes catástrofes que se registram mundo afora, o Nordeste seria um paraíso, houvesse vontade e decisão política dos governos. Estou cansado de afirmar isto, inclusive aqui no Blog. Prova disso é o que se pode observar nos belos oásis de produção de fruticultura irrigada, existente no extremo oeste de Pernambuco. Em pleno sertão brabo e seco, nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, além do vizinho município de Juazeiro, na Bahia, colhem-se as melhores uvas de mesa (vide foto a seguir), melões e mangas de qualidade comprovadas internacionalmente e lá... lá não se morre de fome, nem se padece pela estiagem longa. Ela chega, sim! Mas, o sertanejo daquelas bandas já sabe como driblar. E ainda brinda o sucesso com os vinhos produzidos pelas bodegas do Paralelo 8, que se notabilizam pela alta qualidade dentro e fora do Brasil. O espumante é o carro-chefe. É tim-tim a toda hora saudando o Sol abrasador, que paradoxalmente se tornou o melhor amigo daquela gente. Graças a ele, ao solo arenoso e as águas do rio São Francisco, são tiradas entre duas e três colheitas de uva por ano. Lugar nenhum do globo registra essa produção. Isso tudo, graças a iniciativas locais que mobilizaram os atores sociais, incluindo pesquisadores, criadores, agricultores, o povo, as igrejas e os políticos bem intencionados. Deram-se as mãos, decidiram, montaram um especial esquema tecnológico e de financiamento e hoje estão ¨pulando na carne seca¨. Acho que de bode, que é farto na região. Dão exemplo de que o Nordeste brasileiro pode ser um paraíso, embora que os governos irresponsáveis que se sucedem sejam míopes e não enxergam essa realidade.
Então, lembrando o inicio da nossa conversa, acho, mesmo, que Deus é
brasileiro, sim. Meus amigos – os da roda de bate-papo – ficaram calados,
molhando palavras e pensativos. Eu? Pedi licença e fui prá casa. Fui...
NOTA: Fotos obtidas no Google Imagens.